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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 
Zagal celeste

"As raposas têm covis, e as aves do Céu ninhos, mas o Filho do Homem
não tem onde reclinar a cabeça" - Jesus. (Mt, 8:20)

Relata Emmanuel que “a maioria dos missionários religiosos da Antigüidade se compunha de príncipes, de sábios ou de grandes iniciados, que saíam da intimidade dos palácios e dos templos; mas o Senhor da semeadura e da seara era a personificação de toda a sabedoria, de todo o amor, e o seu único palácio era a tenda humilde de carpinteiro, onde fazia questão de ensinar à posteridade que a verdadeira aristocracia deve ser a do trabalho, lançando a fórmula sagrada, definida pelo pensamento moderno, como o coletivismo das mãos, aliado ao individualismo dos corações – síntese social para a qual caminham as coletividades dos tempos que passam – e que, desprezando todas as convenções e honrarias terrestres, preferiu não possuir pedra onde repousasse o pensamento dolorido, a fim de que aprendessem os Seus irmãos a lição inesquecível do “Caminho, da Verdade e da Vida”. 

Ao afirmar que “nenhuma das ovelhas que o Pai Lhe confiara se perderia”, Jesus não poderia agir de outra forma... Daí o fato de não possuir residência fixa, pautando Sua Vida em trabalho de arrebanhamento das ovelhas tresmalhadas para o Redil do Pai. 

Sua Vida foi coroada pelo trabalho e pela humildade; humildade exemplificada desde o início ao escolher como berço uma singela manjedoura; trabalho incessante a partir do momento em que o composto ígneo se desprendia da Nebulosa Solar para formação da Terra, continuando até os dias de hoje...   

Observamos, então, nos mínimos detalhes, a coerência entre o que falava e o que fazia.  Suas palavras eram enriquecidas pelo exemplo que dava... 

Se Ele é o “Caminho”, caminho dá idéia de senda a percorrer. Sigamos, pois, o Caminho por Ele indicado para encontrarmos a Verdade e a Vida Imperecível.   Todo um trabalho de burilamento íntimo nos aguarda no fragor das lides diárias. 

Sabemos que o “Caminho” de Jesus foi a “via crucis” e há que se compreender que só o trilharemos coadjuvados pela humildade e pela coragem.   

O nobre mentor Bezerra de Menezes afirma (1) que “todo aquele que quiser conduzir uma coletividade espírita por seguros caminhos tem de procurar a luz do Evangelho. Foi esse caminho que permitiu manter-me fiel até o fim e é ele que certamente vos conduzirá ao seio de Nosso Senhor Jesus Cristo, alegres e satisfeitos por haverdes cumprido o vosso dever. 

“Grandes monumentos, meus companheiros, o sentimento erige para a glorificação do Espírito puríssimo do Divino Mestre. Não são os templos de pedra que qualificam a obra dos servidores da Seara. Se assim fora, as vetustas catedrais seriam ainda hoje os templos do Espírito Santo. Procurai erigir esses monumentos nos corações, porque então não haverá mister hospitais, abrigos, e asilos. Procurai mostrar pela palavra persuasiva e sentida que o Cristo é, para a Terra, o único Pastor”. 

Acrescentaríamos também que, erguendo no coração o templo de luz do Evangelho, não precisaremos construir penitenciárias. 

Anualmente – entre outras coisas – o Natal enseja-nos a oportunidade de transformar os nossos corações em suaves e aconchegantes manjedouras onde o Mestre Maior deve renascer, transformando nossos braços em força de trabalho para Sua Seara, num prolongamento de Seus próprios braços despregados da cruz. 

Que a planta maravilhosa do Evangelho, sacrificada, vilipendiada e contrariada nos seus mais lídimos objetivos possa ver a luz através de nossa ação equilibrada e construtiva no Bem.

Joanna de Ângelis (2), veiculada pela luminosa mediunidade de Divaldo Franco, aconselha-nos a:   

“(...) abrir o coração e a mente a Jesus, deixando que neste Natal Ele celebre, por nosso intermédio, a epopéia festiva da paz, no meio em que estamos convidados a servir, colocando, desde agora, mas em definitivo, alicerces do amanhã feliz que todos aguardamos como início da Era que Ele anunciou e viveu”. 

Este é o momento propício para refazer, mentalmente, o caminho já percorrido, a fim de verificarmos se as sinfonias do Natal estão realmente ecoando na acústica de nossa alma. 

Jesus, o Meigo e Suave Zagal Celeste, tem acompanhado nossa trajetória evolutiva através dos milênios, e espera desde há muito, pacientemente, que, em pleno uso de nosso livre-arbítrio, possamos dizer: (Lc, 9:57) 

“Senhor, seguir-Te-ei para onde quer que fores”. 

E complementando: (Atos, 9:6.) 

“Que queres que eu faça?”

 

Bibliografia:

(1) Bezerra de Menezes. “Ontem e Hoje” – (Ed. FEB).

(2) Do livro: Celeiro de Bênçãos (Ed. LEAL).
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita