Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  
Desespero


Provocações e problemas, habitualmente, são testes de resistência, necessários à evolução e aprimoramento da própria vida.

A paciência é a escora íntima que auxilia a criatura a atravessá-los com o proveito devido.

O desespero, entretanto, é a sobretaxa de sofrimento que a pessoa impõe a si mesma, complicando todos os processos de apoio que conduziriam à tranquilidade e ao refazimento.

O desespero é comparável a certo tipo de alucinação, estabelecendo as maiores dificuldades para aqueles que o hospedam na própria alma.

Em conflitos domésticos, inspira as vítimas dela a pronunciar frases inoportunas, muitas vezes separando os entes amados, ao invés de uni-los.

Nos eventos sociais que demandam prudência e serenidade, suscita a requisição de medidas que prejudicariam a vida comunitária se fossem postas em prática no imediatismo com que são exigidas.

Nas reivindicações justas, costuma antecipar declarações e provocar acontecimentos que lhes caberiam atingir.

Nas moléstias do corpo físico, por vezes encoraja o desrespeito pela dosagem dos medicamentos, no doente que precisa da disciplina, em favor da própria cura.

Disse Jesus: “Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados,” mas urge reconhecer que os aflitos inconformados, sempre acomodados com o desespero, acima de tudo, são enfermos que se candidatam a socorro e medicação.

 

Do livro Hoje, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita