Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Marlene Nobre afirmou certa vez que Chico Xavier está entre aqueles que podem ser considerados os “ouvidos misericordiosos do Mundo Maior”.

O leitor poderá formar opinião própria a respeito disso lendo algumas das situações que levavam as pessoas a buscar contato pessoal com o médium.

Eis alguns exemplos (os nomes são fictícios):

Miriam (38 anos) - “Depois de 18 anos, meu marido mudou de atitude comigo, passou a sofrer crises em que se torna agressivo, eu não sei se é obsessão ou caso psiquiátrico [...]”.

Juan - “Sou chileno, estou com 48 anos e dez de Brasil, e sofro dessa alergia que me surge nos braços, pescoço e face, sempre que como carnes, principalmente a de porco. Se tomo álcool? Não, não tomo mais”.

José (60 anos) - “Sofro deste tremor geral nas pernas, o médico vem me receitando estes remédios escritos aqui na receita, mas eu estou piorando”.

Maria (46 anos) - “Chico, desta vez não vim tirar receita, eu só queria ver-te, queria tocar em ti. Eu sentia saudades sabe?”

Lourdes (41 anos) - “Desculpe, estou nervosa ao falar com o senhor. Vim pedir notícias de meu esposo falecido há 8 anos, a quem não consigo esquecer. Com a morte dele não pude refazer minha vida”.

Cesário (28 anos) - O rapaz olha para Chico Xavier, os olhos marejados de lágrimas, não consegue articular uma única palavra. Permaneceu na fila desde a noite de quinta-feira, irradia de si um halo de sofrimento manso e reprimido. O médium insta-o a falar, mas ele apenas cobre a face com as mãos. Diz-lhe Chico Xavier: “Doutor Bezerra está dizendo que quando você conseguir falar o que está sentindo, já estará melhor”. O rapaz é encaminhado à sala de passes...

Sônia (22 anos) - “Tenho sinusite desde menininha, agora estou tomando estes remédios da receita, veja”. O médium diz-lhe: “Continue com essa medicação e passes”.

Júlia (58 anos) - “Estou entrevada há quase um ano. Só ando apoiada em outras pessoas, os remédios não têm adiantado. Não posso falar muito, vim pedir ajuda”.

Matsu (60 anos) - “Vim como imigrante japonês quando tinha seis anos. Operei-me de câncer no estômago, e só melhorei quando vim aqui pela primeira vez, há cinco meses. Voltei para melhorar [...]”.

Nisei (38 anos) - “Meus problemas de coluna estão se acentuando, apesar dos tratamentos que tenho feito”. O médium sugeriu-lhe que experimentasse a acupuntura.

Valdir - “Detesto minha mãe desde criança, principalmente depois que ela se casou pela segunda vez. Tenho 27 anos, não consegui concluir o básico, não consegui emprego fixo. Sempre me saio mal no relacionamento com mulheres”. Pergunta de Chico: “Sua mãe maltratou você alguma vez?” Resposta: “Não muito”. Chico lhe disse: “Dê-me então seu nome e endereço e o da sua mãe. Vou orar por ambos. Você deve perdoar para sair deste campo negativo do sentimento”.

Mirta (21 anos) - “Sou muito nervosa, a vida lá em casa é muito perturbada, meu irmão menor toma tóxicos. Dois parentes próximos são alcoólatras. Venho pedir preces e alguma forma de ajuda espiritual”.

Como vemos, a dor e o desamparo das criaturas eram a matéria-prima com que Chico forjou, ao longo dos anos, seu material de trabalho!

 

Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino Nobre.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita