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por José Lucas

 

Violência, uma fatalidade?


Ligamos a TV, abrimos o jornal, a vida parece um filme de terror, cada dia com notícias mais horríveis do que ontem. Os “media” sedentos de audiências à custa da dor alheia, locupletam-se no “sangue” sem sentido, contaminando com a perturbação, que esbanjam sem limites. Mas será essa a realidade do mundo? A violência é uma fatalidade?

Somos 7,5 mil milhões de pessoas na Terra, dentro do corpo de carne, sem contabilizar os milhões de seres que vivem no mundo espiritual, na esfera da Terra. Estamos num planeta de expiação e provas, onde o Mal ainda se sobrepõe ao Bem. A violência continua cada vez mais violenta (passe a redundância), um dia cada vez mais chocante do que o anterior, o Homem desce (moralmente) cada vez mais fundo, num poço que parece não ter fim. Os valores ético-morais deixaram de ter valor, são postos em causa. As elites e os representantes do povo, em vez do bom exemplo, da pedagogia social, aparecem como os arautos da corrupção, da falta de vergonha, do vale-tudo, do quanto pior-melhor.

O Homem perdeu a fé na Humanidade, e na humanidade da Humanidade.

É cada um por si, o salve-se quem puder, o “eu” em primeiro lugar e, numa competição selvagem (ao invés de colaboração fraternal), o ser social parece retroceder décadas ou séculos, em termos civilizacionais.

O medo, a violência doméstica ou fora dela, o ódio, a vingança, o mal-estar fazem parte dos sentimentos do Ser Humano que, não estando pacificado, reage negativamente, cada vez com mais intensidade, ao invés de agir pacificamente.

Vamos virar a página! A solução existe!

Ei-la exemplificada por Jesus de Nazaré, repetida por Gandhi e clarificada pela Doutrina dos Espíritos (Doutrina Espírita ou Espiritismo): fazer a paz! Jesus apontou o caminho: “Não fazer ao próximo o que não desejamos para nós”. Gandhi reafirmou: “Não há um caminho para a paz, a paz é o caminho”. A Doutrina Espírita (que não é mais uma religião ou seita) aponta nas consequências morais dos nossos atos, comprovando cientificamente a imortalidade e a comunicabilidade do Espírito, a reencarnação.

A morte morreu com o aparecimento do Espiritismo, abriram-se as portas que permitiram varar novos campos da consciência, da espiritualidade, à semelhança dos novos mundos que se buscam pelo cosmos sem fim, em missões espaciais.

 

Quando o Homem descobrir que é imortal, a reencarnação,

que colherá o que semear, o mundo pacificar-se-á.

 

Doutrina filosófica de consequências morais, o Espiritismo apresenta a Lei de Causalidade: tudo o que sentimos, pensamos e fazemos, repercute em nós, agora e depois. Semeamos e colhemos, num paralelismo com a horticultura.

Os cientistas, não espíritas, buscam os insondáveis caminhos da vida, descobertos por Allan Kardec em 1857 e comprovados certeiramente até os dias de hoje.

Não há como duvidar de que a vida continua após a morte do corpo de carne.

Os fatos aí estão: comunicações de médiuns, comunicações através de aparelhos eletrônicos, meninos-prodígio, crianças que se lembram de vidas passadas, regressão de memória, experiências fora do corpo, visões no leito de morte, experiências de quase-morte. Eis os novos paradigmas que levarão a ciência da Terra a descobrir o mundo espiritual, tão real quanto o nosso, apenas numa vibração diferente da do corpo carnal.

A violência não é uma fatalidade, é uma opção, de quem não quer abdicar do seu ponto de vista, de quem prefere ter razão a ser feliz, de quem prefere criar inimizades em vez de discordar com ternura e amizade. O meu amigo não é o que pensa como eu, mas o que pensa comigo.

Temos o extintor do entendimento espírita, que apaga o fogo da violência e pacifica-nos por dentro, se quisermos sentir, pensar e agir como o Espiritismo ensina, a caminho do “Homem de Bem” de que nos fala “O Evangelho segundo o Espiritismo”.

Se a violência não é uma fatalidade, a paz é uma opção (certamente a melhor) que nos cumpre sentir, pensar e colocar em prática, pacificando-nos e contagiando quem nos rodeia, num processo simples e fácil onde não têm lugar o egoísmo, o ódio, a violência, o orgulho.

A cada um de acordo com as suas obras, aprendemos com Jesus de Nazaré.

A paz é o caminho” (Mohandas Gandhi).

Atentemos ao que temos semeado no campo dos sentimentos, pensamentos e atitudes…


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita