Artigos

por Arnaldo Camargo

  
Chove chuva, chove sem parar...


Uma das coisas que mais aprecio é o cheiro gostoso do ar de chuva. E outro, semelhante, é o som gostoso do barulho da chuva. O vento leve nas palmeiras próximas. E o lago que agradece e se enche por inteiro.

Depois da chuva que cai abençoando nosso meio ambiente, purificando o ar, renovando nossa atmosfera, vem o arco-íris para embelezar nossa alma, mostrando as diversas cores que o Criador gosta de usar para pintar a natureza.

Alegra a minha alma estar na praia e ouvir o quebrar das ondas nas areias do mar. Aquela imensidão de água, as aves em balés carnavalescos enfeitam o céu, às vezes azul, e outras vezes encoberto de nuvens.

É claro que gostamos de chuva, porém com limite para apaziguar a nossa sede e não causar danos à nossa natureza... Mas mesmo as tempestades têm benefícios ocultos, das quais só depois descobrimos o valor, pois que tudo se renova em nossa vida e ambiente.

Vários pensadores se expressaram sobre a água e a chuva, e aqui colho algumas dessas reflexões que nos fazem muito bem ao espírito.

A madre Tereza de Calcutá (que além dos três votos religiosos, quis fazer mais um, o de assistir os mais pobres dos pobres) assim se comunicou: “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.

O filósofo Arthur Schopenhauer acreditava que devido ao fato de sempre querer mais, a vontade humana acaba levando ao sofrimento, pois o homem nunca será satisfeito com aquilo que conquista. E essa frase diz bem isso: “Riqueza ou dinheiro é como água do mar: quanto mais você toma, maior é sua sede. E o mesmo se aplica à fama”.

Na Malásia, um pensamento popular recomenda que sejamos prudentes: “Não pense que não há crocodilos só porque a água está calma”.

O italiano de múltiplos conhecimentos, Leonardo da Vinci, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas à sua capacidade de invenção, passa neste pensamento sua energia e força de crescimento e renovação: “Do mesmo modo que o metal enferruja com a ociosidade e a água parada perde sua pureza, assim a inércia esgota a energia da mente”.

Valorizemos a vida e cuidemos de nosso meio ambiente, preservando e cuidando do futuro de nossos netos. Como diz o provérbio popular: “Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca”.

Da sabedoria oriental vem a mensagem de serenidade, confiança e fé no depois, pois há um Deus cuidando da vida: “Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda”.

Para mim, porém, uma das mais enigmáticas e superiores mensagens deixadas por Jesus fala da reencarnação, porque ele já havia alcançado a sublimidade de espírito pelas idas e vindas em outros mundos; assim, afirma ele ao doutor da lei Nicodemos: “Em verdade em verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5-5).

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita