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por Maria Angela Miranda

 

Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho


Este é o título da obra mediúnica ditada pelo Espírito Humberto de Campos e psicografada por Francisco Cândido Xavier em 1938. Nela encontramos informações a respeito das origens remotas da formação da Pátria do Evangelho e explicações sobre a missão da terra brasileira no mundo moderno. “O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro.”

Como poderemos acreditar que o Brasil desempenhará sua missão, se somos economicamente falidos, se temos nosso senso moral constantemente questionado, se perdemos os direitos humanos do trabalho, da educação, da habitação, da recreação, se somos desrespeitados pelas personalidades do poder, que desviam somas inimagináveis para a maioria dos brasileiros, ignorando o pedido de socorro de uma população sofrida e abandonada?

Nossa virada se dará no momento em que tivermos maturidade emocional e espiritual, que soubermos trabalhar para a fraternidade entre as nações, que aprendermos a importância da não subjugação de uma nação por outra. É o pântano drenado que se torna jardim, a dor lapida os sentimentos, forja o caráter. A miscigenação de nosso povo não é por acaso, com ela aprendemos a respeitar os valores éticos e é ela que nos auxilia na construção de nosso caráter e na percepção da necessidade de outros povos.

Estamos aprendendo a votar e é através do voto de cada brasileiro que desenvolveremos em nós o cidadão consciente de seus direitos e deveres. Construiremos o indivíduo e daí a pátria, o planeta, que é nossa casa maior, nossa consciência de brasilidade amparada no evangelho do amor, da caridade, da fraternidade, do conhecimento que nos liberta da ignorância.

Somos um povo que ama, que crê, que sofre sem masoquismo, pois compreendeu que sua libertação é pelo amor. Temos na alma o atavismo de nossos índios, a generosidade da mãe negra que repartia seu leite com o filho de seu algoz, a gentileza do negro velho capaz de dizer palavras sábias e consoladoras, embora tivesse a dor da separação autoritária cravada em seu espírito.

 “Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar mais alto a magnitude de seus precípuos deveres. E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material”, assim pede Emmanuel no prefácio deste livro.

Um dia nos tornaremos dignos de sermos filhos desta pátria generosa. Tenho orgulho de ser brasileira! Rezemos pelo Brasil!


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita