Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Opinião Espírita

(Parte 10)


Damos continuidade nesta edição ao estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


Questões preliminares


A. A carne é ou não é fraca?

É claro que a expressão “a carne é fraca” diz respeito à criatura humana, ou seja, ao Espírito enquanto encarnado, porque todo corpo – lembra André Luiz – há de ser governado pelo espírito. Nesse sentido, afirma ele, a carne só é fraca quando reflete o ânimo indeciso. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

B. Conhecimento ou bondade: o que é fundamental no ser humano?

Ambos são fundamentais, porque toda criatura tanto precisa de conhecimento quanto de bondade. Nem só estudo e nem só benevolência libertam integralmente a alma. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

C. É um bem ou um equívoco divulgarmos a doutrina espírita?

Claro que é um bem e algo que deve ser incentivado, embora existam companheiros contrários à divulgação espírita. Para eles, o Espiritismo fala por si e caminhará por si. Contudo, tal pensamento não nos invalida o dever de colaborar na extensão do conhecimento espírita com o devotamento que a boa semente merece do lavrador. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)


Texto para leitura


163. Saber viver – Toda Lei Divina revela serena imparcialidade. Fuga à responsabilidade não diminui o quadro de nossas obrigações. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

164. Não adianta paralisares o teu relógio, porque as horas seguirão sempre, independentemente dele e de ti... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

165. Toda transformação moral há de ser profunda. Mudanças aparentes não modificam o espírito para melhor. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

166. O corte dos cabelos ou o uso do chapéu não te renovam os pensamentos no íntimo da cabeça... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

167. Todo corpo há de ser governado pelo espírito. A rigor, a carne só é fraca quando reflete o ânimo indeciso. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

168. Os sapatos aparentemente te conduzem os pés porque os teus pés os conduzem... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

169. Todo empréstimo terrestre é passageiro. Imperioso desapegarmo-nos da matéria, desoprimindo o espírito. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

170. Apenas dinheiro no bolso não te outorga a tranquilidade da consciência... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

171. Toda pessoa para ser verdadeiramente feliz reclama trabalho. Mas somente o trabalho que serve ao bem de todos é alimento da Criação. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

172. Algumas vezes encontramos irmãos nossos que se dizem cansados de trabalhar e acabam hospedados pela polícia. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

173. Toda criatura tanto precisa de conhecimento quanto de bondade. Nem só estudo e nem só benevolência libertam integralmente a alma. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

174. Os óculos não te corrigem os defeitos da vontade e nem a vontade te corrige os defeitos da visão... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

175. Todo coração necessita de amor. Urge discernir como se ama e como se é amado. Os parasitos, decerto, agarram-se às próprias vítimas atendendo a impulsos de bem-querer... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

176. Toda existência tem objetivos específicos. A ação construtiva que surge para ser feita agora não deve ser adiada. A tua carteira de identidade só vale para a presente encarnação... (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

177. O Espiritismo ensinar-te-á como viver proveitosamente, em plenitude de alegria e de paz, ante o determinismo da evolução. Viver por viver todos vivem. O essencial é saber viver. (Opinião Espírita, cap. 35: Saber viver.)

178. Divulgação espírita – Há companheiros que se dizem contrários à divulgação espírita. Julgam vaidade o propósito de se lhe exaltar os méritos e agradecer os benefícios nas iniciativas de caráter público. Para eles, o Espiritismo fala por si e caminhará por si. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

179. Estão certos nessa convicção mas isso não nos invalida o dever de colaborar na extensão do conhecimento espírita com o devotamento que a boa semente merece do lavrador. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

180. O ensino exige recintos para o magistério. O Espiritismo deve ser apresentado por seus profitentes em sessões públicas. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

181. A cultura reclama publicações. O Espiritismo tem a sua alavanca de expansão no livro que lhe expões os postulados. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

182. A arte pede representações. O Espiritismo não dispensa as obras que lhe exponham a grandeza. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

183. A indústria requisita produção que lhe demonstre o valor. O Espiritismo possui a sua maior força nas realizações e no exemplo dos seus seguidores, em cujo rendimento para o bem comum se lhe define a excelência. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

184. Não podemos relaxar a educação espírita, desprezando os instrumentos da divulgação de que dispomos a fim de estendê-la e honorificá-la. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

185. Allan Kardec começou o trabalho doutrinário publicando as obras da Codificação e instituindo uma sociedade promotora de reuniões e palestras públicas, uma revista e uma livraria para a difusão inicial da Revelação Nova. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

186. Mas não é só. Que Jesus estimou a publicidade, não para si mesmo, mas para o Evangelho, é afirmação que não sofre dúvida. Para isso, encetou a sua obra aliciando doze agentes respeitáveis para lhe veicularem os ensinamentos e ele próprio fundou o cristianismo através de assembleias públicas. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

187. O "ide e pregai" nasceu-lhe da palavra recamada de luz. E compreendendo que a Boa Nova estava ameaçada pela influência judaizante em vista da comunidade apostólica confinar-se de modo extremo aos preceitos do Velho Testamento, após regressar às Esferas Superiores, comunicou-se numa estrada vulgar, chamando Paulo de Tarso para publicar-lhe os princípios junto à gentilidade a que Jerusalém jamais se abria. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.)

188. Visto isso, não sabemos como estar no Espiritismo sem falar nele ou, em outras palavras, se quisermos preservar o Espiritismo e renovar-lhe as energias, a benefício do mundo, é necessário compreender-lhe as finalidades de escola, e toda escola para cumprir o seu papel precisa divulgar. (Opinião Espírita, cap. 37: Divulgação espírita.) (Continua no próximo número.) 
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita