Joias da poesia
contemporânea

Espírito: João Coutinho

 
 

Ouve, meu irmão

 

Não te mergulhes na ilusória taça

Em que o vinho da carne se avoluma.

A alegria da Terra é cinza e bruma,

Mentirosa visão que brilha e passa.

 

No mar do tempo, o nome, a posse e a raça

São pequeninas pérolas de espuma

Que se desfazem, tênues, uma a uma,

Como fios de seda sob a traça.

 

Além da triste e escura gleba humana,

Somente o amor persiste e se engalana

Do excelso brilho com que se aprimora...

 

Ama servindo ao mundo, cada dia,

E encontrarás a glória da alegria

Na Luz Eterna da Divina Aurora.

 

Do livro Cartas do Coração, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita