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por Claudio Viana Silveira

 

Rosa e roseira

 

Conectar-nos à rosa é agradabilíssimo! Conectar-nos à roseira é necessário!

Nós, que jardinamos, entendemos que a rosa é a rainha do jardim; compreendemos, porém, quão difícil é lidar com a roseira.

Com seus espinhos felinos, fere-nos as mãos, por mais cuidadosos que sejamos.

Sempre que despertamos do sono físico e nos conectamos a um todo diverso, espinhoso, é como se nos plugássemos à bendita tomada do Criador, antes da lida.

Como Pai de todos, indistintamente, Ele desejará que tomemos conta de seu jardim por inteiro; incluindo as diferenças; roseiras incluídas!

Ora, nosso Planeta ainda não é um jardim perfeito: longe disso, nele ainda há muito a realizar; plugar-nos ao todo, sem exceções, é desejarmos realizar.

Como aprendizes sabemos que, para cuidarmos, realmente, das mais belas rosas, precisamos arrojar-nos entre seus espinhos.

Não só isso: precisaremos conviver com perigos vorazes, formigas, ervas daninhas, temperaturas hostis, solos impróprios…

 

* * *

Conectar-nos ao bom, ao belo, ao útil, é fácil; difícil será entendermos a utilidade do mal, do feio ou aparentemente inútil.

Qual foi o conselho do Jardineiro mais perfeito?

Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam…” 

Rosa e roseira, juntas, conectadas, se constituem na mais pedagógica analogia para entendermos a dificuldade e a importância de convivermos com as diferenças.

E nosso Planeta está semeado delas. Ainda é um jardim heterogêneo!

        


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita