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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 7 - 30 de Maio de 2007

CRISTIAN MACEDO
cristianmacedo@potencial.net
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)

E a profissão?

Aos jovens que estão naquele período decisivo de suas vidas, o de escolher uma profissão, vou pegar carona em algumas dicas de Peter Drucker, o chamado pai da administração moderna.

Ele foi reconhecido por ter uma visão à frente de seu tempo, revolucionando a forma de administrar organizações.

Aliás... nem sei por que citá-lo como "dono" dessas dicas, já que Allan Kardec, um século antes, já havia escrito a respeito. Mas vamos lá.

Entre tantas idéias que Drucker deixou, interessante pensarmos em três pontos que ele julgava essenciais para os profissionais se ajustarem à realidade: Conhecimento de si mesmo; saber o seu lugar; não tentar fazer o que não nasceu para fazer.

1. Conhecimento de si mesmo

Conhecer a si mesmo é a chave para vivermos bem. Quanto mais sabemos quem somos, nossos gostos, nossas capacidades, nossas conquistas e deficiências, fica mais simples viver.

Quando conhecemos o que nos dá prazer, direcionamos nossa vida pra isso. Não há sentido em viver ocupando o tempo em trabalhos que não sentimos gosto.

Uma reflexão profunda sobre o que guardamos dentro de nós, dá-nos condições de construir uma vida boa, saudável e útil.

Quando sabemos o que queremos realmente, sem tentarmos nos enganar, poderemos fazer planos, organizar a vida com focos definidos e todas as atividades (profissionais ou não) terão um sentido.

2. Saber o seu lugar

Na medida em que procuramos realmente conhecer a nós mesmos, nosso espaço vai se tornando mais evidente.

A vocação se mostra e, da mesma forma, as possibilidades de colocarmos à disposição da sociedade nossas capacidades.

Se a música me envolve de tal forma e se canto, ou toco um instrumento com beleza fica evidente que meu lugar é fazer música. É embelezar o mundo, levando harmonia e paz as pessoas.

Se as letras me encantam, e me completa ler e escrever, meu lugar certamente será nas áreas da comunicação escrita.

Se os organismos vivos me levam a curiosidade científica, as Ciências Biológicas serão o meu espaço.

Se as leis tocam a minha intimidade de forma positiva, o Direito fará parte da minha vida, sem dúvida.

Conhecendo a si mesmo, o ser humano reconhece com mais facilidade, nesse mar de possibilidades profissionais que temos hoje, seu lugar de felicidade e serviço.

3. Não tentar fazer o que não nasceu para fazer

Esse é um tema difícil.

Para ser um profissional que realmente está prestando um serviço bom a sociedade, teríamos que: gostar do que fazemos, fazer bem o que fazemos e sempre aprimorar o que fazemos.

Alguém pode gostar muito de tocar violão, mas talvez não toque bem. Outro pode tocar bem o violão, mas ficar sempre nas mesmas músicas, sem desejar se aprimorar (às vezes por não ter disciplina para isso).

É claro que no campo das artes, por se tratar de padrões estéticos, não há um consenso em relação ao belo.

Mas já na Medicina, no Direito, na Educação, na Engenharia, na Veterinária e tantas outras funções, não fazer bem, mesmo que se goste muito, traz prejuízos graves à sociedade.

Por isso é bom fugir das pressões e dos modismos e atender a vocação. Nunca esquecendo que tudo exige aprimoramento e, para tanto, devemos sempre empreender todo esforço possível. É assim que podemos oferecer algo de bom à vida e sermos pessoas realizadas.

Não é o dinheiro que talvez venha em troca, ou o desejo dos pais (por mais que nos sejam caros e merecedores de toda nossa gratidão) que terão força suficiente para nos tirar da rota.

Nosso propósito está em nossa intimidade. Basta parar e refletir para conhecê-lo.

Basta meditar profundamente e atender ao chamado da vida, para realizarmos todo o bem possível nesse tempo tão curto entre o nascimento e a morte.

E para encerrar...

Alguns trechos da primeira obra de Allan Kardec:

    1. O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual.
    2. Evidentemente, por meio da especialidade das aptidões naturais, Deus indica a nossa vocação neste mundo.
    3. ...o verdadeiro bem-estar consiste em cada um empregar o seu tempo como lhe apraza e não na execução de trabalhos pelos quais nenhum gosto sente. Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer. Em tudo existe equilíbrio; o homem é quem o perturba.

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita