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por Arnaldo Divo Rodrigues Camargo

 

Jesus, ele não envelheceu!


O Criador ama muito este mundo, só que este mundo não corresponde ainda ao que o Senhor deseja de toda a humanidade.

A princípio vieram os profetas que não foram acatados e, depois, o próprio Governador do Planeta Terra, Jesus, o Cristo de Deus, veio ter conosco cumprindo a vontade do Altíssimo.

Trinta e três anos aqui viveu e foi incompreendido. Sua mensagem libertadora dos apegos materiais e das tradições fez com que fosse combatido e hostilizado. Dentro de uma sociedade patriarcal, as mulheres tiveram uma importante participação em seu ministério, destacando sua mãe Maria de Nazaré e Maria Madalena.

Numa sociedade muito desigual e com domínio de pessoas sobre pessoas, de diversas formas, ele combateu o acúmulo das riquezas: “É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus”.

E exaltou a pobreza desprovida de ambição e que vive da simplicidade na vida, buscando apenas o necessário: “Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança”.

Numa sociedade onde a hipocrisia e os interesses dos líderes dominavam, ele combateu o sistema e se ligou aos mais simples, sofredores, pecadores e doentes que buscavam o lenitivo para suas almas. E contou a parábola do bom samaritano, desmascarando os religiosos.

Numa sociedade com pirâmide (camada) social que distinguia as pessoas, Jesus mais uma vez exaltou os humildes, dizendo que: “Os menores serão os maiores e os últimos serão os primeiros, e bem-aventurados serão aqueles que mais sirvam aos seus irmãos”.

Naquela época em que se vangloriavam e obrigavam as pessoas ao culto no grande Templo de Jerusalém, o Cristo desfraldou fronteiras ensinando a amar a Deus dentro do próprio coração; em qualquer lugar poderíamos encontrar as belezas do Pai generoso. Dessa forma ampliou a experiência com Deus, sem que as pessoas necessitassem de pedágios e sem mistérios e intercessões de terceiros para se comunicar com o Criador.

O Messias nasceu despojado dos bens materiais, seu trono foi uma manjedoura, e já aí começa a espalhar a notícia do amor. Viveu na periferia e conviveu com muitos daquela marginalidade social; somente esteve na capital, Jerusalém, para cumprir uma missão de dar o exemplo do perdão diante da maior injustiça que se faz com uma pessoa, aplicar a pena de morte, sem permitir a defesa.

Nessa sociedade revoltada, onde predominava o olho por olho e dente por dente, o Nazareno ensinou o perdão e inclusive a fazer o bem para aqueles que nos perseguem ou ferem, porque o mal não é algo que nos fazem, e sim o mal que fazemos para o nosso próximo. Perdoar sempre!

Numa sociedade desigual e ambiciosa que não podia compreender a mensagem renovadora de Jesus, ele não envelheceu, preso e calado foi condenado e disseram: “Crucifiquem o galileu”. Com apenas 33 anos, torturado e assassinado, pelo Estado e pelos religiosos, ainda é o incompreendido que precisamos descobrir. E sua mensagem libertadora continuou na cruz: “Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem”.

Mestre dos mestres, o maior filósofo e mais experiente psicólogo tem sua mensagem ecoada pelos milênios e sua vida fez com que se dividisse o tempo em antes e depois dele. Líder que cativou os discípulos e não os abandonou, viveu entre os oprimidos, morreu na cruz do martírio e sobreviveu, voltando em espírito para nos contar e demonstrar que a morte é vida e que a vida continua.

E que todos viveremos de novo.

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita