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por Vladimir Polízio

 
A chave bendita


É muito comum a troca de farpas quando alguém levanta questionamentos pessoais.

Quando a conversação com esse alguém começa a criar ambiente agressivo, não convém prosperar com a elevação do tom, de modo a trazer para o ambiente em que se encontre um pesado clima fluídico, com consequências geralmente desagradáveis.

Se temos por dever contornar as dificuldades que encontramos pelos caminhos, necessário se faz a presença da paciência para não nos perdermos durante a resolução desses problemas. Qualquer descontrole poderá trazer resultados inesperados, seja para o momento, seja para o futuro.

Não é somente a educação e o respeito que deverão estar presentes nesses instantes em que formos chamados à tomada de decisão, mas, especialmente, o equilíbrio, através da tranquilidade. É normal deixarmos o curso de uma conversação correr à vontade, sem qualquer freio que a reprima, tomando, por descuido, caminhos indesejáveis e trazendo, às vezes, aborrecimentos para ambos os lados. A disciplina comportamental e psíquica, se não estiver naturalmente instalada no organismo material, como ingredientes do Espírito que já trouxe consigo esses valores, deve ser cultuada, exercitada, a exemplo do hábito da oração, que aos poucos também deve fazer parte da vida de cada indivíduo, se estiver pretendendo ligar-se a esse maravilhoso Universo, onde oferece a cada um a oportunidade de receber influências vibratórias dos vivos do outro lado da vida.

É Emmanuel quem nos socorre, através da mediunidade de Chico Xavier, com as orientações contidas na mensagem 'A chave bendita', sobre o controle de si mesmo. 'A chave bendita':

"Efetivamente, muitos são os problemas que nos assediam a existência. Dificuldades que não se esperam, tribulações que nos espancam mentalmente de imprevisto, sofrimentos que se instalam conosco sem que lhes possamos calcular a duração, desajustes que valem por dolorosos constrangimentos.

Se aspiras a obter solução adequada às provas que te firam, não te guies pela rota do desespero.

Tens contigo uma chave bendita, a chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência. Perante quaisquer tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para logo a equação de harmonia e segurança a que se pretende chegar.

Nada perderás deixando falar alguém com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas; nunca te diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária; em coisa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio de conceitos deprimentes que te sejam desfechados; não sofrerás prejuízo em te calando nesta ou naquela questão que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais; grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com que aceites desprestígios ou preterição; jamais te arrependerás de abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas; e a simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, a benefício dos outros.

Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através de pequenos gestos de tolerância e bondade e o programa de trabalho a que a vida nos indique ganhará absoluta eficiência de execução.

Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira do ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues à irritação.

Tenta a humildade".
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita