Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

 

Chico Xavier narrou fatos interessantes ocorridos durante uma visita que fez à Penitenciária de São Paulo. No momento, comentava-se sobre o livro ‘Falou e Disse’, sua linguagem, colocação de recados etc. E com aquele seu modo simples de falar, sua humildade para colocar fatos e situações, ele começou:

– Sabe que na Penitenciária de São Paulo o livro está entrando muito? Já fui lá duas vezes, antes de ficar doente. A Diretoria da Casa pediu àqueles que quisessem ouvir a prece e a palestra, se inscrevessem: 542 se inscreveram. Eu estive com esses 542 companheiros. Foi um encontro tão agradável que tive vontade de passar férias na cadeia. Não para ficar descansando, mas pra conversar toda noite com os que pudessem conversar, mesmo na cela, porque lá há espíritos brilhantes, maravilhosos.

– Na cela há espíritos maravilhosos?

– Ali dentro da Penitenciária.

– Na condição de preso, né?

– De presos.

Desses 542, um me disse:

– Pois é, Chico Xavier, nós somos tratados por números. Muitos são os presos e os cárceres, então têm que colocar número 3, 14, isso dá muito desgosto. Então eu disse assim:

– Meu filho, quem é de nós hoje que não é tratado por número? É número de telefone, de carro, de casa, do CEP, não sei de quê, do CIC, nós ainda estamos com mais números que você. Só que agora estamos na cela ambulante e vocês estão na fixa.

Eles riram muito.

Há muita gente boa presa, nós temos que compreender a situação deles...

 

Do livro Entender Conversando , de Chico Xavier e Emmanuel.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita