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por Ricardo Di Bernardi

 

Homem-psi!   


Até alguns anos atrás, tínhamos uma concepção de um Homem espiritual e a sua contraposição no conceito de um homem-animal. Havia uma antropologia espiritualista e, do lado oposto, uma antropologia materialista.

O avanço das pesquisas científicas, no campo do conhecimento do Ser, levou a uma solução do dilema espiritualismo x materialismo. O homem psicológico de antes não pode mais hoje se restringir à rede animal dos sentidos convencionais. Teve, obrigatoriamente, que se abrir ao extrassensorial, da mesma forma como o universo físico se ampliou no universo Energético. 

O homem-psi é uma miniatura da nova concepção de universo. Além de tudo, a própria concepção de energia mudou, ampliou-se. O homem-psi atual não destrói o homem-psicológico, mas o amplia da mesma forma que o conceito universo físico foi superado pelo conceito de universo Energético.

A psiquê ou alma não é mais uma entidade meramente metafísica ou teológica nem um simples resultado das atividades bioquímicas do corpo. A alma passou a ser a mente, um elemento extrafísico do Homem, capaz de sobreviver à morte biológica e suscetível à investigação científica em laboratório. 

Na universidade de Cambridge, o professor Whately Carington formulou uma teoria post-mortem e Harry Price da Universidade de Oxford afirma que a MENTE humana sobrevive após a morte e continua sendo capaz de transmitir telepaticamente.

Embora haja parapsicólogos comprometidos com instituições religiosas, muitos são independentes, portanto livres para investigar, assim, dentre as investigações mais significativas citaremos as do Prof. Pratt da Duke University, dando origem à classificação de um novo tipo de fenômeno paranormal, denominado teta - oitava letra do alfabeto grego, com a qual se escreve Tanathos, que significa morte. Quaisquer contatos com mentes que sobrevivem à morte estão inseridos nesses estudos.

Outro grupo de fenômenos pesquisados é o relacionado com a existência de vidas passadas (reencarnações), investigados em mais de 2000 (duas mil) crianças que se recordavam, espontaneamente, de suas existências anteriores, um trabalho minucioso do Prof. Dr. Ian Stevenson da Universidade da Virgínia. Semelhante ao do Prof. Banerjee, da Universidade de Jaipur na Índia. Trata-se de MEC, memória extracerebral. Trabalhos rigorosíssimos e cercados de inúmeros cuidados.  

Na Rússia, Dr. Vladimir Raikov também investigou a MEC, embora os considere como sendo fenômenos obtidos por alguma forma de sugestão hipnótica, os denominou de ‘reencarnações sugestivas’.

Essas informações nos levam a crer que há uma tendência dos grandes grupos de parapsicologia do mundo em aceitar a possibilidade da “tese da sobrevivência da mente humana” após a morte biológica, principalmente o grupo ocidental. O casal Rhine da Duke University chega a dizer que, além da mente ser extrafísica, sobrevive à morte física e, após a morte biológica, é capaz de transmitir comunicações telepáticas.

Atualmente, a Telepatia, clarividência, precognição (premonição), psicocinesia (ação da mente sobre a matéria) estão comprovadas em laboratório. Sobrevivência após a morte, e reencarnação? As comprovações laboratoriais estão a caminho. Como pessoas ligadas à ciência, importante que tenhamos bom senso e equilíbrio. Nem nos exaltarmos em voos com asa de cera, tal qual Ícaro que teve suas asas derretidas sob o sol, nem colocarmos chumbo nas asas do Espírito. A visão independente dos fenômenos paranormais nos faculta abrir os olhos diante do sol do esclarecimento que nos traz inúmeras informações das escolas europeias e norte-americanas.  

A alma ou Espírito deixa de ser do outro mundo, passa a se integrar neste mundo. Gradativamente, o preconceito científico que embaraça as investigações vem reduzindo de intensidade. Ao mesmo tempo, se reduz o preconceito religioso que se recusa a aceitar as investigações científicas sobre questões espirituais.       

 

Dr. Ricardo Di Bernardi é médico em Florianópolis, SC.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita