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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo
Ano 1 - N° 51 - 13 de Abril de 2008

 

A caixa de bombons
 

Dinho, menino de cinco anos, não conseguia parar quieto. Impaciente, andava de um lado para outro, com expressão de sofrimento.

Percebendo a inquietação do menino, a mãe perguntou:

— O que está acontecendo, meu filho?

Com as mãos apertando a barriga o garotinho reclamou, em lágrimas:

— Minha barriga dói, mamãe! Ai! Ui! Ai! Não agüento mais!...

Cheia de ternura, a mãezinha colocou o pequeno no colo e passou a massagear- lhe a região da dor, enquanto ele se aconchegava ao seu seio.

— Por que, mamãe, estou sofrendo tanto? Será que o Papai do Céu não gosta mais de mim? — perguntou, com a voz entrecortada pelos soluços.

Acalentando-o ainda mais junto ao peito, a mãezinha explicou:

— Não é nada disso, meu filho. Deus ama a todos nós da mesma maneira: a você, a mim e às outras pessoas. Nós é que, muitas vezes, com nossas atitudes, causamos o próprio sofrimento.

Fez uma pausa, para ver se o garoto estava entendendo, e perguntou:

— Vejamos: o que foi que você comeu hoje?

Dinho, que prestava atenção no que a mãe dizia, franziu a testa no esforço de se lembrar, e, parando de chorar, respondeu:

— Quando levantei, tomei um copo de leite e comi bolachas.

— Ótimo! E na hora do almoço?

— Comi arroz, feijão, bife e batatinha frita, que gosto muito!

— Muito bem! E foi só isso? Será que não esqueceu alguma coisa?

O menino concentrou-se e depois acrescentou, satisfeito:

— Tomei sorvete de morango!

— Isso mesmo, Dinho. Mais alguma coisa?

— Não. Só comi isso.

— Pense bem, meu filho!

Dinho não saberia dizer se foi o olhar da mãe que parecia saber tudo, mas a verdade é que baixou a cabeça, com o rosto vermelho, sentindo-se descoberto. Lembrou-se de que, na parte da tarde, foi até o armário onde sua mãe guardava as guloseimas para repartir com a família, pegou uma caixa de bombons e comeu tudo, tudo, tudo, sozinho, escondido atrás da casa.

Esfregando as mãos, com medo da reação da mãe, ele contou o que tinha feito.

Sem reprovar o comportamento do menino, ela considerou:

— Está vendo, Dinho? A dor não foi mandada por Deus, meu filho. Ela é conseqüência da sua gulodice. Se você tivesse repartido com seus irmãos a caixa de chocolates, não estaria passando mal e sentindo dor.

Nesse momento, ouviram o barulho de um trem que chegava. De longe escutaram seu apito estridente: PIUIIIIII... PIUIIIII...

A mãezinha aproveitou a oportunidade e explicou:

— Está escutando o apito do trem?


— Estou.
 

Nesse momento, ouviram o barulho de um trem que chegava. De longe escutaram seu apito estridente: PIUIIIIII... PIUIIIII...

A mãezinha aproveitou a oportunidade e explicou:

— Está escutando o apito do trem?

— Estou.

— Pois bem! O maquinista está comunicando a todos que o trem está se aproximando da cidade e que é preciso tomar cuidado. É um aviso! Da mesma forma, meu filho, a dor também é um alerta do nosso corpo avisando que algo não vai bem dentro dele e que é preciso tomar cuidado. Entendeu?

— Entendi, mamãe. A dor é nossa amiga! É por isso que a gente vai ao médico?

— Isso mesmo, meu filho! Normalmente, quando estamos com algum problema, procuramos o médico que saberá nos ajudar.

— Então, hoje nós iremos ao médico?

A mãezinha sorriu, completando:

— Neste caso, não há necessidade. O doutor, que conhece você muito bem e sabe da sua gulodice, já prescreveu um remédio natural para essas ocasiões. Agora, vou dar-lhe algumas gotinhas que ajudarão seu organismo a melhorar, amenizando a dor. Está bem?

Dinho sorriu, confiante e satisfeito. Sentia-se seguro, porque o

Pai do Céu o amava e porque tinha uma mãezinha tão sabida e tão boa.

                                            Tia Célia     
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita