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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 9 - 13 de Junho de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
(9ª Parte) 

Continuamos a apresentar o estudo de O Livro dos Médiuns, segunda das cinco obras que constituem o chamado Pentateuco Kardequiano, que Allan Kardec lançou em Paris no ano de 1861, o qual está sendo aqui apresentado na forma de 175 questões objetivas.

Questões objetivas

64. Existem lugares assombrados?

Alguns Espíritos podem ser atraídos por coisas materiais; podem sê-lo por certos lugares, aos quais parecem eleger por domicílio, até que cessem as circunstâncias que os levaram ali: a simpatia por algumas pessoas que ali comparecem ou o desejo de se comunicarem com elas. Suas intenções nem sempre são louváveis, porquanto podem querer exercer uma vingança sobre indivíduos dos quais têm motivos de queixas. A permanência num lugar determinado pode ser também, para alguns Espíritos, uma punição que lhes é infligida, sobretudo se eles cometeram algum crime ali, para que tenham constantemente esse crime diante dos olhos. Não se deve temer os lugares assombrados, porque os Espíritos que assombram certos lugares e neles fazem barulho procuram antes se divertir às custas da credulidade e do medo do que fazer mal. O melhor meio de afastá-los daí é atrair os bons Espíritos, o que se consegue fazendo muito o bem. Façamos sempre o bem e apenas teremos bons Espíritos ao nosso lado. (Item 132, parágrafos 5 a 14)

65. Os Espíritos voltam ao local onde foram enterrados?

Geralmente, não. O corpo era apenas uma vestimenta e eles não se importam com o invólucro que os fez sofrer mais do que o prisioneiro com suas cadeias. A lembrança das pessoas que lhes são queridas é a única coisa à qual ele dão valor. (Item 132, parágrafo 8)

66. Que é tiptologia?

É a linguagem das pancadas. As primeiras manifestações inteligentes foram obtidas por pancadas, que ofereciam recursos muito limitados à comunicação com os Espíritos. As pancadas eram obtidas de dois modos por médiuns especiais. O primeiro, a que se deu o nome de tiptologia pelo básculo, consistia no movimento da mesa que se levanta de um lado, depois cai batendo com o pé. Bastava para isso que o médium pousasse as mãos nos bordos da mesa. Uma pancada significava sim e duas, não. O inconveniente estava na brevidade das respostas e na dificuldade de se formular perguntas de modo a conseguir-se um sim ou um não. Depois surgiu a tiptologia alfabética, em que cada letra do alfabeto era designada por um certo número de pancadas, isto é, uma pancada para o a, duas para o b, e assim por diante. Esse método é também muito moroso e, por isso, surgiu um modo de uso mais corrente, em que a pessoa tinha diante de si um alfabeto inteiramente escrito, bem como a série de números marcando as unidades. Enquanto o médium está na mesa, uma outra pessoa percorre sucessivamente as letras do alfabeto, se se trata de uma palavra, ou a dos números; ao chegar na letra necessária, a mesa bate por si mesma uma pancada e se escreve a letra, e por aí prosseguia a experimentação. Mais tarde utilizou-se a chamada Mesa-Girardin, em lembrança ao uso que dela fazia a senhora Emília de Girardin. Esse instrumento consiste em uma tampa de mesa móvel, de 30 a 40 centímetros de diâmetro, girando livre e facilmente sobre seu eixo, como uma roleta. Ao seu redor, na superfície, estão desenhados os números, as letras e as palavras sim e não. No centro havia uma agulha fixa. Ao pousar o médium seus dedos no bordo da mesinha, esta gira e pára quando a letra desejada está sob a agulha. (Itens 139 a 144)

67. Os Espíritos que se comunicam através de pancadas são chamados Espíritos batedores?

Não; a tiptologia é um meio de comunicação como qualquer outro e não é menos digno dos Espíritos elevados do que a escrita ou a palavra. Os Espíritos que se valem de pancadas não são, por esse motivo, Espíritos batedores. Este nome deve ser reservado para aqueles que se podem chamar batedores de profissão e que, por esse meio gostam de fazer coisas para divertir um grupo. São Espíritos inferiores, a que se aplica muito bem a designação de charlatães ou saltimbancos do mundo espiritual. (Item 145)

68. As comunicações espíritas dividem-se em quantas categorias?

Tendo em vista a variedade infinita que existe entre os Espíritos, sob o duplo aspecto de inteligência e de moralidade, as comunicações por eles transmitidas podem agrupar-se em quatro categorias principais. Segundo suas características mais pronunciadas, elas são: grosseiras, frívolas, sérias ou instrutivas. (Item 133)

69. Que são comunicações instrutivas?

Instrutivas são as comunicações sérias cujo principal objeto consiste num ensinamento qualquer dado pelos Espíritos, sobre as ciências, a moral, filosofia etc. São mais ou menos profundas, conforme o grau de elevação e de desmaterialização do Espírito. Qualificando de instrutivas as comunicações, supomo-las verdadeiras, pois o que não for verdadeiro não pode ser instrutivo, ainda que dito na mais imponente linguagem. Aí, nessa categoria, não podemos incluir certos ensinos que de sério apenas têm a forma, muitas vezes empolada e enfática, com que os Espíritos que os ditam, mais presunçosos do que instruídos, contam iludir os que os recebem. (Item 137)

70. Deve-se criticar as comunicações espíritas?

Uma comunicação espírita pode ser séria, isto é, ponderosa quanto ao assunto e elevada quanto à forma, e no entanto ser falsa. Nem todos os Espíritos sérios são igualmente esclarecidos; há muita coisa que eles ignoram e sobre que podem enganar-se de boa fé. Por isso é que os Espíritos verdadeiramente superiores nos recomendam, de contínuo, que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica. (Item 136)

71. O que é médium?

Toda pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é médium, isto é, intermediário entre aqueles e o mundo corpóreo. Essa faculdade é inerente ao homem e, por isso, não constitui um privilégio exclusivo. Poucas pessoas há que não revelem rudimentos da faculdade. Pode-se dizer, pois, que todos são médiuns. Aplica-se, porém, o qualificativo de médium somente àqueles cuja faculdade medianímica é claramente caracterizada e se traduz por efeitos patentes e uma certa intensidade, o que requer um organismo mais ou menos sensitivo. É de notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma maneira; os médiuns têm geralmente uma aptidão especial para esse ou aquele gênero de fenômenos, o que dá tantas variedades de médiuns quantas são as espécies de manifestações. (Item 159) (Continua no próximo número.)
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita