Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

 

Transformando saudade em caridade


No dia 13 de novembro de 1982, no culto evangélico ao ar livre no Abacateiro, junto a Chico Xavier, presenciamos um fato sublime e de grande significado.

Uma família de São Paulo comemorava os 23 anos do jovem Roberto Muszkat, domiciliado presentemente no mundo espiritual. Liderados por seus pais, Dona Sônia e Dr. David, seus irmãos entoavam em prece muda o tradicional “parabéns para você”.  Sobre a mesa, um bolo de 40 quilos todo enfeitado, com palavras em glacê, saudando as crianças “convidadas” da Mata do Carrinho. Bolas coloridas e bonecas, balas e cadernos completavam a festa sui generis. Logo adiante, alguns amigos ainda distribuíam, em forma de brindes, o arroz, o feijão, o macarrão, a rosca salpicada de açúcar e muito carinho.

Roberto era, ou diríamos melhor, é o filho mais velho de um casal unido e feliz. A desencarnação chegou bruscamente, roubando a sua presença física da convivência familiar. Foi como se aquele castelo enternecido de amor e paz desmoronasse. Sua mãe desesperada entregou-se às lágrimas; seu pai trancou-se em si mesmo, ocultando o pranto no trabalho; seus irmãos sentiram um estranho vazio, afinal como não mais ouvir a risada de Roberto? E assim o tempo corria célere.

Mas a Misericórdia Divina não desampara ninguém. Dona Sônia, a mãe de Roberto, manifesta o desejo de vir a Uberaba conhecer o médium Chico Xavier. Quem sabe uma mensagem do filho querido fosse possível?

Assim foi feito. Em contato com Chico, em uma das reuniões do Grupo Espírita da Prece, eis que Roberto transmite a sua primeira mensagem:

- “Mãezinha, papai, irmãos queridos, estou vivo!...”.

Alegria, esperança, felicidade! Na mensagem, ele se refere a fatos impressionantes, apenas do conhecimento da família.

De lá para cá, Roberto tem-se manifestado com a regularidade possível. Depois de algum tempo, seu pai, o Dr. David, também se faz presente em Uberaba. Lembro-me do que lhe disse Chico: - Roberto me pede para falar com o senhor que quando Deus pediu o filho a Abraão, Ele não queria o filho; Ele queria Abraão...

Ainda há poucos minutos atrás (escrevo estas linhas da mesa do Grupo Espírita da Prece, enquanto Chico psicografa uma mensagem belíssima de Maria Dolores), conversando com Dona Sônia ela nos dizia: “Deus me levou um filho, mas aumentou a minha família”. E contou também que estiveram à tarde no Lar da Caridade, ex-Hospital do Pênfigo de Uberaba, fazendo a mesma distribuição comemorativa dos 23 anos de Roberto para mais de trezentas crianças.

Estamos narrando tudo isso para que os irmãos sintam como a doutrina espírita modifica completamente a nossa concepção de vida.  E para nossa surpresa, eis que Roberto escreve uma vez mais do Além, agradecendo aos seus pais e aos seus irmãos pela festa de aniversário que lhe proporcionaram junto aos mais carentes!

 

Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino Nobre.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita