Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

  

Em 1931, “mandar alguém para o inferno” constituía grave ofensa. E um dos missionários católicos que visitaram Pedro Leopoldo naquela época, no zelo com que defendia a Igreja Romana, falou do púlpito que o Chico, o médium espírita que se desenvolvia na cidade, devia ir para o inferno.

Chico, que frequentara a Igreja desde a infância, ficou muito chocado. À noite, na reunião costumeira, aparece a progenitora desencarnada e, reparando-lhe a inquietude, pergunta-lhe, bondosa, o motivo da aflição que trazia.

— Ah! estou muito triste, — disse o rapaz.

— Por quê?

— Ora, o padre me xingou muito...

— Que tem isso? Cada pessoa fala daquilo que tem ou daquilo que sabe.

— Mas a senhora imagine — clamou o Chico — que ele me mandou para o inferno!...

O Espírito de Dona Maria sorriu e falou:

- Ele mandou você para o inferno, mas você não vai. Fique na Terra mesmo.

O médium, ante o bom humor daquelas palavras, compreendeu que não convinha dar ouvidos às condenações descabidas. E o serviço da noite desdobrou-se em paz.

 

Do livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita