Espiritismo
para crianças

por Célia Xavier de Camargo

 
Um Dia dos Pais diferente


Ao terminar a aula naquela sexta-feira, a professora lembrou a seus alunos:

— Desejo um bom final de semana para vocês, e não se esqueçam do “Dia dos Pais”, que será no próximo domingo!

Os pequenos alunos arregalaram os olhos lembrando-se do “Dia dos Pais” e o que poderiam dar a seus pais. Cada um pensava em uma coisa diferente: uma camisa, um par de sapatos, uma caixa de bombons, caneta e muito mais. Carlinhos foi para casa a imaginar o que daria a seu pai de acordo com seus próprios desejos.

De repente, ele decidiu: - Já sei! Vou fazer um passeio com meu pai! Assim como ele faz comigo no Dia das Crianças! Papai me dá um dia diferente que eu gosto muito. Vou fazer o mesmo com ele!

Assim, todo animado, chegou à sua casa sorridente. Nada disse a ninguém. Os pais notaram que Carlinhos estava todo misterioso, porém, ao perguntarem o que estava acontecendo, ele respondia:

— Nada, mamãe! Nada, papai! Estou pensando em algo que a professora disse.

No domingo, Carlinhos acordou bem cedo, preparou um copo de leite, fez um sanduíche, colocou em uma bandeja e foi acordar o pai, que ainda dormia. Entrou no quarto todo feliz, abraçou o pai e deu-lhe um beijo no rosto dizendo:

— Feliz Dia dos Pais! Papai, tome seu café e levante-se da cama! Coloque shorts e camiseta e venha comigo! Estou acordado faz tempo! Quero passear!

— Mas é muito cedo, meu filho! — disse-lhe o pai, esfregando os olhos.

— Não é não. Quero passear com você, papai!

Não vendo outro jeito, o pai levantou-se da cama, fez a higiene e foi para a cozinha tomar outro café. A mesa, para surpresa dele, estava arrumada. Carlinhos colocou café na xícara do pai, adicionou o açúcar e pediu que ele mexesse para ver se estava a gosto. O pai achou muito doce, mas disse que estava ótimo!

Quando o pai terminou de tomar café, Carlinhos pegou a bolsa de piquenique e disse:

— Agora nós vamos passear, papai. Venha! Você terá um dia diferente!

O pai sorriu para ele, depois olhou para a esposa, e balançou a cabeça como se dissesse: “Tudo bem. Vamos ver o que mais vai acontecer!”

— Mamãe, quer vir passear conosco? — indagou o garoto.

— Não, querido. Tenho muitas coisas para fazer hoje. Vão vocês!

Pai e filho saíram de casa e caminharam até um bosque onde Carlinhos gostava de brincar e ao qual o pai o levava sempre. Sentaram-se, colocaram os pés na água do lago, correram entre as árvores até cansar. Depois, já com fome, o pequeno abriu a bolsa e disse:

— Papai, aqui está nosso lanche! Vamos comer?

Comeram tudo, tomaram o suco que Carlinhos fizera com tanta boa vontade, depois descansaram. Lá pelas três horas da tarde, estavam tão cansados que resolveram voltar para casa, felizes e satisfeitos.

A mãe, ao vê-los chegar, colocou as mãos na cintura e disse:

— Nossa! Vocês demoraram bastante! Devem estar cansados, imagino! Querem comer alguma coisa?

— Nem pensar! — disse o pai. — Estamos satisfeitos! Comemos demais hoje.

Então, a mãe perguntou a Carlinhos:

— Que ideia foi essa, Carlinhos, de levar seu pai para passear?

— Mamãe, é que gosto tanto quando fazem isso comigo, que resolvi dar um dia igual ao meu pai!

A mãe sorriu e o pai abraçou o filho dizendo:

— Meu filho, foi o melhor dia que eu já tive! Nunca tive um Dia dos Pais como este! Obrigado!

Carlinhos, com lágrimas nos olhos, respondeu:

— Pois fiz isso ao lembrar-me das vezes em que você me levou para passear no Dia das Crianças! Feliz Dia dos Pais, papai!

Os três se abraçaram sentindo muita satisfação e alegria. Afinal, tiveram um dia diferente!...

 

MEIMEI

 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 24/07/2017.)

 

 

     
     

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