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por Yé Gonçalves

 

Virtudes que já conquistamos


Virtudes que já conquistamos e, na maior parte das vezes, não nos damos conta disso. Com certeza, por não termos a devida atenção aos detalhes de nós mesmos. Por nos faltar o esforço na terapia do autoconhecimento.

Quantas vezes empreendemos carinho e boa vontade ao ajudarmos uma pessoa debilitada fisicamente a atravessar o lado de uma rua para o outro?

Quantas vezes uma visita inesperada já não nos causa dissabor e/ou irritação?

Quantas vezes nos sentimos indignados com os casos de injustiça aos nossos semelhantes?

Quantas vezes ficamos sensibilizados e nos colocamos voluntariamente a serviço de pessoas e comunidades vítimas de catástrofes ou de alguma ação desumana?

Quantas vezes passamos por um engarrafamento no trânsito conversando alegremente uns com os outros e ouvindo músicas?

Quantas vezes, numa fila imensa de um banco, aproveitamos a oportunidade para conversar com as pessoas e formar novas amizades, sabendo que a nossa hora do atendimento também chegará?

Há muitos casos de pessoas a se aposentarem e a se dedicarem a trabalhos voluntários numa entidade filantrópica ou envolvendo-se na resolução dos desafios da sua comunidade.

Há, também, os casos em que nos emocionamos diante dos sucessos dos outros. Choramos e sorrimos. Abraçamos uns aos outros. Postamos mensagens de otimismo e dançamos na chuva e levantamos voos poéticos.

São variedades de pequenos atos e de pequenas ações do cotidiano, que são exemplos de virtudes que já conquistamos. Se listados, não caberiam na imensidão do universo.

Olhemos para trás e observemos o quanto já evoluímos moralmente. Quantos melindres vencidos. Quantas ofensas sofridas que hoje nos fazem rir. Rir de nós mesmos, da imaturidade de outrora.

Olhemos para o que somos agora; para as virtudes que já conquistamos; para o muito que ainda temos a conquistar.

Afinal, já aprendemos muito e temos a lição a ser aplicada em nosso favor.

Não precisamos mais, nos comentários cotidianos, dizer uns para os outros que ainda somos imperfeitos. Mas que somos perfectíveis. Suscetíveis de evolução. Que cada dia estamos melhores. Perfeitos aos olhos de Deus.

E que, na caminhada da aprendizagem da vida, possamos desenvolver a autovalorização e dizer de consciência: “virtudes já conquistamos, muitas estamos conquistando, e muito temos a conquistar em prol da nossa felicidade”.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita