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por Claudio Viana Silveira

 
Na Jerusalém de hoje


“O Mundo ainda é uma Jerusalém enorme congregando criaturas dos mais diversos matizes.”
(Emmanuel)


Jerusalém era o centro da Palestina antiga, onde Jesus viveu seus 33 anos Missionários. Distante quase 200 km de Cafarnaum, a Capital era “evitada” pelo Mestre, pois ali se encontravam os desafetos de sua Causa; vez por outra, entretanto, lá estava, visto seus ensinamentos serem abrangentes. Na hora derradeira, não foi diferente; ali o sentenciaram; percorreu o caminho do patíbulo; ali foi assassinado.

É possível que nessa hora derradeira, poucos o tenham acompanhado: sabe-se de Maria, sua Mãe, João (o discípulo “amado”), Maria de Magdala, a outra Maria, (irmã de Lázaro) e outros personagens “avulsos” como Verônica, o estrangeiro Simão (de Cirene, que o ajudou a carregar a cruz), a soldadesca, o oficial Longino e o bom (Dimas) e o mau ladrão (Cefas)...

... Acompanhantes heterogêneos; por bons ou maus motivos!

Na Jerusalém de hoje, diversificada também, (o Mundo) comportamo-nos da mesma forma; com interesses mais ou menos prudentes; de variados matizes:

Os impenitentes do agora; ou usurários egoístas, vivendo no entorno de nossos umbigos; os queridicularizamos os já de boa vontade; os ainda ignorantes das verdades Cristãs; os acovardadosperante a urgência do bem; os de pouca fé, ou fé inoperante; os ingratos que já esquecemos de todos os socorros dos Emissários do Mestre; e outros, finalmente, com sinceridade e fervor, mas ainda temerários da imensa cruz que o Planeta supõe.

Simão, o de Cirene, era um destes: não tão convicto, mas sentindo a necessidade de operar, ajudar, servir...


*


Não temos, ainda, a operância ou determinação das Marias; nem a de João, Verônica ou Dimas; tão pouco desejamos ser tais quais a soldadesca, Longino ou Cefas...

... Mas ainda talvez representemos Simão Cireneu, instigados por nossa consciência; constrangidos perante nossos débitos, mas já tentando abraçar os diversos madeiros deste Mundo, benéficos, necessários, evolutivos.

Na Jerusalém de hoje há também ferramentas variadas, desde o material que nos salva ou emperra; o bem e o mal para nossa livre escolha; e “madeiros” de toda ordem que desejaremos abraçar ou arrastar.

Ou ficamos simpáticos ao Mundo e antipáticos ao Mestre; ou atraentes ao Mestre e desinteressantes ao Mundo...

(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido,Fonte Viva, ditado por Emmanuel, Cap. 140, Após Jesus, 1ª edição da FEB.) 
 

  

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita