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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 8 - 6 de Junho de 2007

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas Gerais (Brasil)

"Somos os jovens cristãos..."

Peixotinho precisava descansar e foi aconselhado por um amigo médico a passar alguns dias em Astolfo Dutra, Minas Gerais.

A Fundação Espírita Abel Gomes, instituição que acolhe meninas desamparadas, fica numa área tranqüila da cidade, cercada de muito verde, e de ar muito puro, e seria ótimo pouso para o seareiro cansado. (Peixotinho foi um dos maiores médiuns de efeitos físicos que o Brasil conheceu; talvez um dos maiores do mundo!)

Na Fundação, às terças-feiras e aos sábados, de oito às dez horas da noite, realizava-se um trabalho de vibrações a que se chamava, à época, sessão de cura. Era um trabalho leve, sem comunicação de Espíritos desequilibrados, com preces, leituras, pequenos comentários e cantos, a que compareciam companheiros que, durante o dia, não tivessem feito uso de carne, fumo e álcool, nem houvessem abrigado pensamentos menos dignificantes.

Isso foi por volta de 1946-1947.

Minha mãe (Anita) era uma das beneficiárias daquele trabalho: estava chegando o termo de sua jornada na terra. Ficava deitada num quarto contíguo à sala de reunião. Peixotinho, também necessitado de ajuda, ocupou o outro quarto, ao lado do quarto dela.

Reunião que segue, meu pai, dirigente do trabalho, sente leve mão pousada sobre sua cabeça. Pensando que fosse o Diogo, excelente médium passista que participava da reunião, abre os olhos, volta a cabeça e se encanta com a figura luminosa de Abel Gomes, materializado ali, na sua frente! Emocionado, pede aos companheiros que abram os olhos e testemunhem aquele momento histórico do Espiritismo em Astolfo Dutra.

Abel Gomes deslizou (Abel não andava como a gente; deslizava, como se flutuasse no ar) pelo assoalho e se dirigiu ao quarto onde estava minha mãe, com ela conversando por alguns instantes, permitindo-nos ouvir a sua voz e a voz dela.

Sai Abel para que pudessem chegar sucessivamente Fidelinho, Célia e Taninha, duas jovens de Astolfo Dutra, desencarnadas na flor da idade, e Scheilla, a enfermeira alemã, última a se materializar, que, ao se despedir, dissera ter deixado uma lembrança pra nós, na primeira gaveta, fechada a chave, da escrivaninha que servia à secretaria da Fundação.

Curiosos, fomos ver o presente. Era, em escrita direta, com sua letrinha de moça caprichosa, em alto relevo, a letra do Hino da Juventude Espírita Francisco Cândido Xavier, de Astolfo Dutra, que, musicada por Francisco Guércio, filho da terra, está se tornando o hino da juventude espírita brasileira.

"Somos os jovens cristãos...", eis as palavras iniciais do lindo hino, que todos os anos é cantado no início das palestras que compõem as Semanas Espíritas da referida cidade.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita