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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 8 - 6 de Junho de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Nosso Lar
André Luiz

   (8ª Parte)  
  

Damos seqüência ao texto condensado do livro "Nosso Lar", de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira, o qual deu início à Série André Luiz.

Questões preliminares

A. Os bônus-hora não aplicados podem ser transmitidos aos filhos?

R.: As economias em bônus-hora revertem ao patrimônio comum quando o Espírito regressa à crosta em nova encarnação. A família tem apenas o direito de herança ao lar, mas a ficha de serviço autoriza o Espírito com crédito de bônus-hora a interceder por outras pessoas, além de assegurar-lhe o auxílio da colônia durante sua permanência nos círculos carnais. (Nosso Lar, cap. 22, págs. 120 a 124.)

B. Qual a função da televisão na colônia?

R.: André Luiz faz referência, no livro em estudo, à emissora do Posto Dois, de "Moradia", velha colônia de serviços, ligada às zonas inferiores. Era agosto de 1939 e a emissora apelava pela paz no planeta, informando que negras falanges da ignorância, depois de espalhar os fachos incendiários da guerra na Ásia, cercavam as nações européias, impulsionando-as à guerra. Além das notícias, a TV transmitia músicas suaves, entre um e outro apelo em favor da paz, cumprindo assim um papel importante na manutenção do equilíbrio na Colônia. (Nosso Lar, cap. 23 e 24, págs. 127 a 135.)

C. Pode um Espírito ser perturbado pelos familiares encarnados?

R.: Sim. A carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes encarnados, é a causa fundamental da perturbação de muitos Espíritos situados na erraticidade. (Nosso Lar, cap. 27, págs. 146 a 148.)

D. Que efeito pode o ódio causar sobre os Espíritos?

R.: O ódio e o desentendimento causam ruína e sofrimento nas criaturas encarnadas ou desencarnadas. O indivíduo que odeia fica com o semblante endurecido e imune às sugestões do bem advindas dos protetores espirituais. O ódio, como sabemos muito bem hoje em dia, causa doenças. (Nosso Lar, cap. 30, págs. 163 a 167.)

Texto para leitura

53. Bônus-hora – O bônus-hora não é uma moeda, mas uma ficha de serviço individual, que funciona como valor aquisitivo. A produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. O celeiro fundamental é propriedade coletiva. Os que se esforçam na obtenção de bônus-hora conseguem, no entanto, certas prerrogativas na comunidade social. Cada habitante da colônia deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil em cada 24 horas. Como os trabalhos são numerosos, permite-se que o trabalhador dedique por dia quatro horas de esforço extraordinário. Assim, há muita gente que consegue 72 bônus-hora por semana, sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é duplicada e, às vezes, triplicada. O padrão de pagamento vale para todos, estejam na administração ou na obediência, mas modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos serviços. Há o Bônus-Hora-Regeneração, o Bônus-Hora-Esclarecimento, e assim por diante. Os Espíritos podem gastar os bônus-hora conquistados, assim como utilizá-los em benefício de outros. Quanto maior a contagem do tempo de trabalho, maiores intercessões podem ser feitas. (Cap. 22, pp. 120 e 121)

54. Herança – As economias em bônus-hora revertem ao patrimônio comum quando o Espírito regressa à crosta em nova encarnação. A família tem apenas o direito de herança ao lar, mas a ficha de serviço autoriza o Espírito com crédito de bônus-hora a interceder por outras pessoas, além de assegurar-lhe o auxílio da colônia durante sua permanência nos círculos carnais. O verdadeiro ganho da criatura é, assim, de natureza espiritual, no capítulo da experiência. Laura, por exemplo, voltaria à Terra investida de valores mais altos e demonstrando qualidades mais nobres de preparação para o êxito desejado. (Cap. 22, pp. 123 e 124)

55. Compromisso de paz na colônia – Grande paz envolvia a colônia e Lísias explicou o fato, dizendo que há compromisso entre todos os habitantes equilibrados da colônia, no sentido de não se emitirem pensamentos contrários ao bem. Dessa forma, o esforço da maioria se transforma numa prece quase perene. Daí nascerem as vibrações de paz que tanto impressionaram André Luiz. (Cap. 23, pág. 127)

56. Televisão em "Nosso Lar" – Lísias sintonizou um aparelho de televisão que transmitia noticiário da Emissora do Posto Dois, de "Moradia", velha colônia de serviços, muito ligada às zonas inferiores. Era agosto de 1939 e a emissora apelava pela paz no planeta, informando que negras falanges da ignorância, depois de espalhar os fachos incendiários da guerra na Ásia, cercavam as nações européias, impulsionando-as à guerra. Lísias explicou que as notícias da Terra eram censuradas em "Nosso Lar" em razão dos prejuízos que as más notícias já produziram nos habitantes da colônia, quando a comunicação era livre. (Cap. 23 e 24, pp. 127 a 132)

57. Guerra iminente – Músicas suaves eram transmitidas pela TV entre um e outro apelo em favor da paz. Mas a guerra, que acabou acontecendo e durou vários anos, era iminente. As nações haviam-se nutrido de orgulho, vaidade e egoísmo feroz. Agora experimentavam a necessidade de expelir os venenos letais, explicou Lísias a André Luiz. (Cap. 24, pág. 135)

58. No Ministério da Regeneração – Rafael, funcionário da Regeneração, conduziu André, de aeróbus, ao Ministério em que trabalhava. Numerosos edifícios formavam o imponente órgão. Ali estavam as grandes fábricas da colônia, dedicadas à preparação de sucos, de tecidos e de artefatos em geral, onde mais de cem mil criaturas trabalhavam. Em seguida, a pedido do Ministro Genésio, Tobias levou André às Câmaras de Retificação, localizadas nas vizinhanças do Umbral. (Cap. 26, pág. 145)

59. O caso Ribeiro – Nas Câmaras de Retificação, o quadro era desolador. Gemidos, soluços, frases dolorosas pronunciadas a esmo... Rostos escaveirados, mãos esqueléticas, facies monstruosas deixavam transparecer terrível miséria espiritual. De repente, um ancião, gesticulando e agarrado ao leito, à maneira de louco, gritou por socorro. Ele queria sair, ele queria ar... Por que Ribeiro teria piorado tanto? A explicação do Assistente Gonçalves foi de que a carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes encarnados, era a causa fundamental dessa perturbação. Fraco e sem força mental para desprender-se dos laços mais fortes do mundo, Ribeiro não conseguia resistir. Passes de prostração já tinham sido aplicados, pouco antes, para acalmar o enfermo. Tobias explicou então que era preciso que a família dele recebesse maior carga de preocupações, para deixar o Ribeiro em paz. (Cap. 27, pp. 146 a 148)

60. Espíritos em sono – Trinta e dois homens de semblante patibular permaneciam inertes em leitos muito baixos, evidenciando apenas leves movimentos de respiração. Eram chamados crentes negativos: indivíduos que converteram a vida em preparação constante para um grande sono, em egoísmo feroz, sem nada de útil fazerem. Tobias lhes aplicou passes de fortalecimento. Dois Espíritos começaram, então, a expelir negra substância pela boca, espécie de vômito escuro e viscoso, com terríveis emanações cadavéricas. "São fluidos venenosos que segregam", explicou Tobias. André Luiz instintivamente agarrou os apetrechos de higiene e lançou-se ao trabalho com ardor. Foi seu primeiro serviço e ninguém poderia avaliar sua alegria de um ex-médico da Terra que recomeçava a educação de si mesmo, no plano espiritual, na enfermagem rudimentar. (Cap. 27, pp. 150 e 151)

61. Comunicação com o Umbral – Depois da prece coletiva, ao crepúsculo, Tobias ligou o receptor para ouvir os Samaritanos em serviço no Umbral. As turmas de operações dessa natureza se comunicavam com as retaguardas de tarefa, desse modo, em horários convencionados. Grande multidão de infelizes foi socorrida naquele dia: os Samaritanos estavam trazendo 29 enfermos, 22 em desequilíbrio mental e 7 em completa inanição psíquica. (Cap. 28, pág. 152)

62. O caso Narcisa – André ofereceu-se como voluntário para os serviços da noite. Apesar da fadiga dos braços, experimentava júbilo muito grande no coração. Na oficina de trabalho, servir constitui alegria suprema. Impressionava-o, porém, a bondade espontânea de Narcisa, que atendia a todos, maternalmente. Havia mais de seis anos que ela trabalhava nas Câmaras de Retificação; entretanto, faltavam mais de três anos para realizar seu desejo, que era encontrar alguns Espíritos amados, na Terra, para serviços de elevação em conjunto. Veneranda prometeu-lhe avalizar seu pedido, mas exigiu dez anos consecutivos de trabalho ali, para que ela pudesse corrigir certos desequilíbrios do sentimento. Ela era agora uma pessoa feliz, certa de que viverá com dignidade espiritual sua futura experiência na Terra. (Cap. 28, pp. 154 a 156)

63. O caso Francisco – O rapaz desencarnara após um desastre oriundo de pura imprudência. Muito apegado ao corpo físico, foi difícil libertar-se do sepulcro. No plano espiritual tinha agora visões que o assustavam muito. Era o seu próprio cadáver que ele via. Passes e água magnetizada faziam-lhe bem e ele se acalmava; mas sua perturbação era tão grande, que não reconheceu o próprio pai, generoso e dedicado, que o veio visitar. Da última vez que ali esteve, o pai ajoelhou-se diante do enfermo e tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a transmitir vigorosos fluidos vitais; depois beijou-lhe a face, chorando copiosamente. Desde esse dia, Francisco melhorou bastante e sua demência total reduziu-se a crises cada vez mais espaçadas. (Cap. 29, pp. 158 a 160)

64. O caso Paulina – O pai de Paulina encontrava-se enfermo, no Pavilhão 5. Esbelta e linda, Paulina trajava uma túnica muito leve, tecida em seda luminosa. O pai acusava desequilíbrios fortes. De fisionomia desagradável, olhar duro, cabeleira desgrenhada, rugas profundas, lábios retraídos, inspirava mais piedade que simpatia. Quando Paulina se aproximou, o velho enfermo não teve uma palavra de ternura para ela. Com um olhar que evidenciava aspereza e revolta, semelhava-se a uma fera humana enjaulada. Ele não podia esquecer o filho Edelberto, que lhe ministrou o veneno mortal... Seu ódio era grande... Paulina lhe falou sobre o papel da paternidade e a necessidade do perdão. Disse-lhe que a permuta de ódio e desentendimento causa ruína e sofrimento nas almas. A mãe estava internada num hospício. Amália e Cacilda entraram em luta judicial com Edelberto e Agenor, por causa dos bens deixados pelo pai. Paulina disse-lhe então: "Aqui, vemo-lo em estado grave; na Terra, mamãe louca e os filhos perturbados, odiando-se entre si. Em meio de tantas mentes desequilibradas, uma fortuna de um milhão e quinhentos mil cruzeiros. E que vale isso, se não há um átomo de felicidade para ninguém?" Depois de descrever os malefícios que as vantagens financeiras trouxeram para sua família, a filha pediu ao pai que perdoasse; mas ele se mostrava ainda incapaz de esquecer o gesto do filho que o matou para entrar antecipadamente na posse da herança. (Cap. 30, pp. 163 a 167)

Frases e apontamentos importantes

CIV. Agora que observava em "Nosso Lar" vibrações novas de trabalho intenso e construtivo, admirava-me de haver perdido tanto tempo no mundo em frioleiras de toda sorte. (...) Reconhecia que nada criara de sólido e útil no espírito dos meus familiares. Tarde verificava esse descuido. (André Luiz, cap. 33, pág. 181)

CV. Quem atravessa um campo sem organizar sementeira necessária ao pão e sem proteger a fonte que sacia a sede, não pode voltar com a intenção de abastecer-se. (André Luiz, cap. 33, pág. 181)

CVI. Os cães são auxiliares preciosos nas regiões obscuras do Umbral, onde não estacionam somente os homens desencarnados, mas também verdadeiros monstros, que não cabe agora descrever. (Narcisa, cap. 33, pág. 183)

CVII. Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário; e aquelas aves, que denominamos íbis viajores, são excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas umbralinas. (Narcisa, cap. 33, pág. 184)

CVIII. Os dementes falam de maneira incessante, e quem os ouve, gastando interesse espiritual, pode não estar menos louco. (...) Não comente o mal. (Narcisa, cap. 34, pp. 188 e 189)

CIX. Já tive a felicidade de encontrar por aqui o maior número das pessoas que ofendi no mundo. Sei, hoje, que isso é uma bênção do Senhor, que nos renova a oportunidade de restabelecer a simpatia interrompida, recompondo os elos quebrados da corrente espiritual. (Narcisa, cap. 35, pág. 193)

CX. Não tema insucessos. Toda vez que oferecemos raciocínio e sentimento ao bem, Jesus nos concede quanto se faça necessário ao êxito. Tome a iniciativa. Empreender ações dignas, quaisquer que sejam, representa honra legítima para a alma. (Narcisa, cap. 35, pág. 193)

CXI. Quando o dinheiro se alia à vaidade, dificilmente pode o homem afastar-se do mau caminho. (André Luiz, cap. 35, pág. 194)

CXII. Renovamos, aqui, todos os velhos conceitos da vida humana. Nossos adversários não são propriamente inimigos e, sim, benfeitores. (Silveira, cap. 35, pág. 194)

CXIII. Muito roguei a Jesus me permitisse a sublime satisfação de ter-te a meu lado, no teu primeiro dia de serviço útil. Como vês, o trabalho é tônico divino para o coração. (Mãe de André Luiz, cap. 36, pág. 197)

CXIV. É indispensável converter toda a oportunidade da vida em motivo de atenção a Deus. Nos círculos inferiores, o prato de sopa ao faminto, o bálsamo ao leproso, o gesto de amor ao desiludido são serviços dignos que nunca ficarão deslembrados na Casa de Nosso Pai; aqui, igualmente, o olhar de compreensão ao culpado, a promessa evangélica aos que vivem no desespero, a esperança ao aflito constituem bênçãos de trabalho espiritual, que o Senhor observa e registra a nosso favor. (Mãe de André Luiz, cap. 36, pág. 197)

CXV. O Evangelho de Jesus lembra-nos que há maior alegria em dar que em receber. Aprendamos a concretizar semelhante princípio, no esforço diário a que formos conduzidos pela nossa própria felicidade. Dá sempre, filho meu. Sobretudo, jamais esqueças de dar de ti mesmo, em tolerância construtiva, em amor fraternal e divina compreensão. (Mãe de André Luiz, cap. 36, pág. 198)

CXVI. A prática do bem exterior é um ensinamento e um apelo, para que cheguemos à prática do bem interior. Jesus deu mais de si para o engrandecimento dos homens que todos os milionários da Terra congregados no serviço, sublime embora, da caridade material. (Mãe de André Luiz, cap. 36, pág. 198)

CXVII. Trabalha, meu filho, fazendo o bem. Em todas as nossas colônias espirituais, como nas esferas do globo, vivem almas inquietas, ansiosas de novidades e distração. Sempre que possas, porém, olvida o entretenimento e busca o serviço útil. (Mãe de André Luiz, cap. 36, pág. 198)

CXVIII. O bônus-hora representa a possibilidade de receber alguma coisa de nossos irmãos em luta, ou de remunerar alguém que se encontre em nossas realizações; mas o critério quanto ao valor da hora pertence exclusivamente a Deus. (Mãe de André Luiz, cap. 36, pág. 199) (Continua no próximo número.)



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 Revista Semanal de Divulgação Espírita