WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 7 - 30 de Maio de 2007

WASHINGTON L. N. FERNANDES
washingtonfernandes@terra.com.br
São Paulo - SP (Brasil)

A devoção aos santos no Catolicismo é o maior atestado de reconhecimento do Espiritismo

A devoção a determinados santos (Santo Expedito, São Judas, São Jorge, Nossa Senhora Aparecida, Frei Galvão etc) é um fenômeno sociológico que merece reflexão. Milhares de fiéis rendem homenagens a eles (imagens, santinhos, amuletos e faixas nas ruas), servindo para lembrar a memória e, o que deve mais chamar a atenção, querendo retribuir uma graça ou favor alcançado (oito milhões de pessoas por ano vão ¨fazer agradecimentos¨ na cidade de Aparecida, SP).

O ENTENDIMENTO ESPÍRITA

O Espiritismo não fica indiferente a esse fenômeno social. O Catolicismo se arroga no direito de beneficiar-se da situação, que na verdade nada tem a ver com religião. O fato de milhões de pessoas irem a uma certa Igreja, com o nome de determinado Santo, num certo dia, deve ser interpretado como uma forma do devoto querer retribuir uma ajuda espiritual recebida, como ele entende, não significando que ele seja seguidor do Catolicismo e siga seus postulados. O detalhe que chama a atenção é que os beneficiados alimentam a crença de que um determinado Santo seja o responsável pela satisfação dos benefícios.

Uma pergunta que surge é por que admitir que um único Espírito responda pela atuação nos detalhes do cotidiano de milhões de crentes? Quem admitisse isso reconheceria que determinado Espírito dispõe de inimagináveis e incompreensíveis recursos que lhe confeririam uma Onisciência Divina, lhe dando a capacidade de favorecer milhões de pessoas ao mesmo tempo, em diferentes lugares.

Neste ponto, o Espiritismo, em O Livro dos Espíritos, questões 490 e ss, esclarece que todas as pessoas têm um Espírito protetor, com a tarefa de guiar o protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida e ampará-lo no que for possível. Também chamado Anjo da Guarda, ou Guia Espiritual, este Espírito acompanha o tutelado desde o nascimento até a morte deste e, muitas vezes, o acompanha mesmo depois da morte.

Considerando isso, o fato de alguém evocar o nome de determinado Santo, quando está em necessidade, e por qualquer razão o pedido é satisfeito, isto não quer dizer que houve atuação espiritual do Espírito evocado. Devemos lembrar que os Espíritos protetores, que acompanham cada pessoa, e que a todo o tempo nos cercam, atuam sempre, pouco importando que os créditos da ajuda espiritual fiquem em nome de outro, pois eles humilde e anonimamente estão interessados em nos auxiliar, e isto o que importa. Se o pensamento de alguém foi educado a evocar o nome de um Santo qualquer em situações de necessidade, este nome ficará com o crédito do auxílio que porventura ocorra.

Parece mais racional admitir que a ajuda espiritual que eventualmente se receba, quando é possível ser oferecida, seja do Espírito Protetor que nos acompanha sempre (e que nem sabemos seu nome), do que admitir que esta ajuda espiritual seja de um único Espírito, que teria a tarefa de ajudar milhões de pessoas, de diversas cidades e países.

A pessoa que orou muito para que o fato acontecesse, e se o fato ocorre mesmo, o favorecido percebe a resposta espiritual de suas súplicas e ninguém conseguirá convencê-la que o responsável pelo favor alcançado tenha sido um ser diferente ao que ele recorreu.

Outro aspecto que deve ser lembrado é que quem defendesse ser determinado Santo quem satisfizesse esses desejos imediatos da vida, estaria admitindo que ele, no além-túmulo, nada tem a fazer, passando a vida ocupado só em resolver as questiúnculas materiais de milhões de fiéis encarnados na Terra, no gozo de uma Onisciência Divina e de uma ociosidade ainda não explicados. Mesmo no meio espírita existe algo parecido, com os Espíritos Bezerra de Menezes, Meimei, Scheilla, Batuíra, Frei Fabiano, Joanna de Ângelis, Emmanuel etc, onde são sempre eles a receberem os créditos da ajuda espiritual.

De modo algum pretendendo tirar o prestígio popular destes Santos ou Espíritos, diríamos que os crentes que se dizem devotos deles, se algum dia mereceram receber alguma ajuda espiritual, acreditamos que tenha sido de seus Guias Espirituais, os Espíritos Protetores, entendimento que não deve servir para diminuir a afeição que certas pessoas possam votar a um Santo ou a um Espírito qualquer.

Fica o convite para que busquemos estreitar os laços de afeição com nossos devotados Espíritos Protetores, estabelecendo contatos de gratidão sempre, pois necessário reconhecer que o número de dádivas recebidas na vida é muito superior à quantidade de prejuízos, e busquemos valorizar mais as bênçãos do que os desgostos.

Oportuno lembrar uma curiosidade cômica, que ilustra bem o tema. Um homem se encontrava num avião, em perigo de cair, fazendo um apelo fervoroso a "São Francisco", para que evitasse a queda da aeronave. Surgiu uma grande mão no Céu, numa atitude de segurar o avião, e o homem ouviu uma voz espiritual dizendo: "Você chamou São Francisco de Assis ou São Francisco Xavier?". O homem respondeu: "Chamei São Francisco de Assis." A voz respondeu: "Sinto muito, foi engano; sou São Francisco Xavier". E a mão que saiu do Céu, para salvar o avião, desapareceu totalmente, deixando que ele caísse!!!!
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita