Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Opinião Espírita
(Parte 5)
 

Damos continuidade nesta edição ao estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


Questões preliminares


A. Existe um gênero de mediunidade mais valioso que outro?

Não. É um equívoco destacar um gênero de mediunidade como sendo mais valioso que outro, sabendo, no entanto, que o exercício mediúnico exige especialização para produzir mais e melhores frutos a benefício de todos. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

B. Em que condições o medianeiro honesto chega à desencarnação?

Ele chega à desencarnação com a mediunidade gloriosa, enquanto que o medianeiro negligente atinge o rio da morte com a tortura de quem desertou da própria responsabilidade. A mediunidade não se afasta de ninguém, é a criatura que se distancia do mandato mediúnico que o Plano Superior lhe confere. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

C. Na atividade exercida pelo médium consciente, como André Luiz considera a perseverança e a dúvida?

Ele considera a perseverança como sendo o maior imperativo de apoio e a dúvida sem proveito, por perigo maior. E afirma que o serviço paciente, a pouco e pouco, dirimirá, em definitivo, todas as vacilações. (Opinião Espírita, cap. 17: Ao médium consciente.)


Texto para leitura


98. Ao médium doutrinador – Devemos considerar na mediunidade uma poderosa alavanca de expansão do Espiritismo, reconhecendo, porém, que a Doutrina Espírita e o serviço mediúnico são essencialmente distintos entre si. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

99. Todos os encarnados são médiuns e antigos devedores uns dos outros. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

100. Nunca destaquemos um gênero de mediunidade como sendo mais valioso que outro, sabendo, no entanto, que o exercício mediúnico exige especialização para produzir mais e melhores frutos a benefício de todos. A mediunidade existe sempre como fonte de bênçãos, desde que exercida com devotamento e humildade. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

101. No burilamento de faculdades mediúnicas, situemos a feição fenomênica no justo lugar para não nos distrairmos com superfluidades inconsequentes. O aspecto menos importante da mediunidade reside no próprio fenômeno. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

102. Devemos relacionar-nos com o fenômeno quando ele venha a surgir espontaneamente em tarefas ou reuniões que objetivem finalidades mais elevadas, que não o fenômeno em si, usando equilíbrio e critério na aceitação dos fatos. A provocação de surpresas em matéria de mediunidade não raro gera a perturbação. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

103. Jamais percamos a esperança ou a paciência no trato natural com os nossos irmãos enfermos, especialmente quando médiuns sob influenciação inferior, para que se positive a assistência espiritual desejável. Quem aguarda em serviço o socorro da Divina Providência vive na diretriz de quem procura acertar. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

104. Mobilizemos compreensão, tato e paciência para equacionar os problemas que estejam subjugando os enfermos desencarnados, elucidando-os com manifesta indulgência quanto à Realidade Maior no que tange ao fenômeno da morte, ao intercâmbio mediúnico, ao corpo espiritual e a outras questões afins. A palavra indisciplinada traumatiza quem ouve. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

105. Analisemos com prudência as comunicações dos espíritos sofredores, segundo a inspiração do amor e a segurança da lógica, aquilatando-lhes o valor pelas lições que propiciem inequivocamente a nós mesmos. O bom senso é companheiro seguro da caridade. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

106. Compenetremo-nos dos nossos deveres sagrados, sabendo que o medianeiro honesto para consigo mesmo chega à desencarnação com a mediunidade gloriosa, enquanto que o medianeiro negligente atinge o rio da morte com a tortura de quem desertou da própria responsabilidade. A mediunidade não se afasta de ninguém, é a criatura que se distancia do mandato mediúnico que o Plano Superior lhe confere. (Opinião Espírita, cap. 15: Ao médium doutrinador.)

107. Ao médium consciente – Se a incorporação consciente é o campo de atividade que o Senhor nos confia, na prática mediúnica, encontramos, em verdade, a perseverança como sendo o maior imperativo de apoio e a dúvida sem proveito, por perigo maior. Convençamo-nos, porém, de que o serviço paciente, a pouco e pouco, dirimirá, em definitivo, todas as vacilações. (Opinião Espírita, cap. 17: Ao médium consciente.)

108. Sejamos persistentes no dever a cumprir e dias virão, nos quais distinguiremos, de forma irretorquível, a legitimidade do fenômeno através de provas simples e várias. (Opinião Espírita, cap. 17: Ao médium consciente.)

109. Eis algumas dessas provas:

1. Manifestações por nosso intermédio de personalidade que desconhecemos, identificadas por outros participantes da sessão.

2. Comunicações de familiares e amigos por nossas faculdades, ofertando-nos valores irrecusáveis de identidade.

3. Ocorrências de sensação íntima na abordagem inicial desse ou daquele manifestante que, para surpresa nossa, interrompe o transe, afasta-se e se comunica incontinenti por outro médium, na mesma reunião, revelando as mesmas ideias e o mesmo tom emocional que experimentávamos momentos antes.

4. Diferenciação imediata dos nossos estados psicológicos antes e após a sessão, quando se verificam intercorrências de tensão e desafogo semelhantes às da atmosfera carregada de forças.

5. Nosso próprio reajuste físico e moral, à medida que nos consagramos com pontualidade e devotamento às tarefas de cooperação com os Benfeitores espirituais e de assistência aos sofredores desencarnados.

6. Elevação do nosso índice de lucidez mental, depois de certo tempo de trabalho, em que se nos rearticulam e alimpam as energias do espírito, pelo exercício constante do pensamento aplicado às boas obras.

7. Manifestas e claras vantagens espirituais hauridas mecanicamente por parentes e companheiros, cuja autoria não podemos reivindicar.

8. Reação do reconforto e regozijo dos enfermos melhorados ou recuperados que nem de longe conseguiríamos atribuir a nós próprios.

9. Renovação e melhoria incontestáveis dos ambientes sociais e domésticos em que transitamos, indiretamente beneficiados por nosso concurso à desobsessão.

10. Cobertura de confiança e alegria que forneceremos aos companheiros de equipes medianímicas diversas, por funcionarmos qual agente irradiante de fé renovadora e nobre estímulo no amparo geral aos seareiros do bem. (Opinião Espírita, cap. 17: Ao médium consciente.)

110. Analisemos nossas indagações. Existe muita preguiça mascarada de dúvida, existindo até mesmo o médium cuja mediunidade todos reconhecem, prezam e valorizam, menos ele... (Opinião Espírita, cap. 17: Ao médium consciente.) (Continua no próximo número.) 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita