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por Waldenir A. Cuin

 
Usando os nossos talentos


“... a um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um; a cada qual segundo a sua capacidade...”  (Mateus, XXV, 14.)


Usando o talento do amor, poderemos emitir vibrações de paz e reconforto em direção a tantos corações aflitos que se debatem em profundos quadros de agonias.

Usando o talento da paciência, suportaremos com maior empenho as criaturas complicadas que Deus colocou em nosso caminho, como alavanca para realização do nosso progresso íntimo.

Usando o talento da coragem, enfrentaremos os desafios e os obstáculos com maior determinação, para que possamos extrair o lado de luz de todos os acontecimentos aparentemente negativos.

Usando o talento da caridade, serviremos com maior interesse aos irmãos em dificuldades, pois criaturas existem que se alegrariam muito em viver com as migalhas de nossa mesa.

Usando o talento da alegria, sorriremos mais, visando influenciar positivamente por onde passarmos, mesmo que nosso coração esteja em sofrimento, pois a tristeza e a amargura nunca ajudaram a ninguém.

Usando o talento da palavra, poderemos falar mais da esperança e do otimismo, estancando a revolta e o inconformismo, uma vez que, para falar bem ou mal, usamos sempre a mesma força. Então será melhor falar do que é belo, sublime e nobre.

Usando o talento da intelectualidade, socorreremos com maior zelo e acuidade os irmãos menos dotados de inteligência, pois é da Lei Universal que os superiores devam concorrer para o amparo dos que estão em situações mais difíceis.

Usando o talento da fé e da convicção, difundiremos aos descrentes uma mensagem de certeza e confiança na sabedoria das justas Leis de Deus.

Usando o talento da prece, oraremos mais por aqueles que se desviaram pelos caminhos tortuosos das viciações, buscando despertá-los para os reais valores da vida.

Usando o talento do tempo, trabalharemos mais e descansaremos menos, pois que a seara do Senhor é grande e os trabalhadores são em pequeno número, sendo que as tarefas estão por fazer.

Usando o talento da resignação e da compreensão, suportaremos com maior ênfase as dificuldades que se apresentam em nossas vidas e que no momento ainda não podem ser superadas.

Usando o talento do idealismo, passaremos a ajudar mais e com mais dedicação às causas da humanidade, pois que o Reino de Deus será implantado na Terra mediante os nossos esforços.

Em verdade, os talentos estão conosco. Temos liberdade de usá-los, multiplicando-os na produção de benefícios em nosso favor e em favor dos outros, ou de enterrá-los, na teoria dos braços cruzados e mãos vazias, na geração dos nossos próprios sofrimentos, em decorrência do comodismo e da inércia.

Pensemos nisso.
 


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita