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por Wellington Balbo

 

Eis um desafio: adequar a mensagem espírita ao perfil do público


Faz bom tempo que presenciei interessante fato ocorrido em algum centro espírita deste Brasil. O orador, de muita qualidade, aliás, saiu um tanto quanto triste de sua palestra. Motivo: percebeu que o público não havia assimilado adequadamente sua mensagem. A impressão foi a de que ele havia discursado num outro idioma, bem diferente do português.

Situações assim, em que não há uma comunicação eficaz, são comuns não apenas no universo espírita, mas em muitos outros. Um fator nem sempre observado é o perfil do público a que será destinada a exposição. É preciso observar perfil do público, cultura local, situação econômica da região e tantos outros pontos que criam um elo entre orador e público, de forma a facilitar a assimilação do que se quer transmitir.

O convite para um orador sem avisá-lo sobre o perfil do público a que falará coloca-o totalmente no escuro. Como preparar uma palestra adequada sem saber quem a ouvirá? Fica complicado mesmo. Esses cuidados servem não apenas para montagem de palestras, mas, e principalmente, para eventos um pouco mais complexos, como congressos etc.

Um outro tópico que não pode ser esquecido é escolher o orador pela afinidade e conhecimento que ele tem do tema que o centro espírita pensa em abordar. Quando este cuidado ocorre ganha-se e muito no quesito qualidade da palestra, o que, por consequência, permite ao público melhor assimilação.

Não é incomum deparar-se com oradores bons, mas sem o conhecimento e traquejo necessário para abordar determinado tema. No caso de um convite para abordar tema que não se domina ou tem pouco conhecimento, vale, neste caso, a sinceridade e humildade do orador para recusar o convite, se possível, sugerindo o nome de um outro colega que possa desempenhar a tarefa com mais habilidade por ser conhecedor do tema.

Em minhas andanças por este universo espírita tenho percebido que é fundamental que o dirigente espírita conheça o seu público, para bem administrar os temas que são trabalhados e as formas que esses temas serão abordados em palestras públicas.

Você não pode falar para um público jovem utilizando um linguajar do século XIX. Não dá, não tem como, fica uma comunicação truncada.

Sempre que sou convidado a falar pergunto o perfil do público. Como são as pessoas que me ouvirão? Assim, posso estabelecer uma melhor conexão, de modo a todos nós aprendermos.

A qualidade na comunicação espírita é que fará com que a mensagem espírita, sempre esclarecedora, chegue cristalina, pura e simples a todos os corações.

Eis um desafio para todos nós neste ano que se inicia e nos vindouros.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita