Internacional
por Ênio Medeiros

Ano 12 - N° 575 - 8 de Julho de 2018

Divaldo Franco: “O mal que nos faz mal é o mal que fazemos”


De 4 a 7 de junho, nas cidades de Berlim, Stuttgart e Mannheim, Divaldo concluiu seu périplo por terras do Velho Mundo


Nas primeiras horas da manhã de 4 de junho, segunda-feira, o incansável trabalhador de Jesus, Divaldo Franco, acompanhando de alguns amigos, já se encontrava no aeroporto de Düsseldorf, embarcando para Berlim, onde foi recebido pelos confrades espíritas do Studien-und Arbeitsgruppe Joanna de Ângelis e.V. - SAJA, e conduzido ao hotel para se refazer da viagem e se preparar para o encontro que estava marcado para o final da tarde na sede do SAJA.

Sem perda de tempo e para bem aproveitar as oportunidades de levar o conhecimento e a experiência na divulgação da Doutrina Espírita, Divaldo Franco e os que o acompanham no roteiro de divulgação doutrinária na Europa foram recebidos com muita alegria e entusiasmo. Divaldo atendeu aos amigos que o buscavam para cumprimentos, fotografias, uma conversa fraterna, até chegar o momento do início da atividade agendada. Nesta oportunidade, quem conduziu e expôs o tema - O Homem Perante a sua Consciência -foi o querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez.

Juan Danilo, introduzindo o assunto, fez referência à questão 621 de O Livro dos Espíritos, onde Allan Kardec indagou sobre onde está escrita a Lei de Deus, obtendo dos imortais, que respondendo, informaram que ela se encontra na própria consciência do ser humano. Dr. Juan adentrou-se pelos caminhos da inteligência, da mediunidade, exemplificando suas afirmativas com alguns exemplos de experiências próprias.

Traçando alguns direcionamentos para desenvolver a consciência em si mesmo, referiu-se a Jesus e ao Seu diálogo com Pilatos, onde aquele, aparentemente vencido, mantém-se vencedor, sobrepondo-se pela Sua moral, pelo Seu amor, asseverando que “Todo aquele que busca a verdade escuta a minha voz”. É fundamental que todas as criaturas humanas tenham um propósito para o seu próprio crescimento. É fundamental, frisou Juan, conhecer o propósito do ser que se é. Esse passo inicial é primordial para começar a transformação, para melhor, de alguns pontos no próprio caráter.

Em seguida, como consequência do propósito traçado, ou seja, o desenvolvimento da consciência, se deve empreender a conquista do autocontrole, trabalhando com afinco e dedicação e, assim, naturalmente o indivíduo se volta para a solidariedade e para a vida, alterando seus propósitos para melhor. Agora, mais equipado o ser dá um novo sentido à vida, porque muda a forma de pensar, e nota que tudo começa a mudar ao seu redor. É o amor como Jesus o apresentou, amando a Deus, ao próximo e a si mesmo.

Quando os indivíduos optam por estes caminhos, asseverou o lúcido palestrante, descobrem um propósito para o seu ideal e começam, naturalmente, a caminhar para a felicidade, porque somente é feliz quem ama. Quando o ideal, que é amar, está fixado no ser, torna-se fantástico, pois o ego transcende a personalidade, aprende a ter um propósito, a ser solidário, a lutar pelo amor, atingindo uma consciência lúcida, transcendente.

Evidenciando a lógica do Espiritismo, Dr. Juan afirmou, ainda, que é uma doutrina de transcendência. Graças à lógica do Espiritismo se pode compreender que todos traçam seus próprios caminhos, para uns mais longos, com perigos, desvios, e para outros, caminhos mais curtos e diretos, porém, todos chegarão ao ideal da transcendência, afinal na Doutrina Espírita se encontram todas as respostas para a transcendência.

Encerrando as atividades realizadas na sede do SAJA, Dr. Juan foi muito aplaudido. E porque o assunto seja sempre palpitante, ainda respondeu algumas perguntas, e despedindo-se de todos, juntamente com Divaldo, retornaram ao hotel para a conferência pública que se fará no dia seguinte.

A conferência em Berlim

Na noite de 5 de junho, terça-feira, Divaldo Franco, atendendo ao convite dos espíritas do Studien-und Arbeitsgruppe Joanna de Ângelis e.V. - SAJA, de Berlim, proferiu conferência pública com o tema “Schmerz - Leid – Heilung” - Dor - Sofrimento - Cura -, e contou com o eficiente auxílio de Edith Burkhard na tradução para o idioma alemão.

Ao iniciar as atividades da noite, lamentando não falar o idioma alemão, fazendo-se entender, porém, através do idioma internacional do amor, Divaldo Franco asseverou que a busca do ser humano na Terra, desde os primórdios é a felicidade, e uma das mais importantes áreas para a aquisição da felicidade é a saúde. Discorrendo sobre a história da evolução do ser humano, desde o período pré-socrático, Divaldo esclareceu que aqueles filósofos haviam concluído que a vida humana era constituída de dois elementos, o ser e o não ser.

A filosofia idealista de Sócrates, o mundo das ideias, e as conclusões de Platão levaram o homem a compreender que ele, o homem, voltava várias vezes até atingir o estado de luz. Com o Platonismo, surgiu, então, o espiritualismo. Percorrendo o pensamento proposto pelo Atomismo grego, até alcançar a atualidade com o Materialismo e o Espiritualismo, Divaldo Franco expôs o trabalho desses pensadores que procuravam responder sobre a felicidade, a vida e a morte, a dor, o sofrimento e a cura.

Apresentando as conclusões a que chegou Sidarta Gautama, o Buda, sobre o sofrimento, Divaldo discorreu sobre as quatro grandes verdades: 1) Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento; 2) O sofrimento surge de causas específicas; 3) Eliminando as causas, o sofrimento é eliminado; e 4) O sofrimento e suas causas são eliminados. É o fim do caminho de sofrimento.

Eis que surge um Homem na face da Terra, é um Judeu, de Nazaré, Ele sobe em uma montanha e diz que a verdadeira felicidade não é ter, porque o que se tem se pode perder, mas a felicidade é ser melhor a cada dia. Então, Jesus foi o mais notável filósofo da humanidade, nada escreveu, mas as suas palavras penetraram a alma humana de tal forma que se tem a sensação de que foram pronunciadas ainda ontem. Em Jesus, esclareceu o hábil orador, o ser humano encontra uma filosofia para superar a dor e o sofrimento. Dor é sensação, a dor física leva ao sofrimento, porém o sofrimento moral somatiza e o indivíduo adoece. Quem cultiva a raiva, certamente terá distúrbios gástricos, o ódio derruba as defesas orgânicas e a criatura humana fica vulnerável às enfermidades.

Entre Jesus e os dias atuais surgiu o Espiritismo, uma ciência que estuda a origem, a natureza, o destino dos Espíritos e as suas relações com o mundo material. Viver é uma bênção, a lição da dor e do sofrimento, minimizadas pelo avanço da tecnologia, com o emprego dos recursos farmacológicos - barbitúricos, anestesias, antibióticos e outros -, são importantes, porém, nenhum deles é capaz de enxugar as lágrimas da saudade, da ausência do ser amado.

O Espiritismo orienta os indivíduos a seguir a ética do bem e O Livro dos Espíritos, respondendo a todos os conflitos do pensamento humano, projetando luz na ignorância, é poderoso auxiliar para que o ser humano transforme o ego, saindo do ego-homem, para o ego-Cristo.

Se o homem optar em amar, a servir e dar sentido à sua vida, naturalmente se sentirá feliz, e suas dificuldades ficarão menores. A tarefa é a de tornar o difícil em fácil, assim, simplificando, será possível adquirir felicidade.

Encerrando a brilhante conferência, profundamente inspirado, o Arauto do Evangelho e da Paz elucidou que vale a pena ser feliz, basta uma atitude emocional, um sorriso, uma palavra gentil, a honra de ser você quem ajuda, contribuir para a felicidade alheia. Deus nos deu tanto, e nós, às vezes, somos tão ingratos. Seja você aquele que ama.

Muito aplaudido, era possível perceber a euforia que envolveu os presentes no auditório, afinal, Divaldo é um trabalhador do Cristo que, além de expor o que vive, discursa com a alma. Sentindo o amor do seareiro do Cristo, que veio e lançou novas e excelentes sementes no solo dos corações dos amigos de Berlim, seu verbo marcou-os indelevelmente e, certamente, se lembrarão destas mensagens e da noite ímpar em suas vidas.

Após um rápido lanche na sede do SAJA, o incansável Divaldo Franco apressou-se em retornar ao hotel, porque no dia seguinte, 6 de junho, teria novo compromisso doutrinário em terras da Alemanha. O dia mal começara e ele já estava no aeroporto de Berlim, para rumar até Stuttgart.

Penúltima etapa da viagem: Stuttgart

No entardecer de 6 de junho, quarta-feira, lá estava o incansável trabalhador do Cristo, Divaldo Franco, que logo após desembarcar no aeroporto de Stuttgart, na Alemanha, foi atender o convite do Spiritistischen Studienkreis' Allan Kardec Gruppe S.E.E.L.E e.V. - de Stuttgart, para discorrer sobre a vida.

Contemplando as necessidades de compreensão dos locais, a conferência contou com a tradução de Edith Burkhard para o idioma alemão. Assim, Divaldo Franco encerrou, com esta atividade, um ciclo de 29 dias, passando por treze cidades de nove países europeus, como faz já há trinta e dois anos, divulgando o Espiritismo e o Evangelho de Jesus.

Apresentando o tema e ambientando o público, Divaldo Franco iniciou a sua conferência perguntando, o que é a vida? Talvez, na área da filosofia, seja uma das mais difíceis definições. Aristóteles afirmava que a vida é um dos grandes mistérios, um fenômeno inexplicável que se apresenta em multifaces. Segundo o Dr. Cressy Morrison, diretor do museu de Nova Iorque, a vida é um milagre, é um químico fabuloso, consegue transformar matéria em decomposição em perfume de flores. Albert Schweitzer, construindo na África o novo mundo da solidariedade do século XX, afirmava que é necessário que o ser humano tenha respeito pela vida.

Nesta hora de tecnologia, este ser predador, que é o homem, vem ameaçando a vida em suas várias manifestações. Abordando o pensamento e a consciência, Divaldo Franco discorreu sobre os seus conceitos e consequências, fazendo referência a George Gurdjieff e os quatro níveis de consciência. Demonstrando a fragilidade em que o homem ainda se debate, o orador por excelência fez forte advertência sobre o medo e a posse. Quanto mais o ser humano tem, mais deseja ter, porque não se restringe em possuir, quer sempre mais, possuir mais e, nesta luta pela posse, é possuído, quer controlar, e é controlado.

Sugeriu, então, o lúcido orador, possuir, sim, mas sem depender, ou seja, ser o seu mordomo, e não manter o hábito de ser o dono, pois, por mais durável que seja a posse, ela é sempre transitória. A vida física é passageira, e a sua transitoriedade está sustentada pelas emoções. Todos têm um desafio, isto é, viver, que não é apenas um ato de respirar e mover-se, é, também, o fenômeno se sentir, se perceber vivo e, para tal, é fundamental se estabelecer uma meta para a sua vida.

Na atualidade há uma sociedade rica de tecnologia, porém, com ausência de metas. A vida atual transcorre freneticamente, impedindo o homem de pensar, meditar, reflexionar. O Espiritismo surgiu, então, formulando uma resposta, faz uma análise profunda da filosofia clássica, contemporânea e existencial, afinal, todos desejam ser felizes. O advento do Espiritismo foi uma evolução diante do pessimismo das doutrinas religiosas da época.

Apresentando as excepcionais qualidades do maior psicoterapeuta da humanidade, Jesus, o Trator de Deus, conforme Chico Xavier designava Divaldo Franco, afirmou que o Evangelho de Jesus oferece à Humanidade as respostas para acalmar as ânsias do coração, o ardor da ansiedade, e para aquecer a algidez dos sentimentos. Ministrando uma verdadeira aula de autoconhecimento, o orador de escol sugeriu que todos façam a viagem para dentro de si, em busca de um sentido existencial e, através de um trabalho de natureza moral, alcançar, portanto, a plenitude.

A vida possui muitos desafios normais e muitos outros paranormais, o Espiritismo é a resposta para uma vida feliz. Allan Kardec foi o primeiro a provar cientificamente a sobrevivência da alma, e a morte deixou de ser o fim, tornando-se em portal para a dimensão espiritual, igualmente apresentou provas sobre a origem, a natureza e o destino dos Espíritos, bem como sobre a comunicabilidade com o mundo corpóreo.

Encerrando profícua atividade, afirmou:

A vida é bela;

Ponha sol na sua vida;

O milagre da vida é amar;

O mal que nos faz mal, não é o mal que nos fazem, mas, é o mal que nós mesmos fazemos, porque isto nos torna maus.

Em nobre gesto de gratidão e reconhecimento por parte dos assistentes, Divaldo Franco foi aplaudido de pé, intensamente, demoradamente. As vibrações de amor e paz pairavam no ar, oferecendo, assim, a oportunidade para que todos dali saíssem perfeitamente renovados, pelo amor em movimento.

Derradeira atividade: Mannheim

Retornando para a cidade de Mannheim, de onde retornaria a Salvador, no Brasil, após atender e cumprir os graves compromissos assumidos, ou seja, o de propalar o Evangelho de Jesus, o Semeador de Estrelas, uma vez mais, saiu a semear. Semeou as bases do Espiritismo, e os frutos opíparos já se fazem notar hoje, comprovando-os pelas diversas sociedades e grupos espíritas que ele ajudou a fundar e que consolam almas e elucidam mentes. Assim, o Espiritismo adquiriu cidadania na Europa e no mundo. Divaldo Franco, temos uma dívida de gratidão para contigo! Rogamos a Jesus e a Joanna de Ângelis te abençoar.

Na quinta-feira, dia 7 de junho, após o encerramento da jornada de divulgação da Doutrina Espírita pela Europa, foi o momento de agradecer por todas as bênçãos alcançadas no trabalho do bem.

O evento, vivamente aguardado, lotou por completo as instalações do Freundeskreis Allan Kardec - Mannheim. A presidente da instituição, amiga e benfeitora que sempre acolhe Divaldo Franco e seus amigos em seu lar, Euda Kummer, iniciou o encontro de gratidão, reverenciando a todos, em especial a Divaldo por atender aos convites e se dispor a estar presente nestas extenuantes atividades de divulgação da Doutrina Espírita na Europa, vencendo inúmeros obstáculos, inclusive na área da saúde.

Dirigindo-se aos presentes, Divaldo Franco salientou o trabalho realizado pelos amigos que o acompanharam neste período na Europa, solicitando ao Dr. Juan Danilo, o amigo querido, que se pronunciasse em breves palavras. Juan, citando Allan Kardec, destacou a importância do estudo das Obras Fundamentais do Espiritismo, bem como o desenvolvimento da educação. A busca pela compreensão através do estudo e das reflexões colaboram para a renovação de conceitos, pois que, todos possuem dificuldades em anular o ego. O Espiritismo, porém, oferece as ferramentas ideais para o crescimento individual, como, também, para fruir a felicidade, agradecendo a oportunidade do convívio fraternal nestes dias transatos.

Na sequência, por solicitação de Divaldo, os irmãos queridos da Espanha, e que acompanharam praticamente todo o percurso desenvolvido no atual roteiro, desde há trinta dias, demonstrando serem incansáveis, deram um exemplo de perseverança, dedicação e alegria, pois que, sempre joviais e participativos, acompanharam, muito próximos, todas as atividades. Através da voz do amigo Manolo, trouxeram sua participação neste Evangelho em família afirmando que há muitos anos já acompanham a caminhada de Divaldo, buscando o reabastecimento nos estudos da Doutrina Espírita, nos trabalhos incessantes apresentados por Divaldo, que não apenas divulga, asseverou Manolo, mas exemplifica com sua vida. Os imensos desafios e os compromissos com a Mansão do Caminho são superados pelo Arauto do Evangelho e Paz com muita determinação e com o emprego de sua vontade férrea, e sendo detentor de um ânimo inquebrantável, Divaldo Franco prossegue amando, ensinando e servindo à causa do bem.

Em seguida, Jaqueline Medeiros, do Brasil, foi convidada a colaborar com algumas palavras, e gentilmente fez referência à bênção que é o Espiritismo na vida de todos que o abraçaram, e que se tem convertido em bússola segura para a sua existência. Destacou que o estudo e a compreensão desta Doutrina de luz se constituem na presença do amor de Jesus no coração de seus profitentes. Reconhecendo as bênçãos e o amparo dos Benfeitores espirituais, enalteceu a proteção posta a disposição dos integrantes deste roteiro de luzes que ora finaliza, tendo em vista a complexidade das muitas viagens e dos inumeráveis compromissos, em diversas cidades e países.

O próximo convite, para que se pronunciasse, foi feito para aquela que vem há mais de vinte anos traduzindo Divaldo Franco ao idioma alemão, a querida amiga Edith Burkhard, que se referiu à alegria pela oportunidade de traduzir Divaldo, permitindo que a sua mensagem de paz chegue à compreensão dos alemães através da sua tradução. Sente-se renovada e honrada, afirmou, por integrar esta equipe de lidadores do bem, nas atividades de divulgação desta Doutrina de luz.

A querida amiga Zelina, do grupo de Luxemburgo, e que também acompanha sempre as atividades desenvolvidas por Divaldo Franco, ofertando o seu exemplo de abnegação e dedicação à sua autoeducação e à causa do bem, sendo convidada a se pronunciar, destacou o seu profundo sentimento de renovação espiritual por estar em contato com a Doutrina Espírita e com todos os que a divulgam nestes encontros iluminativos, dizendo sentir-se profundamente agradecida pelas oportunidades de aprendizado.

A noite estava muito agradável, uma leve chuva caía caprichosamente, auxiliando a diminuir o calor intenso que se abate sobre a Alemanha nestes dias. Por fim, Divaldo Franco, muito inspirado e renovado pela alegria do êxito na conclusão de tão significativos compromissos, referiu-se a Jesus de Nazaré, que, embora sendo sempre confrontado, apresentou à Humanidade uma doutrina revolucionária, não castradora, mas de amor e de liberdade. Enquanto o Espiritismo discorre sobre a vida eterna, os homens, por vezes, permitem que as preocupações fúteis dominem as suas emoções, tal é o estado de infância emocional em que se encontra, e que ainda se deixa fixar.

Falando com propriedade, pois entregou parte de sua infância, sua juventude, e toda a sua vida adulta ao trabalho no bem, afirmou que o Espiritismo, figurativamente se assemelha a um túnel, quando se entra e se aprofunda um pouco é possível ver, no seu final, a presença da claridade, e o espírita, avançando e tropeçando na escuridão, pode observar que, cada vez mais, a luz se aproxima. Embora a presença dos desafios, todos caminham para um amanhã melhor.

Que Jesus é este, que é capaz de penetrar em nossa alma como um punhal de luz, e que faz sangrar até que a paz tome conta de nós? Eu abandonei meus sonhos juvenis, afirmou o ilustre orador, abandonei meus pais, minha família, e ao lado de um fiel amigo e irmão, fui buscar, nos pantanais da sociedade, crianças que eram vendidas ao preço de uma garrafa de alcoólico, para adotá-las e educá-las com amor, porque acredito na palavra do amigo de Nazaré: - Nunca te deixarei a sós.

Ao finalizar, apresentou uma mensagem com um toque de advertência, afirmando que há um grande desafio para o qual devemos ter muita atenção, é a presença dos desencarnados em nossas vidas. Todos procedemos de um passado normalmente de imperfeições, deixamos muitas decepções e equívocos pelo caminho, e estes inimigos desencarnados, hoje, nos vem cobrar. Lembrem-se, sempre, de orar, ressaltou, entregar-se a Deus, recebendo, nem sempre o que pedimos, mas o que necessitamos e não o sabemos.

Foi um encontro inesquecível, uma verdadeira reunião em família. A pequena sala, completamente lotada, estava saturada de vibrações de amor e paz. Vivemos momentos de testemunhos, porém não estamos a sós, Jesus prossegue no leme desta grande embarcação, o amado planeta escola para todos nós. O encontro do Evangelho da Gratidão foi encerrado em clima de alegria, de paz e de expectativas para o reencontro no ano vindouro.


Texto e fotos: Ênio Medeiros.
 
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita