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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 51 - 13 de Abril de 2008

GERSON SIMÕES MONTEIRO 
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 

Amparou filhos de escravos


A professora Anália Franco, após a Lei do Ventre Livre (1871) conceder a liberdade aos filhos de escravos, tomou conhecimento que eles ao nascerem já estavam previamente destinados à “Roda”, da Santa Casa de Misericórdia, onde eram deixados os recém-nascidos abandonados. E as crianças, por serem impróprias ao trabalho, eram expulsas das fazendas, passando a perambular pelas estradas. Diante disso, Anália trocou o seu cargo de professora na capital de São Paulo por outro na área rural, a fim de socorrê-las. 

Em certa cidade do Norte do Estado, conseguiu, inicialmente, uma casa de graça numa fazenda para instalar uma escola primária. Mas quando a fazendeira condicionou: "desde que não houvesse a promiscuidade de crianças brancas e negras”, Anália não aceitou essa humilhante condição, e teve de pagar aluguel. Fundou, então, a primeira Escola Maternal, a qual se transformou num albergue para filhos de escravos.  

A fazendeira, porém, conseguindo a remoção da escola de suas terras, obrigou Anália a alugar uma casa na cidade. O aluguel, que correspondia à metade do seu salário, era insuficiente para alimentar as crianças. Em razão disso, certa manhã, foi pessoalmente pedir esmolas, levando consigo pelas ruas os “seus alunos sem mães”, como ela os chamava nos seus escritos. 

Anália Franco, missionária da educação, romancista, escritora, teatróloga e poetisa, fundou 71 escolas, dois albergues, uma colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, um grupo musical, uma orquestra, um grupo dramático, em 24 cidades de São Paulo.

Nascida em 1º de fevereiro de 1856, era espírita, fé que dividia com seu esposo Francisco Antônio Bastos. Ela desencarnou em 13 de janeiro de 1919, vítima da gripe espanhola, quando iria fundar no Rio de Janeiro mais uma instituição de amparo à infância. Posteriormente, seu esposo concretizou essa idéia, fundando o Lar Anália Franco para meninas órfãs, na Av. Marechal Rondon, 875, no Rocha.

A meu ver, a melhor homenagem a essa extraordinária mulher que todos admiramos é ajudar as crianças desse Lar, fundado em nome dela, sob a amorosa inspiração de Jesus.


GERSON SIMÕES MONTEIRO é presidente da Fundação Cristã-Espírita Paulo de Tarso, do Rio de Janeiro, RJ, e diretor da Rádio Rio de Janeiro.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita