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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 6 - 23 de Maio de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
(6ª Parte) 

Continuamos a apresentar o estudo de "O Livro dos Médiuns", segunda das cinco obras que constituem o chamado Pentateuco Kardequiano, que Allan Kardec lançou em Paris no ano de 1861, o qual está sendo aqui apresentado na forma de 175 questões objetivas.

Questões objetivas

40. Que fazer diante das manifestações espíritas espontâneas?

Em geral, não há motivos para se amedrontar; a presença dos Espíritos pode ser importuna, mas não perigosa. Se são Espíritos que se divertem , devemos rir-nos de suas peças, e não nos impacientar com elas: eles, então, acabarão por se cansar e se retirarão do local. È sempre útil saber, contudo, o que desejam. Se pedem alguma coisa, podemos estar certos de que cessarão suas visitas desde que seu desejo esteja satisfeito. A consulta nesses casos deverá ser feita através de um médium em boas condições de desenvolvimento. Se o autor das manifestações é um Espírito infeliz, a caridade manda seja tratado com as atenções que merece; se é um malvado, é preciso pedir a Deus que o torne melhor. Em todos os casos, a prece pode ter sempre apenas um bom resultado. Mas a gravidade das fórmulas de exorcismo os faz rir e não as levam em nenhuma conta. (Item 90)

41. Em que consiste o fenômeno de transporte?

Este fenômeno difere das manifestações em que ocorra movimento de objetos inertes apenas pela intenção benévola do Espírito que o executa, pela natureza dos objetos quase sempre graciosos e pela maneira doce e freqüentemente delicada por que são trazidos. Consiste no transporte espontâneo de objetos que não existem no local onde se está; são com freqüência flores, algumas vezes frutos, bombons, jóias etc. Para obter fenômenos dessa ordem, é preciso contar com médiuns sensitivos, isto é, dotados do mais alto grau das faculdades medianímicas de expansão e de penetrabilidade, porque o sistema nervoso desses médiuns, facilmente excitável, lhes permite, por meio de certas vibrações, projetar ao seu redor com profusão seu fluido animalizado. Nem todos os Espíritos podem produzi-los, porque é preciso que entre o médium e eles exista uma certa afinidade, uma certa analogia, uma certa semelhança que permita à parte expansível do fluido perispirítico do encarnado se misturar, se unir, se combinar com o do Espírito que quer executar o transporte. Então este pode, por meio de certas propriedades do ambiente terrestre, por nós desconhecidas, isolar, tornar invisíveis e fazer moverem-se certos objetos materiais e os próprios encarnados. (Itens 96 a 98).

42. Um objeto pode ser transportado para um local fechado?

O Espírito pode tornar invisíveis os objetos a serem transportados, mas não fazê-los penetráveis, nem quebrar a agregação da matéria, o que seria a destruição do objeto. Tornando invisível o objeto, pode transportá-lo quando quer e não o desembrulhar senão no momento conveniente para fazê-lo aparecer. O caso é, porém, diferente quanto aos objetos compostos pelo Espírito. Como este não introduz no recinto senão os elementos da matéria que são essencialmente penetráveis, pode introduzir um objeto num lugar, por mais fechado que esteja, mas é somente neste caso. Os Espíritos têm a faculdade de penetrar e atravessar os mais condensados corpos com a mesma facilidade com que os raios solares atravessam os vidros de uma vidraça. (Item 99, pergunta no 20) (N.R.: André Luiz , em seu livro "Nos Domínios da Mediunidade", cap. 28, pp. 268 a 271, e Ernesto Bozzano, em "Fenômenos de Transporte", tratam do tema e afirmam, contrariamente ao que diz Erasto neste item de "O Livro dos Médiuns", que é possível, sim, introduzir um objeto num lugar hermeticamente fechado. Recomendamos ao leitor que leia sobre o assunto as obras citadas.)

43. Como o Espírito transporta o objeto?

Ele o envolve com um fluido haurido em parte no perispírito do médium e, em parte, dele mesmo e é nesta combinação que oculta e transporta o objeto sujeito do transporte. Uma vez introduzido o objeto no recinto, o Espírito o desembrulha, isto é, tira o elemento fluídico que o envolve, tornando-o novamente visível. (Item 99, perguntas nos 13 e 19)

44. Quais são as manifestações espíritas mais interessantes?

De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes, sem contradição, são aquelas pelas quais os Espíritos podem tornar-se visíveis. Aliás, este fenômeno não é mais sobrenatural do que os outros, visto que os Espíritos podem tornar-se visíveis durante o sono e mesmo durante a vigília, o que é, contudo, mais raro. (Item 100)

45. Há inconveniente em se ver os Espíritos a todo instante?

Haveria tanto inconveniente em nos vermos constantemente em presença dos Espíritos como em ver o ar que respiramos ou as miríades de animais microscópicos que pululam ao redor de nós e sobre nós. Estando a todo momento rodeado de Espíritos, o homem ficaria perturbado com sua visão incessante, que lhe embaraçaria as ações e lhe tiraria a iniciativa na maior parte dos casos, enquanto que, julgando-se só, age mais livremente. Deus sabe melhor do que nós o que nos convém e, se permite que vejamos os Espíritos em certos casos, é para dar uma prova de que tudo não morre com o corpo e de que a alma conserva sua individualidade depois da morte. (Item 100, perguntas nos 7 e 8)

46. Como podem os Espíritos tornar-se visíveis?

O princípio é o mesmo que o de todas as manifestações; reporta-se às propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, à vontade do Espírito. Em nosso mundo, os Espíritos só podem manifestar-se com a ajuda de seu invólucro semimaterial e é assim que aparecem algumas vezes com a forma humana ou outra diferente, seja nos sonhos, seja mesmo no estado de vigília. Pela combinação de fluidos do médium e dele mesmo, produz-se no perispírito do desencarnado uma disposição particular que não tem analogia para nós e que o torna perceptível. (Item 100, perguntas nos 21 a 23)

47. Por que não vemos os Espíritos que desejamos ver?

Os Espíritos não têm sempre a possibilidade de se manifestarem à vista, mesmo em sonhos, apesar do desejo dos encarnados de vê-los. Causas independentes da sua vontade podem impedi-lo. É muitas vezes também uma prova cujo mais ardente desejo não pode afastar. (Item 100, pergunta no 15) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita