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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 
Passaporte da vida


Em cada reencarnação recebemos o “passaporte” da vida corpórea. A princípio sob o abrigo uterino e, logo depois, no convívio direto com os demais terráqueos, iniciamos a nossa trajetória previamente programada.

Lamentavelmente nenhum de nós percebe no começo da vida que o tempo de permanência na Terra já começou a ser contado. Quando comemoramos os nossos aniversários e recebemos os parabéns por mais um ano de vida, na verdade trata-se de menos um ano de vida no plano físico.

Se ao longo do desenvolvimento do corpo pudéssemos avaliar a importância do crescimento espiritual, certamente enfrentaríamos mais encorajados e confiantes os desafios que encontramos em nossas incontáveis caminhadas.

A falta desse conhecimento nos leva a sérios desconfortos por não compreendermos que essa vida no Orbe terrestre, assim como em outras moradas, é passageira. Após o desencarne a verdadeira essência segue seu rumo na dimensão espiritual e sendo o Espírito imortal, habitará várias casas do Pai agregando carimbos no “passaporte” de nossas vidas...

As viagens terrenas são planejadas com antecedência e sabemos data e hora da largada. Contudo, a viagem obrigatória e sem data prevista é deixada em plano secundário, por valorizarmos mais a vida corpórea, que é efêmera, do que a espiritual que é eterna.

Ao se extinguir o corpo físico surgem as transformações próprias das leis naturais, restando o Espírito que terá muitas outras vidas nessa caminhada incessante até que um dia possamos todos, sem exceção, desfrutar da almejada angelitude.

Nossa permanência na Terra é tal qual um “estágio”, onde temos oportunidade de aprimorar o nosso desenvolvimento intelectual e moral. Em cada capítulo da nossa existência passamos por diversas provas para depuração das nossas imperfeições, cujo mérito será somente nosso. Acrescemos o que reza em Mateus 16.27: “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus anjos; e então dará a cada um segundo suas obras”.

A presente colheita é o fruto daquilo que foi semeado, sendo esse processo constante, até que nos despojemos por completo dos equívocos praticados nas diversas viagens existenciais. Nessa ótica, devemos buscar o entendimento para tudo que se reporta ao mundo espiritual, plantando boas sementespara que as próximas colheitassejam promissoras. Ressaltamos o contido em Gálatas 6:8: ”Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna”.

Jamais deveremos esquecer de que a verdadeira vida reside no Espíritosendo o desencarne o portal das inúmeras moradas que deveremos conhecer conforme as sábias palavras de Jesus, segundo João 14:2: ”Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar”.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita