Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Jésus Gonçalves

 

Jubilosamente

 

Glória à carne-prisão que nos tortura!

Hosanas à aflição que fere e oprime...

Nasce da carne-dor a luz sublime

Da paz que brilha além da noite escura.

 

Exaltemos a chaga que depura

O erro, a imperfeição, a sombra e o crime.

Honra à flagelação que nos redime

Nos vales de ilusão e desventura...

 

Hoje, Senhor, chorando de alegria,

Recordo a solidão amarga e fria

No júbilo celeste que me invade!...

 

E agradeço-te a carne em lepra triste,

Manto de treva e sol com que me abriste

Os castelos de amor da Eternidade.

 

Do livro Cartas do Coração, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita