Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Sol nas Almas

Parte 2


Continuamos a apresentar o estudo do livro Sol nas Almas, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelo médium Waldo Vieira e publicada originalmente pela Comunhão Espírita Cristã de Uberaba (MG).


Questões preliminares


A. O conceito de coragem à luz dos ensinamentos espíritas é diferente daquilo que geralmente interpretamos como coragem?

Sim. Em numerosas reencarnações, temos interpretado a coragem como sendo arremesso do espírito para a destruição. Partilhamos guerras de extermínio, crueldades, delitos, depravações, arvorando-nos em campeões da coragem quando não passávamos de malfeitores acobertados pela falsa legalidade de estatutos forjados na base da delinquência. Com a Doutrina Espírita aprendemos a coragem que Jesus exemplificou, a expressar-se no valor moral de quem atribui a Deus todas as bênçãos da vida, para canalizar as bênçãos da própria vida a serviço da felicidade geral. Coragem de apagar-nos e esquecer-nos, para que o ensinamento se estenda e triunfe soerguendo o nível de entendimento e elevação para todos, muito embora trabalhando e servindo constantemente sem nada pedir para nós. Coragem como apoio vivo capaz de viver para o bem dos outros e também de desencarnar, quando preciso, para que os outros não sejam dominados pelo mal que nos impõe a morte. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

B. Existe alguma relação entre coragem e a vitória sobre nós próprios?

Sim. Lembra-nos André Luiz que bastam audácia e manha para dominar os outros, mas somente à custa da coragem que o Cristo nos legou é que conseguiremos a vitória em nós e sobre nós, para que nos coloquemos ao encontro da Grande Vida que estua além da vida terrestre. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

C. Preservar e empregar com proveito as forças vitais é medida que não podemos negligenciar?

Evidentemente. Doutrina do discernimento, o Espiritismo nos acorda para a valorização das forças da vida, ensinando-nos a preservá-las e a empregá-las com o proveito devido. Nesse sentido, André Luiz chama-nos a atenção para as perdas de vitalidade decorrentes de nosso envolvimento com os espetáculos violentos, junto dos quais desgastamos recursos preciosos do corpo e, às vezes, chegamos até mesmo a perdê-lo inconsideradamente. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)


Texto para leitura


19. Apoio vivo – Coragem para o bem: atitude imperfeitamente conhecida e raramente praticada. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

20. Não se constitui apenas de fé, não obstante a fé se lhe mantenha por raiz de sustentação. Não é tão somente esperança, conquanto a esperança lhe assegure a seiva de força. Falamos da coragem para o bem, porque o bem exige coragem para ser feito. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

21. Enfeita-se o mal de mil modos com os adornos do bem, de tal sorte que para extirpá-lo da vida, a fim de que o bem verdadeiro se levante na alma, é imprescindível, em muitas ocasiões, até mesmo a coragem de ser só, qual aconteceu com Jesus no último dia de sua luta pela verdade. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

22. Em numerosas reencarnações, temos interpretado a coragem como sendo arremesso do espírito para a destruição. Partilhamos guerras de extermínio, crueldades, delitos, depravações, arvorando-nos em campeões da coragem quando não passávamos de malfeitores acobertados pela falsa legalidade de estatutos forjados na base da delinquência. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

23. Convertíamos o clarão da crença em labaredas da violência, transfigurávamos o alimento da esperança em veneno da ambição desregrada e, no pressuposto de sermos firmes e corajosos, nada mais fazíamos que inventar a invigilância que nos impeliu à fossa das grandes culpas, em cujo lodo nos refocilamos durante séculos de sofrimento reparador. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

24. Desse modo, aprendemos hoje com a Doutrina Espírita a coragem que Jesus exemplificou, a expressar-se no valor moral de quem atribui a Deus todas as bênçãos da vida, para canalizar as bênçãos da própria vida a serviço da felicidade geral. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

25. Coragem de apagar-nos e esquecer-nos, para que o ensinamento se estenda e triunfe soerguendo o nível de entendimento e elevação para todos, muito embora trabalhando e servindo constantemente sem nada pedir para nós. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

26. Coragem de silenciar e coragem de falar no momento oportuno. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

27. Coragem de fazer ou deixar de fazer, coerentes com o ensino do Mestre quando nos mostrou que uma só consciência tranquila, na execução do dever ante a Providência Divina, pode mais que a multidão. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

28. Coragem como apoio vivo capaz de viver para o bem dos outros e também de desencarnar, quando preciso, para que os outros não sejam dominados pelo mal que nos impõe a morte. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

29. Coragem sim. Coragem de sermos bons e simples, afetuosos e leais, porque hoje entendemos, no Evangelho Restaurado, que bastam audácia e manha para dominar os outros, mas somente à custa da coragem que o Cristo nos legou é que conseguiremos a vitória em nós e sobre nós, para que nos coloquemos ao encontro da Grande Vida que estua além da vida terrestre. (Sol nas Almas: capítulo 2 – Apoio vivo.)

30. Estimulantes deprimentes – Doutrina do discernimento, o Espiritismo nos acorda para a valorização das forças da vida, ensinando-nos a preservá-las e a empregá-las com o proveito devido. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

31. Dediquemos um minuto ao inventário das nossas perdas de vitalidade, no que se refere aos espetáculos violentos, junto dos quais desgastamos recursos preciosos do corpo e, em algumas ocasiões, chegamos até mesmo a perdê-lo inconsideradamente. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

32. Em séculos do passado, arrasávamos os nervos diante das façanhas de arena, rejubilando-nos com o sangue de gladiadores e feras ou mantínhamos o coração alterado por arritmias, à frente de carros e cavalos em tropelia, buscando tolas consagrações. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

33. Na atualidade, temos o boxe fulminante e a disparada de autos em nome de competição esportiva ou, ainda, as peças dedicadas ao desregramento emotivo e os filmes endereçados à exaltação do crime, rotulados de cultura, desbaratando-nos as reservas físicas e mentais. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

34. Semelhantes exibições abalam as energias nervosas, sacodem-nas e dissipam-nas, impingindo, não raro, no ânimo de grande número de espectadores imprevidentes, sugestões de caráter negativo que começam em pensamentos nocivos, na aparência sem qualquer importância, e terminam na brecha moral por onde a obsessão se insinua ou o stress negativo se instala repetidamente. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

35. Em seguida, os cultores desses estimulantes deprimentes se declaram enfermos, em casa, confessando-se inadaptados à vida familiar, a perambularem por consultórios médicos e hospitais de repouso, sem pensar que desajustaram o sistema nervoso por si mesmos, à força de se agitarem inutilmente. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

36. Não nos deixemos render à febre de excitações novas que dominam a romagem terrestre. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

37. Cada espírito responderá, perante a Lei de Causa e Efeito, pelo emprego do corpo físico em que se manifesta no mundo. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

38. Meditemos no assunto. Todos necessitamos de descanso e refazimento; saibamos, porém, que a distração equilibrada entretém a vida, mas toda distração estonteante é derivativo para a morte. (Sol nas Almas: capítulo 3 – Estimulantes deprimentes.)

(Continua no próximo número.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita