Brasil
por Carlyne Paiva 

Ano 12 - N° 597 - 9 de Dezembro de 2018

Divaldo Franco: “A caridade verdadeira é um gesto espontâneo, que não nega auxílio aos necessitados”


 

Na véspera do 4º Movimento Você e a Paz de São Paulo, Divaldo Franco falou aos voluntários do Reencontro - Associação de Desenvolvimento Espiritual

 

Na data de nove de novembro de 2018, cerca de 250 trabalhadores voluntários e convidados se reuniram no salão de cursos do Reencontro - Associação de Desenvolvimento Espiritual, localizado no bairro da Mooca, na capital paulista, para ouvirem as palavras elucidativas e consoladoras do orador espírita Divaldo Franco.

A reunião foi aberta com canções interpretadas por Anatasha Meckenna, que muito sensibilizaram os ouvintes. Logo após, a Associação de Desenvolvimento Espiritual homenageou o palestrante da noite ao inaugurar e nomear o salão em que estavam os presentes, o qual recebeu o nome de Auditório Divaldo Pereira Franco.

O presidente Jonas Pinheiro, movido por um senso de fraternidade, também iniciou uma campanha em prol da Mansão do Caminho, incentivando os colaboradores compassivos a auxiliarem a conhecida obra que o Amor ergueu na capital da Bahia. Lembrou a todos da grandiosidade dessa obra, que atende mais de cinco mil pessoas diariamente, prestando socorro à comunidade e jamais negando auxílio aos necessitados, contando para isso com mais de trezentos funcionários e trezentos e cinquenta voluntários que trabalham para manter todas as atividades em serviço dos que adentram a instituição na busca de atendimento médico, social, educacional ou espiritual.

Em seguida, a palavra foi passada a Divaldo Franco, que agraciou os presentes com uma profunda reflexão sobre a caridade, convocando-os a não tardarem em realizá-la. Para tanto, lembrou uma frase dita por Dr. Bezerra de Menezes por intermédio do saudoso médium Chico Xavier: “Quando a caridade é muito discutida, o socorro chega tarde”.

Recordou, na sequência, exemplo de Vicente de Paulo, que fora confessor da coroa parisiense, mas decidiu despojar-se do conforto e viver Jesus na rua, em meio à fome, ao frio, à peste, que dizimava os pobres, e às demais misérias humanas. Por mais que trabalhasse, não conseguia atender por completo a escassez, ficando desolado com a situação. Logo, decidiu buscar socorro aos necessitados, entre aqueles que governavam a população, pois é necessário que se tenha a coragem de suplicar apoio em nome das pessoas carentes.

O orador rememorou também que quando jovem, na década de  1950, teve a ideia de alugar uma carroça e recolher doentes para morrerem em lugares mais aconchegantes e cercados de cuidado e ternura, pois é necessário que se lute contra a indignidade humana. Construiu então um barracão com a ajuda de Nilson de Souza Pereira, chegando a atender até 40 doentes. Na estrutura não havia portas nem janelas, pois a caridade verdadeira é um gesto espontâneo, que não nega auxílio aos necessitados: todos poderiam entrar. Lembrou-se de uma senhora em especial, com marcas de varíola e uma perna amputada, que, frequentando o barracão agora denominado “Casa de Jesus”, quando prestes a desencarnar, revelou ser uma mulher de cultura erudita. No passado, fora ela embaixadora do Brasil no Egito, no Uruguai, na Argentina, entre outros países, mas que naquele momento, despida de posses e dependendo da caridade alheia, lhe disse: “Nunca sabemos o nosso fim, procure fazer sempre o bem para que o bem fique no nosso coração”.

Após as palavras de Divaldo Franco, Dr. Juan Danilo Rodrigues encerrou o evento brindando os ouvintes com uma magnífica prece em forma de canção.

 

Notas:

1 – As fotos desta reportagem são de autoria de Edgard Patrocínio.

2 – Informações sobre o trabalho realizado pelo Reencontro, entidade situada no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, podem ser obtidas no website http://reencontro-sp.org.br/


 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita