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por Altamirando Carneiro

  
Nossos caminhos


E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje ou sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles responderam: Nada. (Lucas, 22:2)


Sabia Jesus que muitas vezes o coração dos desencarnados se conturba nas lutas do dia a dia. Por vezes, falta-lhes a fé e sentem-se à margem da ajuda divina, como se esta faltasse em algum momento. Recolhem-se ao desalento e, esquecidos dos compromissos assumidos e das lutas a vencer, sentem-se perdidos e sós. Entretanto, a pergunta de Jesus é sempre oportuna e atual: "Faltou-vos, por ventura, alguma coisa?"
Quando reencarnamos, trazemos compromissos bem definidos, com a finalidade de quitarmos débitos e aprendermos novos comportamentos. Na maioria das vezes, são as dores o único recurso que deixamos a nós mesmos para evoluir e por isso somos nós que escolhemos os nossos caminhos.

Não há responsabilidade assumida que não possa ser vencida e não será por falta de ajuda do Alto que daqui sairemos vencidos. Temos sempre ao nosso alcance a bênção da oração e quando a fazemos com um mínimo de fé, ela se transforma em imenso e abençoado meio de socorro do Alto a nosso favor.

Falta-nos forças para continuar? Oremos e aguardemos confiantes. Trazemos o coração magoado pelas forças da incompreensão? Lembremo-nos do Mestre que, na cruz, perdoou os seus algozes. Estamos torturados por achar que ainda não houve resposta aos nossos pedidos? Continuemos o nosso esforço, porque se o momento de colher ainda não chegou, ele não tardará. Sentimo-nos abatidos pela intensidade e quantidade de problemas que nos cercam? Inspiremo-nos mais uma vez em Jesus, o Mestre Amigo, que no momento acerbo de seu martirológio, ainda encontrou forças para servir ao Pai, redimindo Dimas, na cruz.

Enfim, sejam quais forem os momentos por que passamos, jamais nos sintamos sós. O Alto vela por todos, mesmo pelos que mais erram. A qualquer momento que necessitarmos, valhamo-nos da Fé e estejamos conscientes de que a maior das orações, a que mais agrada aos Céus, é a prática da caridade. Devemos nos dedicar a ela, sejam quais forem os problemas.

Só o amor ao próximo redime e não há situação que nos impeça de exercê-lo se estivermos atentos e com um mínimo de boa vontade. Oremos, confiemos e sigamos sendo úteis. Estaremos assim construindo um caminho de luz à nossa frente.  

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita