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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 7 - 30 de Maio de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
(7ª Parte) 

Continuamos a apresentar o estudo de O Livro dos Médiuns, segunda das cinco obras que constituem o chamado Pentateuco Kardequiano, que Allan Kardec lançou em Paris no ano de 1861, o qual está sendo aqui apresentado na forma de 175 questões objetivas.

Questões objetivas

48. Qual é o princípio das manifestações visuais?

O perispírito, como já vimos, é o princípio de todas as manifestações; seu conhecimento deu-nos a chave de uma porção de fenômenos e fez a ciência espírita dar um passo imenso, tirando-lhe todo o caráter maravilhoso. Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível e isto tem ele de comum com diversos fluidos que sabemos existirem e que entretanto jamais vimos; mas pode também, como certos fluidos, sofrer modificações que o tornem perceptível à vista, seja por uma espécie de condensação, seja por uma mudança em sua disposição molecular; é então que nos aparece sob uma forma vaporosa. A condensação (é preciso não tomar esta palavra ao pé da letra, visto que a empregamos apenas por faltar uma outra e a título de comparação) pode ser tal que o perispírito adquira as propriedades de um corpo sólido e tangível, retomando instantaneamente seu estado etéreo e invisível. Podemos compreender tal mudança de estado pelo que se passa com o vapor, que pode passar da invisibilidade ao estado brumoso, depois líquido, depois sólido e vice-versa. Esses diferentes estados do perispírito são o resultado da vontade do Espírito e não de uma causa física exterior, como nos gases. Quando nos aparece, é porque coloca seu perispírito no estado necessário para tornar-se visível, mas para isso só sua vontade não é suficiente, porque a modificação perispirítica se opera por sua combinação com o fluido próprio do médium; ora, essa combinação nem sempre é possível, o que explica por que a visibilidade dos Espíritos não é geral. Assim, não é suficiente que o Espírito queira mostrar-se, e também não é suficiente que uma pessoa queira vê-lo; é preciso que os dois fluidos possam combinar-se, que haja entre eles uma espécie de afinidade, que a emissão do fluido da pessoa seja suficiente para operar a transformação do perispírito, e, enfim, que o Espírito tenha permissão de se mostrar a uma determinada pessoa. (Itens 105 e 109)

49. A faculdade de vidência pode ser desenvolvida?

Antes de outra coisa, é preciso compreender que a vidência depende do organismo; ela guarda relação com a capacidade do fluido do vidente de se combinar com o fluido do Espírito. A faculdade pode, como todas as outras, desenvolver-se pelo exercício, mas é uma daquelas em que vale mais esperar o desenvolvimento natural do que provocá-lo, para prevenir a sobreexcitação da imaginação. (Item 100, perguntas nos 26 e 27)

50. Como se dão as alucinações?

As imagens chegadas ao cérebro pelos olhos aí deixam uma marca, que faz com que nos lembremos de um quadro como se tivéssemos diante de nós, mas isto é sempre uma função da memória, porque não o vemos. Num certo estado de emancipação, a alma vê no cérebro e aí encontra estas imagens, aquelas sobretudo que mais a impressionaram, segundo a natureza das preocupações ou as disposições do Espírito: é assim que aí encontra a marca de cenas religiosas, diabólicas, dramáticas, mundanas, figuras de animais bizarros, que viu em outras épocas em pinturas ou mesmo em narrações, porque as narrações deixam também suas marcas. Assim a alma vê realmente, mas vê apenas uma imagem gravada no cérebro. No estado normal essas imagens são fugitivas e efêmeras, mas no estado de doença, com o cérebro mais ou menos enfraquecido, algumas imagens não se apagam como no estado normal, pelas preocupações exteriores. Aí está a verdadeira alucinação e a causa primária das idéias fixas. (Item 113)

51. Que é bicorporeidade?

O Espírito de uma pessoa viva, isolado do corpo, pode aparecer noutro lugar, como o de uma pessoa morta, e ter todas as aparências da realidade; além disso, ele pode adquirir uma tangibilidade momentânea. Eis o fenômeno chamado bicorporeidade, que deu lugar às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja presença simultânea foi verificada em dois lugares diferentes. É o que se deu com Santo Afonso de Liguori e Santo Antônio de Pádua, como nos relata a história eclesiástica. O fenômeno da bicorporeidade é uma variedade das manifestações visuais e repousa nas propriedades do perispírito, que, em dadas circunstâncias, pode tornar-se visível e mesmo tangível. (Itens 114 e 119)

52. O sono é necessário para que a alma apareça em outros lugares?

Pode ocorrer o fenômeno sem que o corpo adormeça, conquanto isto seja muito raro; nesse caso o corpo não está jamais num estado perfeitamente normal, mas num estado mais ou menos extático. A alma, então, abandona o corpo, seguida de uma parte de seu perispírito que, graças à outra parte, que permanece ligada ao corpo, constitui o laço de ligação entre a matéria e o Espírito. (Item 119, parágrafos 1 e 3)

53. O corpo pode morrer na ausência da alma?

Durante a vida corpórea, a alma não está jamais completamente desligada do corpo. Os Espíritos e os videntes reconhecem o Espírito de uma pessoa encarnada por uma estria luminosa que acaba em seu corpo, fato que nunca ocorre quando o corpo está morto, porque então a separação é completa. É por este laço que o Espírito é avisado, instantaneamente, qualquer que seja a distância em que estiver, da necessidade que o corpo tem de sua presença, e então volta com a rapidez do relâmpago. Daí resulta que o corpo jamais pode morrer durante a ausência da alma e que jamais pode acontecer que esta, em sua volta, encontre a porta fechada, como certos romances fantasiosos relatam. (Item 118)

54. Que é transfiguração?

A transfiguração consiste na mudança de aspecto de um corpo vivo. O fato pode ter por causa, em certos casos, uma simples contração muscular que dá à fisionomia uma expressão diferente, a ponto de tornar a pessoa quase irreconhecível. Mas isso não explica tudo. O Espírito pode dar a seu perispírito, como já vimos, todas as aparências e, por efeito de uma modificação na disposição molecular, dar-lhe a visibilidade, a tangibilidade e, por conseqüência, a opacidade. Essa mudança de estado se opera pela combinação de fluidos. Figuremos o perispírito de uma pessoa viva, não isolado, mas irradiando-se em redor do corpo de modo a envolvê-lo como um vapor. Perdendo o perispírito a sua transparência, o corpo pode desaparecer, tornar-se invisível, como se estivesse mergulhado numa névoa. Poderá mudar de aspecto, tornar-se brilhante. Um outro Espírito, combinando seu fluido com o do primeiro, pode aí imprimir sua própria aparência, de tal sorte que o corpo físico desaparece sob um invólucro fluídico exterior cuja aparência varia segundo a vontade do Espírito. (Itens 122 e 123)

55. Que são os agêneres?

Trata-se de uma espécie de aparição tangível: é o estado de certos Espíritos que podem revestir momentaneamente as formas de uma pessoa viva, a ponto de causar completa ilusão. Originário do grego, o vocábulo significa "aquele que não foi gerado", aplicando-se, portanto, aos chamados Espíritos materializados, denominação esta imprópria que designa os seres cujo perispírito tornou-se tangível, visível, fotografável, como se fosse uma pessoa viva. (Item 125) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita