Cartas

Ano 12 - N° 598 - 16 de Dezembro de 2018

De: Nelson Borges (São Paulo, SP) 

Segunda-feira, 10 de dezembro de 2018 às 16:26

Assunto: João de Deus, Espiritismo, Mediunismo e Senso Moral

Prezados amigos,

Para nossa reflexão:

“JOÃO DE DEUS” NÃO É ESPÍRITA! 

“João de Deus” sempre foi enfático em dizer que não era espírita. E nisto ele era coerente. Sabia que o Espiritismo é uma Doutrina que foi consolidada por Allan Kardec, que também se utilizou da mediunidade apenas como uma ferramenta para que os espíritos desencarnados viessem nos demonstrar a realidade do intercâmbio entre as duas dimensões para trazer mensagens reveladoras de uma filosofia com amplitude científico religiosa, totalmente amparada no Evangelho de Jesus.

Espiritismo é corpo de Doutrina de vida que nos mostra de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde iremos.

Mediunidade é uma das ferramentas utilizadas pelo Espiritismo para que os desencarnados se expressem e enriqueçam cada vez mais nossos conhecimentos.

O exercício desta faculdade não somente é utilizada pelo Espiritismo, mas por muitas outras correntes de práticas de intercâmbio com o Além: Umbanda, Candomblé, etc.

O “Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, nos esclarece totalmente sobre os vários aspectos do que seja Mediunidade e seu exercício.

Portanto, devemos não confundir MEDIUNIDADE com ESPIRITISMO.

MEDIUNIDADE E SENSO MORAL

MEDIUNIDADE: “João de Deus”  é possuidor desta faculdade que milhares de pessoas ao redor do mundo possuem. Dependendo da estrutura e combinações  específicas da pré disposição física, psíquica espiritual de cada pessoa, ela pode se apresentar em uma ou mais de suas várias categorias: cura, materialização, psicografia, psicofonia, clarividência, etc.  E em todas as suas manifestações, vamos encontrar a atuação de espíritos desencarnados nos mais variados níveis de evolução e das mais variadas formas.

É um fato natural, que existe desde que o mundo é mundo e está registrado em milhares de relatos na história de quase todos os povos. Por ignorância dos mecanismos da mediunidade e suas manifestações, até hoje ainda se credita ao sobrenatural o exercício de tal faculdade que é essencialmente natural.

A existência da faculdade mediúnica numa pessoa não tem nada a ver com o seu nível de senso moral. Esta faculdade pode e deve ser um instrumento de apoio à melhoria de seu senso moral, como pode também se tornar mais um fator de atraso à evolução do próprio médium caso seja negligenciada em seu grande potencial de alavancagem positiva.

SENSO MORAL: O exercício dos princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, etc., determinam o nível de senso moral de cada pessoa. São valores universais que regem  a conduta humana para que exista uma relação harmoniosa e saudável.

Evolução do senso moral é condição “sine qua non” para se alcançar a iluminação espiritual de qualquer ser humano.

A existência da faculdade mediúnica numa pessoa não tem nada a ver com o seu nível de senso moral. Esta faculdade pode e deve ser um instrumento de apoio à melhoria de seu senso moral, como poderá também se tornar mais um fator de atraso à evolução do próprio médium, caso o mesmo a negligencie em seu grande potencial de alavancagem positiva.

“JOÃO DE DEUS” E O SENSO MORAL

“João de Deus”, quando no exercício real de sua mediunidade de cura, realizou de forma natural os benefícios comprovados por centenas de pessoas. Saibamos separar o exercício real de uma faculdade própria dele, (que beneficiou centenas de pessoas), da qualidade dos comportamentos emanados de suas imperfeições já trazidas em sua individualidade. E destas imperfeições, ao demonstrar uma carga de sensualidade desmedida, inoportuna, excessiva e descontrolada, rompeu o nível aceitável daqueles princípios que regem a conduta entre as pessoas, mesmo ele conseguindo manter seu nível de exercício da faculdade mediúnica, o qual aliás, em condições d e extremo abuso é suspenso pelas entidades espirituais superiores. Isto não sabemos em até que nível tenha acontecido ou que pudesse vir a acontecer com o médium.

“JOÃO DE DEUS” E APOIO ENERGÉTICO COLETIVO

A estrutura de apoio energético às práticas de curas exercidas pela mediunidade de “João de Deus”, até recentemente, contava com a vibração energética simultânea de quase cem pessoas voluntárias que durante todo o período dos atendimentos feitos pelo médium permaneciam concentradas na sustentação de um ambiente propicio às intervenções energéticas que são feitas aos atendidos. Este potencial vibratório é algo extraordinário na dinâmica de um processo de intervenção de cura, sinergizando e potencializando grandemente o poder mediúnico, no caso específico, de “João de Deus". Esta é uma das causas pelas quais a grande maioria dos que acorriam à “Casa Dom Inácio de Loyola”, sentiam e percebiam um ambiente “diferente” de muita energia de paz e recolhimento. O ambiente era de inegável elevação e transcendência. Nós próprios tivemos oportunidade de testemunhar tal condição. A este aspecto também devemos creditar grande parte dos benefícios alcançados pelas pessoas que acorriam àquela Casa.

“JOÃO DE DEUS”, AGORA E DEPOIS

No frigir dos ovos, temos no presente caso “João de Deus” mais um grave drama existencial vindo à tona, de maneira pública, de um, de milhares de espíritos que deixam se vencer por suas fortes tendências no campo da sensualidade e que não sabem aproveitar os meios à sua disposição para minimizar estas tendências. A nós outros, também espíritos encarnados imperfeitos, que possamos vibrar e orar em benefício dele e que ele mesmo possa, no seu íntimo, a partir de agora, ter a humildade, em primeiro lugar, de assumir tal condição como aprendizado e, em seguida, ter as forças necessárias para enfrentar os percalços de várias ordens , espirituais e materiais, que advirão no seu roteiro existencial futuro, nesta e talvez próximas reencarnações, como colheita do que  plantou até agora.

Nelson Borges

Dirigente do programa diário VISÃO ESPÍRITA TV

 

Resposta do Editor:

Os lamentáveis episódios que vêm sendo denunciados ao Ministério Público chocam a todos nós, não apenas pelos danos causados à imagem do médium e, por tabela, aos médiuns em geral, mas sobretudo pelo desrespeito, pela maldade, pela violência praticados contra tantas mulheres, cujos traumas não somos capazes de avaliar.

É importante lembrar aqui o que Allan Kardec, que codificou a doutrina espírita, escreveu sobre a mediunidade, a saber: a faculdade mediúnica não libera o homem, por si só, das influências dos Espíritos malévolos; a faculdade em si é, na realidade, neutra; o uso que o homem faz dela é o que importa; ao empregá-la, podemos nos harmonizar com os bons Espíritos ou relacionar-nos com os maus.

Enfatizemos, por fim, que somos responsáveis por tudo o que fazemos e que ninguém consegue escapar à justiça divina, ainda que, por processos vários, escape à justiça dos homens.

 

De: Geno M. (Gran Canaria e Sevilla, Espanha)

Segunda-feira, 10 de dezembro de 2018 às 12:49:28

Sigo si muito tempo suas publicacións.

Parabéns muito obrigada.

Geno

 

De: Site Espírita - Irmãos W (São Paulo, SP)

Domingo, 9 de dezembro de 2018 às 23:43

Olá, caros amigos.

Saudações Kardequianas...

Primeiramente... Queremos agradecer primeiramente o Ery do site Luz Espírita... Por nos ajudar neste trabalho de divulgação do espiritismo...

Segundo... Nesta semana... Estamos centralizados... Com Escritor Espírita Jorge Hessen... Um dos grandes combatentes da causa espírita atual... Um filho espiritual de Kardec...

Aonde os seus artigos buscam trazer as mazelas que ocorrem dentro do Movimento Espírita Brasileiro em forma de artigos... Que nos trazem luzes... Dando um enfoque correto sobre as questões sobre o Espiritismo...

Sendo assim...

Estamos trazendo 2 novas obras montadas... Seguem em anexo os materiais ou no link...

Jorge Hessen - Aprendizados espiritistas - Link: https://goo.gl/dVJVPn

Jorge Hessen - Glosando múltiplos tópicos com Allan Kardec - Link: https://goo.gl/tge3Aw

Um alerta... Estão ocorrendo segundo a imprensa... De alguns personagens espíritas que segundo a noticiário... Se envolveram em escândalos sexuais...

Pedimos aso dirigentes espíritas... Que fiquem alertas... Pois as trevas do plano espiritual... Que estão atacando a seara espírita através de obras espíritas mentirosas... Agora querem provocar escândalos...  Envolvendo com médiuns bêbados...  Todo cuidado e pouco!  Fiquem alerta!

O Ery do site Luz Espírita... Publicou um artigo muito bom sobre o assunto:

"Médiuns acusados de abusos sexuais - um alerta para o Movimento Espírita" - Link:

https://goo.gl/eBvKZJ

A luta segue

Fiquem com Deus

Wanderlei

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 6 de dezembro de 2018 às 07:25

Assunto: Cegueira do Espírito

Você alguma vez já parou para pensar o que leva o espírito a praticar tanta violência para consigo e para com o semelhante, ignorando que a morte não irá passar-lhe a mão na consciência isentando-o dos atos escabrosos que alimentou? Muitos até hoje não pensam dessa forma. E o quanto irão se espantar quando a Verdade bater-lhe à porta do coração desguarnecido da boa experiência religiosa.

Vejamos o que André Luiz nos diz a respeito em narrativa do seu livro “No Mundo Maior” pela psicografia do saudoso médium Chico Xavier: “A cegueira do espírito é fruto da espessa ignorância em manifestações primárias ou do obnubilamento da razão nos estados de aviltamento do ser”. O homem ainda procura viver de estágios já cumpridos. A primitividade do ser nos tempos atuais é de maior exacerbação onde a razão ainda não burilada, aquilata os instintos bestiais ainda remanescentes.

Hoje falta de princípios religiosos não coaduna com carência de lições que exoneram o homem da sua ignorância. Temos hoje, em pleno século XXI conotações bíblicas que nos fazem repensar acerca do que pensávamos tempos atrás sobre a Vida além-túmulo e atualmente temos um leque de opções, aquelas mais transcendentes, que nos tiram do marasmo do ter, com o devido merecimento de ser bem melhores.

O que seria para você a loucura em todos os estágios de desequilíbrios psíquicos onde o corpo, passivo, recebe toda carga negativa de pensamentos os mais tenebrosos? Para esse contexto, vejamos o que o Instrutor Calderaro responde a André Luiz: “Para isto, convém estudarmos mais detidamente o cérebro do homem encarnado e do desencarnado em posição desarmônica por situarmos aí o órgão de manifestação da atividade espiritual”.

Devemos abrir um espaço aqui quanto ao que disse o instrutor acima: “...convém estudarmos mais detidamente...”. Tem muitos confrades que acreditam que todos os espíritos, estando destituídos do corpo físico já alcançaram a sabedoria celestial. De que tudo sabem e mais nada teriam a estudar. Tornar-se-iam, pois, deuses na sua mais simples expressão. Quanto a esse pensamento, quanta ignorância, não acham?

A escala evolutiva é cheia de degraus infinitos por onde o Espírito sempre estará carente de um determinado assunto. Ele nunca alcançará a Sabedoria Divina, pois essa somente a Deus pertence. Mas dignamo-nos de atender às nossas precárias linhas de raciocínio graças a livros quanto esses da lavra de André Luiz os quais estamos aqui, humildemente, analisando-os nas suas entrelinhas.

Devemos, de pronto, atinarmos quanto à análise do cérebro humano encarnado e desencarnado pois é nele que se encontra a sede do Espírito – a alma – em toda a sua essência. É por isso, ainda, que os cientistas não a descobriram porque ela está além da estrutura orgânica. E não achando-a segundo seus parcos conhecimentos intelectuais terrenos esbarram nas muralhas do materialismo e do ceticismo.

Mais uma vez, quanta ignorância, não acha, Leitor Amigo?

Aécio

 

De: Maria do Carmo Moura de Faria (Anápolis, GO)

Domingo, 9 de dezembro de 2018 às 17:25:25

Assunto: Especial 477 - Análise do livro "O pensamento vivo do Dr. Inácio"

Amo os livros do dr. Inácio Ferreira. Com ele muito tenho aprendido. Gostaria de saber, se possível, como dr. Inácio deixou de fumar cigarros no mundo espiritual. Sou fumante e preciso parar.

Obrigada!

Maria do Carmo

 

Resposta do Editor:

Infelizmente, não temos a informação solicitada pela leitora.

 

De: Felipe Lopes (São Paulo, SP)

Quarta-feira, 12 de dezembro de 2018 às 10:52

Assunto: “Quando Lembro de Chico”: documentário sobre Chico Xavier disponível em streaming

Estreou recentemente via streaming o documentário “Quando Lembro de Chico”, sobre o médium e expoente do Espiritismo Chico Xavier, em que amigos de sua intimidade revelam a grandeza do ser de Chico. Idealizado de maneira inovadora a partir de um financiamento coletivo, o filme já está disponível nas seguintes plataformas digitais: NOW, Looke, iTunes, Google Play, Vivo Play e Microsoft Store.

Sucesso desde a sua a primeira exibição no Festival de Cinema de Trancoso em outubro deste ano, a obra é mais do que um registro histórico da intimidade do homem eleito como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. As histórias retratam outras facetas de Chico, um ser considerado como um exemplo viável para todos os outros seres que partilharão o Mundo de Regeneração.

Os momentos compartilhados com Chico Xavier ainda estão vivos e presentes na memória de seus amigos mais próximos, que testemunharam os grandes prodígios espirituais manifestados pelo médium, como também provaram de sua humildade e simplicidade ao redor da mesa de sua casa.

Ao olhar para trás, com os amigos que partilharam de sua intimidade, o documentário leva a audiência em todo mundo a olhar para frente, descobrindo seu papel de protagonismo na construção da nova era. O filme não mostra Chico Xavier como um homem do passado, e sim como uma figura atemporal e um homem do futuro, que ainda tem muitas lições a ensinar para todos.

Felipe Lopes

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Quarta-feira, 12 de dezembro de 2018 à 00:15

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“A educação informal acontece no lar, nas situações mais inesperadas. Sábios são os pais que delas tiram o melhor proveito.

Mildred era uma garotinha, quando o mundo mergulhou na Primeira Grande Guerra.

Seu pai havia construído um imenso apiário, que era a maior fonte de renda da família.

Todo apicultor sabe que uma colmeia pode morrer de fome durante o inverno, se a sua provisão de mel não durar até o florescimento das plantas.

Por isso, constitui rotina que ele ajude as abelhas, nos meses de frio, alimentando-as com um xarope feito de água e açúcar.

No período da Primeira Guerra Mundial, vários alimentos ficaram escassos. E um deles foi o açúcar, que foi racionado pelo governo.

O pai de Mildred, como apicultor, recebia uma cota extra de açúcar, especialmente para as abelhas. E tal ração passou a ser criteriosamente guardada no porão da casa, separada da cota familiar.

Certo dia, a família recebeu a notícia de que parentes distantes viriam para uma visita, no dia seguinte.

A mãe desejava fazer um bolo, mas não havia açúcar suficiente. As crianças queriam o doce, mais que tudo, e acabaram por convencer a mãe que, se ela apanhasse a medida necessária no barril das abelhas, o governo jamais ficaria sabendo.

E assim foi feito. O bolo amarelo, assado no forno à lenha, ficou maravilhoso. Principalmente depois de coberto artisticamente com merengue.

Todos se deliciaram. As crianças estavam exultantes, como se tivessem ganhado um grande prêmio.

Quando chegou o dia da família receber a sua ração mensal de açúcar, o pai foi ao armazém, entregou os seus cupons e trouxe para casa um saquinho marrom, que colocou sobre a mesa.

A mãe o olhou por alguns instantes. Pegou-o e com o mesmo medidor que usara para o açúcar do bolo, separou exatamente a quantidade que utilizara.

Então, ante o olhar estarrecido das crianças, que a acompanharam, ela se dirigiu ao porão e despejou a quantia no barril das abelhas.

O que sobrou no saquinho teve que ser muito economizado naquele mês, por aquela família de sete pessoas. Para Mildred, que adorava doces, foi uma lição extra de sobriedade.

No entanto, a mãe não fez o menor discurso sobre o acontecido. Nada disse sobre honestidade.

Para ela, aquele fora um ato natural, de acordo com a integridade com a qual seu marido e ela viviam as suas vidas.

Aos noventa anos de idade, tendo deixado de ser aquela criancinha que olhava por cima da mesa da cozinha, na pontinha dos pés, já contara a história sobre a honestidade incondicional de sua mãe inúmeras vezes, para seus filhos, seus netos e até mesmo para os bisnetos.

Comparava sua mãe a uma abelha que traça uma reta, quando se encaminha para sua colmeia, após os seus voos em busca do néctar.

Sua mãe, dizia, sempre tomava o caminho mais honesto, uma linha reta, precisa como uma flecha.

E foi por isso que moldou, sem alardes, a consciência de quatro gerações de uma mesma família.

*

O coração da mãe é a sala de aula de uma criança.

As lições mais profundas nascem dos momentos preciosos de dificuldades, quando é preciso ofertar o ensino, com ampla visão de quem semeia para o futuro.”

Editor do Jornal Mundo Maior

 


   
 
 

     
     

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