Brasil
por Paulo Salerno

Ano 11 - N° 544 - 26 de Novembro de 2017


 

Divaldo Franco: “Jesus é a solução final de todas as angústias”


Realizou-se no período de 3 a 5 de novembro o 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul. Além dos espíritas gaúchos, participaram do evento espíritas e simpatizantes de outros estados do Brasil e também do estrangeiro. O local do Congresso foi a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC).

A apresentação artística, com teatro e músicas, recepcionou o público, harmonizando e preparando os participantes para o momento solene da abertura do evento sobre o tema: Espiritualidade nas Relações: para viver e conviver em paz.

Com os dirigentes da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e outras lideranças do movimento espírita, estando presente o convidado especial José Raul Teixeira, a mesa diretiva foi formada para receber o orador Divaldo Franco, homenageado por uma música especialmente composta para o momento..

Gabriel Nogueira Salum, presidente da FERGS, acolhendo e saudando o público, abriu oficialmente o Congresso destacando a importância das antigas lideranças que firmaram e nos legaram as bases do movimento espírita gaúcho. Apresentou, também, a obra Espiritualidade nas Relações: para viver e conviver em paz, lançada no evento, que conta com artigos de diversos autores a respeito da temática do congresso, inclusive de conferencistas do congresso que ora se iniciava. Foi lançada na oportunidade a webrádio da FERGS, já em pleno funcionamento.

Abertura do Congresso – Coube a Divaldo proferir a conferência de abertura, na qual, discorrendo sobre os horrores da 2ª Guerra Mundial, ele apresentou um episódio marcante vivenciado por Simon Wiesenthal (1908-2005), sobrevivente de campos de concentração.

Quando a Alemanha nazista invadiu a União Soviética em junho de 1941, Wiesenthal e sua família foram detidos. Passou quatro anos e meio em vários campos de concentração, como o de Mauthausen-Gusen, próximo da cidade de Linz, Áustria, de onde foi libertado pelas tropas americanas em maio de 1945.

Wiesenthal, polonês e judeu, testemunhou o assassinato da sua avó e o embarque de sua mãe em um vagão de carga contendo mulheres judias idosas. Da família de Wiesenthal foram trucidadas 182 pessoas. Ele fora destacado para remover o lixo em um hospital dedicado aos soldados alemães feridos nas diversas batalhas. No trajeto entre seu alojamento e o hospital ele passava por um cemitério dedicado aos despojos dos soldados nazistas. Por entre as sepulturas, a enfeitar, foram plantados girassóis. Wiesenthal, ao passar por ali, pensava: para esses monstros um cemitério enfeitado, e a nós o martírio, o trabalho forçado, as câmaras de envenenamento, os fornos de cremação, as fossas coletivas, o desprezo.

Enquanto trabalhava na limpeza do hospital acercou-se dele uma enfermeira que, certificando-se de que Wiesenthal era judeu, fez-lhe um sinal para que a acompanhasse. Ela o levou então a visitar um soldado alemão, Karl Silberbauer,gravemente enfermo, coberto de ataduras, pútrido, ferido durante a ofensiva dos Aliados, que desejava falar com um judeu. Silberbauertinha sido educado no Cristianismo, porém fascinou-se pelo discurso de Hitler. Em fazendo parte da elite militar nazista, havia ele cometido vários atos de barbárie. Estava atormentado e arrependido em seu leito de morte. Depois de narrar as atrocidades que cometera, solicitou o perdão a Wiesenthal, um judeu. Desejava ser perdoado por um judeu, certificando-se de que Wiesenthal era realmente um judeu. Simon Wiesenthal, diante do seu próprio sofrimento, não foi capaz de perdoar.

Karl Silberbauer fez outro pedido: que Wiesenthal procurasse sua mãe e lhe dissesse que estava arrependido e que morrera cristão, o que ele efetivamente fez. Contudo, jamais perdoou o nazista. Essa história está contida na obra The Sunflower (O Girassol), uma autobiografia de Simon Wiesenthal. Ela foi escrita depois de um período de muito sofrimento vivido pelo autor.

Fala-se tanto de paz, mas essa é tão rara! O indivíduo belicoso, a sociedade agressiva, os trabalhadores do bem cansados e o religioso, indiferente à dor, ainda não encontraram a paz.

Encerrando a narrativa, Divaldo perguntou: - Você perdoaria a Karl Silberbauer? - Seria realmente capaz de perdoar?

Conduzindo os ouvintes para as reflexões acerca do perdão, refletindo sobre quanto se fala de paz, inclusive com reuniões de lideranças mundiais influentes, conclui-se que a paz, como ninguém ignora, ainda não se estabeleceu; muito pelo contrário.  

O perdão é essencial para a construção da paz, porém, quando se deseja perdoar, apela-se para a razão, e essa estabelece os parâmetros do equivocado, do crime.

Divaldo Franco aconselhou a perdoar em qualquer circunstância, pois a vítima merece ter paz. Perdoando ao criminoso, liberta-se do tóxico que foi injetado pelo bandido. Não se deve perder a razão de viver esperando uma vingança. O indivíduo merece paz e, para que a logre, é necessário que se perdoe.

Na atualidade, frisou o ínclito orador, a sociedade humana está vivendo um momento de terror e de materialismo. O homem perdido de si mesmo age através de seus instintos vis, em que o amor é confundido com paixão, com posse, dominação.

Falar de perdão, para muitos isso soa como a atitude de um covarde, fracassado. A paz é indispensável para a vida. Perdoar é não devolver a ofensa. É necessário que se estabeleça uma jornada diferente da de Wiesenthal, almejando, assim, o primado do perdão, da compaixão pelo outro. A verdadeira paz é a harmonia interior que nunca devolve aquilo que é danoso. A vida perdeu o encanto porque o homem moderno perdeu o endereço de Deus.

Apresentando as imorredouras lições do Cristo, os postulados da Doutrina Espírita e o desenvolvimento do amor pelo homem, Divaldo descortinou o caminho seguro para a paz, onde o homem encontrará novamente Deus, cultivando a alegria de viver, olhando para traz sem sentir vergonha. A preservação dos valores éticos, o esforço em domar as inclinações más, a iluminação das sombras íntimas, serão os alicerces do momento glorioso.

“Esse congresso, frisou, está estruturado na paz, na harmonia.” É preciso perdoar até doer, como ensinava Madre Teresa de Calcutá. O sentimento de ternura, do amor, é bálsamo purificador, preparando os indivíduos para a plenitude, para viver em paz e na felicidade. A Doutrina Espírita desceu dos céus para os corações doridos da Terra. À luz da caridade, tem o homem a possibilidade de imitar o samaritano, fazendo aos outros o que deseja para si. A proposta é a de nos amarmos uns aos outros, de perdoar e compreender. O exemplo que edifica canta hinos de louvor a Deus. Com o Poema de Gratidão, Divaldo Franco encerrou seu brilhante trabalho, pelo qual foi aplaudidíssimo.

A FERGS homenageou-o como educador, ofertando-lhe, para a Mansão do Caminho, as almofadas com os motivos dos personagens da obra Conte Mais, cuja coleção foi doada para as crianças da instituição baiana.

Entrevista à TV e à imprensa gaúcha – Voltando a participar intensamente do excelente Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, Divaldo Franco atendeu inúmeras pessoas concedendo autógrafos, dialogando rapidamente, estampando sempre um belo sorriso, a despeito das fortes dores que experimenta por uma problemática no nervo ciático. Seu exemplo é comovedor, com sua bonomia característica, sinaliza aos atentos observadores que o próximo vem sempre em primeiro lugar, antes mesmo de si.

Concluída a etapa dos autógrafos, que se estendeu por duas horas, Divaldo foi entrevistado pelo Jornal Zero Hora e pela FERGS-TV. Ao jornal falou sobre as suas impressões a respeito das dificuldades em as pessoas agirem com mais amor nas relações, pelo pouco aprofundamento do autoconhecimento. Apesar das imensas dores que atingem a humanidade há, na atualidade, mais ações voltadas ao bem, e uma busca por valores nobres, enriquecendo a vida, buscando a paz, sentindo-se feliz pelas realizações íntimas, vivendo com dignidade, servindo sempre, doando-se ao seu semelhante.

Para a FERGS-TV Divaldo falou sobre a violência e o amor, as tecnologias de comunicação interpessoais, os laços familiares corpóreos e os espirituais, o diálogo familiar e os reajustes entre seus membros. Como solução definitiva para a construção de núcleos familiares saudáveis e fraternos, cooperativos, será necessário o desenvolvimento do amor. Outros tópicos giraram em torno da esperança, da felicidade, do autoconhecimento, da aceitação das ocorrências da vida, em qualquer sentido, da livre opção entre a valorização da dor e o viver em estado de felicidade.

Na roda de conversa entre Gabriel Salum, Presidente da FERGS e Divaldo Franco, ficou evidente a necessidade de o homem alcançar a espiritualização. A espiritualidade transcende as religiões e o espiritualismo. Há no homem um gene divino, é a presença de Deus no ser humano, que vem sendo desvendado pela ciência. O esforço no trabalho, quando realizado com alegria, preenche qualquer vazio existencial. Na atualidade a família passa por dificuldades, o diálogo entre seus membros desapareceu e os filhos, em muitos casos, tornaram-se a segunda opção dos pais, que para suprirem a ausência dão-lhes coisas, esquecendo-se de que o principal é doarem-se aos filhos, educando essas almas.

O espírita não pode descurar-se de seus filhos, devem apresentar a Doutrina Espírita para eles, dando-lhes uma oportunidade para espiritualizarem-se. Outro ponto foi a abordagem com relação ao uso de álcool e fumo, condenáveis em qualquer circunstância, destacou o nobre conferencista, pelos efeitos que produz naquele que consome e nos demais, em decorrência de seus desdobramentos. Com relação a preocupação aos valores amoedados, o dinheiro, o esforço em obtê-lo não deve ser uma preocupação primária, mas secundária, tendo em vista que se a obra, o trabalho que se realiza, possuir o selo divino, os recursos aparecerão. O dinheiro possui uma importância relativa, os indivíduos necessitam de paz, de simplicidade, de amor, de caridade. Os espíritas devem darem-se mais ao próximo, sorrindo, falando do evangelho, de Jesus, da imortalidade.

Divaldo destacou que na abertura do congresso estiveram presentes os ex-presidentes da FERGS e outros abnegados Espíritos, bem como benfeitores que derramaram energias salutares sobre os presentes. Ao narrar a presença de diversos Espíritos, Divaldo destacou que eles estão preocupados com a união dos espíritas, sob pena de despedaçarmo-nos, abatidos pelo vendaval. Unir-nos para que as forças do mal não avancem mais. Foi um apelo aos dirigentes das instituições espíritas do Rio Grande do Sul, para que se quebre os pontos de vista, estabelecendo o único roteiro seguro, o da Doutrina Espírita, iniciando na própria casa espírita. Esse congresso espírita, dizem os Espíritos, deve ser o fundamento de uma nova era, tendo em vista que entidades perversas se uniram na erraticidade inferior para combater os espíritas e abater o trabalho do Cristo. É necessário estar vigilante, pois que se trata de uma verdadeira guerra.

Informou Francisco Spinelli, Espírito, naquela singela roda de conversa, que a grande luz parte do Sul para as alturas, lembrando o Pacto Áureo de 5 de outubro de 1949, num esforço para a unificação de todo o Brasil em torno dos postulados doutrinários. As forças ululantes se batem contra os cristãos novos. Os espíritas necessitam estar unidos para resistir.

Após o breve e frugal almoço, Divaldo voltou a atender o público, disponibilizando-se para os autógrafos, para os cumprimentos, para um rápido diálogo acolhedor e orientador.

Conversa com os jovens espíritas – Atendendo à agenda do 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, Divaldo Franco esteve reunido com os jovens, no período matutino, respondendo perguntas adrede preparadas. Historiando a participação dos jovens na codificação do Espiritismo, o dinâmico orador destacou a importância e a responsabilidade que os jovens possuem na transformação da humanidade, conduzindo-se com lisura e honradez. As questões de pânico, de ansiedade, de medo, de timidez, ou de extroversão, sempre que escapem à normalidade, assumindo características patológicas, devem os seus portadores serem atendidos com as terapias psicológicas e espiritual, concomitantes.

Aos jovens está destinada uma tarefa de vital importância no processo de transição planetária, devendo se aprofundarem no autoconhecimento, modificando os hábitos perniciosos, que sempre são mais fáceis de assimilação, e que geralmente são copiados dos demais, esforçando-se em adquirir virtudes.  Nunca faça nada escondido que não possa falar para a sua mãe, aconselhou o nobre amigo.

Para as relações interpessoais e para as circunstâncias da vida não é necessário o uso de estimulantes farmacológicos, drogas, álcool, etc. Para viver na Nova Era, que já está em curso, é preciso estar bem intimamente, adquirindo consciência. O verdadeiro papel da mulher é superar a vulgaridade. O aprendizado se dará por etapas, em um processo que inclui obrigatoriamente experimentar questões negativas e positivas – erro e acerto, construindo hábitos melhores, saudáveis.

O papel do jovem é antecipar a transição, construindo a Nova Era com atitudes corretas e que sirvam de bons exemplos para os demais. Aí está o papel do jovem espírita, que com sua conduta ilibada, sinalizará aos outros, pelo exemplo, a excelência da Doutrina Espírita. Ao sentir necessidade de estímulos, para essa ou aquela circunstância da vida, apelar para Deus, falando com Ele pela prece sincera.

Para cada situação de tristeza, há outra de alegria, para cada porta que se fecha, há outras disponíveis e acessíveis. Cada indivíduo é responsável pela sua escolha, bem como o tempo em que irá permanecer naquela situação selecionada. A superação das crises se dará pela observância de o Evangelho de Jesus, a orientação segura. A mediunidade e suas diversas manifestações, o medo da morte, o cérebro humano, foram outros pontos desenvolvidos, explicando que o medo deve ser superado pelo raciocínio, por exemplo, a respeito do viver e do morrer.

As diversas expressões sexuais e as relações familiares fizeram parte do diálogo fecundo com Divaldo Franco. Disse ele que todos possuímos marcas profundas – os arquétipos na expressão de Carl Gustav Jung. Tomando por base as questões 200 a 202 de O Livro dos Espíritos, Divaldo se expressou dizendo que cada indivíduo é constituído de anima e animus e, através da predominância de um, o ser se expressa nas relações humanas. As diversas reencarnações vão estabelecendo essa predominância na matéria. A prática sexual depende do caráter. É opção do indivíduo, que reflete seu caráter. A questão que ora se debate na sociedade humana, o de gênero, destacou o médium baiano que há o gênero biológico e o psicológico, patrimônios do Espírito reencarnado. Os conflitos psicológicos, experimentados inicialmente, evoluem para os de ordem patológica. As ações é que diferenciam as características de cada um.

É indispensável o equilíbrio, respeitando a anatomia, observando sua psicologia. A inclinação emocional deve ser trabalhada com o exercício da ética, do respeito. A homossexualidade - feminina e masculina -, na Nova Era será uma necessidade para que os indivíduos recuperem o equilíbrio, sempre observando a beleza, as conquistas morais, onde a anatomia e as emoções caminhem juntas para o equilíbrio. O bem proceder entre os parceiros produz harmonia, enquanto que a perversidade desarmoniza.

A providência divina está sempre favorável as criaturas de Deus. Ante um desafio, o recurso para que se busque a solução da providência divina é orar. Abrir a boca da alma para que Deus a encha de vitalidade, de valores nobres, preenchendo a alma. Conforme Joanna de Ângelis: Ora o homem a Deus, responde Deus pela inspiração, ajuda Deus o próximo através da solidariedade. Orar é preencher a alma de virtudes e vitalidades espirituais, vinculando-se com o Criador. A providência divina se apresenta, através de inúmeras formas, quando o indivíduo estiver em sintonia, em sincronicidade com Deus.

O sentimento de gratidão deve ser desenvolvido, valorizando o que somos e o que temos, bem como as intercorrências da vida, boas, más, ou as que não aconteceram, mas que poderiam ter acontecido, de todas retirando ensinamentos. Em todo o lugar há a providência divina, tocando a vida das criaturas, endereçando-as à plenitude. Assim, antes de qualquer decisão, ore, lembrando que Deus não está lá, está dentro de cada um, está em nós. Lembre-se, a juventude passa muito rápido. Não esqueça, Deus nos ama.

Nomeando vários Espíritos desencarnado que ali estavam, notadamente os que trabalharam na seara da evangelização infanto-juvenil, Divaldo Franco disse que todos eles estão interessados, empregando esforços para que os jovens alcancem a plenitude e que não prejudiquem a suas vidas. As renúncias e a manutenção da integridade moral exigem sacrifícios que, em contrapartida produzem alegria de viver.

Vale a pena se comprometer, a ternura é duradoura, as sensações são fugazes A paz que já adquiri a dou a cada jovem presente, adotando-os e amando-os, assim se expressou o nobre amigo e conselheiro paternal. A emoção se fez presente em todos os corações, lágrimas foram vertidas. O amor estava presente através das dádivas que se derramavam, alcançando as almas sedentas de luz e harmonia.

Não estrague a sua juventude com comportamentos perturbadores que não valem a pena. Ser jovem espírita é abraçar o Cristo em gênero, número e grau. Agradeçam a todas as renúncias que fazem em detrimento do bem. Paguem o preço que for. Valerá a pena. Vale muito a pena. Se uma porta se fechar, lembrem-se que existem mais 99.

Na sequência das atividades agendadas, Divaldo Franco concedeu uma entrevista para a RBS-TV, onde, entre outras colocações, destacou a importância de o homem desarmar-se, em todos os sentidos, para bem conviver, respeitando, tolerando, se equipando de compreensão. A violência, o sistema prisional, a valorização das virtudes e a contribuição da nova geração para a construção da mudança de padrões mais equilibrados, gerando uma sociedade mais justa foram outros destaques abordados na entrevista.

Mensagem do Dr. Bezerra de Menezes – Após mais de 1h30min concedendo autógrafos e estabelecendo rápidos diálogos, Divaldo Franco participou da roda de conversa com outros dirigentes espíritas, cuja representação máxima foi a de Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira, sob a coordenação de Gabriel Nogueira Salum, Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. O tema central da conversa foi o da união dos espíritas e da unificação do movimento espírita. Em linhas gerais, as questões envolvendo união e unificação devem passar pelo aperfeiçoamento moral e o conhecimento doutrinário dos espíritas, desenvolvendo a capacidade de dialogar, e a vivência dos postulados doutrinários, introjetando esses conceitos nas atitudes diárias.

Fazendo parte das atividades de encerramento do 9º Congresso Estadual foi realizada uma bela apresentação artística, sensibilizando os expectadores.

A cerimônia de encerramento, com a presença de todos os dirigentes executivos da FERGS, conduzida pelo seu Presidente, foi de agradecimento e reconhecimento pelo trabalho que muitos dedicaram a efetivação desse evento que contou com a participação de um pouco mais de 4.000 inscritos.

Divaldo Franco, convidado à tribuna, veiculou uma mensagem do Espírito Dr. Bezerra de Menezes dizendo que apesar da noite tenebrosa das paixões e do festival de loucura, com as almas em desespero e ameaças de caos, a noite densa vai cedendo lugar a madrugada, com a encarnação de entidades estelares, que mergulhados na sombra da matéria, vêm cooperar para que a Nova Era se estabeleça no solo terrestre. O mundo pleno de corações retilíneos, rompendo-se a cortina físico/espiritual, implementará a paz.

O lema a ser vivido será o Amor, o trabalho será a exteriorização da fé na construção planetária, através de etapas sucessivas. Para estar com o Cristo foi necessário estagiar nas zonas onde dominam as más inclinações. Renovando o entusiasmo, coloca-se o cristão à disposição do Mestre, abençoando as existências, entregues ao amor de Jesus. Ele é a solução final de todas as angústias. A catapulta do amor nos lançará ao alto cimo da imortalidade. Exultemos juntos, avançando com o Mestre, sob a misericórdia da Mãe Santíssima.

Assim, em vibrações de alegria, confiança e esperança, o 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul encerrou suas atividades, deixando nos corações o sentimento de gratidão e paz, produzindo benfazejas luzes a iluminar as consciências.

 

 

Nota do autor:

As fotos desta reportagem são de Jorge Moehlecke.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita