Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Fidélis Alves

 
Diante da morte


A morte, para quem ama,

Não tem mistério ou poder…

O amor encontra na morte

Um novo modo de ser.

 

Olha sempre o que produzes

Se bem ou mal, luz ou treva,

Que a morte faz o retrato

Da vida que a gente leva.

 

Toda morte que a pessoa

Não pede, nem abrevia,

É a bênção da liberdade

Na aurora de novo dia.

 

Ninguém se acaba na morte,

Toda morte é uma saída

Para aquilo que se busca

Nas ânsias da própria vida.

 

Para quem trabalha e serve

Sem desertar do caminho,

A morte é a brisa da paz

Chegando devagarinho.

 

Quem foge às lutas da vida

Atira-se ao desamparo;

Em qualquer parte do mundo,

Rebeldia custa caro.

 

Morta a lagarta? Qual nada!…

Inércia não é o fim…

Transformou-se em borboleta

Ao claro sol do jardim.

 

Morte, luto, cinza e sombra…

Não te aflijas!… Passarão…

O dia nasce de novo

Em meio da escuridão.

 

Do livro Rosas com amor, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita