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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008

JORGE HESSEN
jorgehessen@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)

Espiritismo, base para transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade

Podemos afirmar com tranqüilidade que o Espiritismo é uma religião, até porque Kardec registrou que no sentido filosófico o Espiritismo é uma religião, e disso nos honramos, pois que é a doutrina que funda os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos não em uma simples convenção, mas sobre a mais sólida das bases: as próprias leis da Natureza.

Acrescenta que para muitos a religião é incompatível com os postulados kardecianos, posto que o termo religião seja inseparável da noção de culto, e evoca unicamente uma idéia de forma, com o que o Espiritismo não guarda qualquer relação. Se se tivesse proclamado uma religião, o público nele não veria senão uma nova versão dos princípios inexoráveis em questão de fé, uma hierarquia sacerdotal com seu cortejo de convencionalismos, cerimônias e privilégios; não o distinguiria das idéias de misticismo e dos enganos contra os quais se está freqüentemente bem instruído.

Não apresentando nenhuma das características de uma religião, na acepção usual da palavra, o Espiritismo não poderia nem deveria ornar-se de um título sobre cujo significado inevitavelmente haveria mal-entendidos. Eis por que ele se diz simplesmente uma doutrina filosófica e moral.

Mister considerar que a grande diferença entre o Espiritismo e as religiões ordinárias é que estas normalmente interpretam o Senhor da Vida como um ser supremo, criador de tudo o que existe, porém com características humanas (antropomorfismo). Filosoficamente a Doutrina Espírita enuncia-o como "a Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas" dando-lhe por atributos "a eternidade, a imutabilidade, a imaterialidade, a unicidade, a onipotência e a soberana justiça e bondade”, o que evidentemente exclui qualquer caráter antropomórfico.

Outra diferença básica encontra-se na forma pela qual a Doutrina Espírita entende que a busca de Deus deve ser realizada sem especial caráter de regras morais ou da satisfação de cultos formais e externos de várias ordens. Nas hostes espíritas seus postulados não se acoplam às práticas de batismo, crisma, comunhão, confissão; participação em cultos exóticos, rituais, cerimônias; realização de gestos corporais; recitação de fórmulas e rezas; adoração de imagens e objetos diversos; promessas, penitências, jejuns etc.

Os Espíritos explicam que a comunhão da criatura ao Criador se faz basicamente pela coerência de sua conduta a determinados códigos morais e as medidas de ordem exterior sendo tidas dispensáveis.

Difere também as propostas kardecianas no que tange às questões de ordem moral. O Espiritismo entroniza-as como, sobretudo, aquelas sugeridas por Jesus, e que se circunscrevem no preceito do amor ao próximo. Já as religiões tradicionais tendem incluir ou não as que têm força de normas evangélicas, ou incluí-las parcialmente, ou acrescentar-lhes outras, ou alterar-lhes a interpretação original etc. Destarte, terminante diferença surge no modo pelo qual essas regras éticas são justificadas.

Atualmente o cristianismo moderno "justifica" as normas morais que propõe, evocando a autoridade deste ou daquele indivíduo ou instituição; são dogmas, portanto, artigos de fé a serem aceitos sem exame. Refletindo sobre a mecânica lógica da vida, dia virá em que os fiéis intérpretes de Kardec serão auxiliares preciosos na transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade. Até porque o Espiritismo estriba seus preceitos éticos no conhecimento de que cientificamente alcança as conseqüências das ações humanas ao longo da existência ilimitada dos seres (reencarnações), conjugado à cláusula teleológica de que todos almejam a felicidade. Nos seus postulados não há espaço para dogmas e injunções dogmáticas, porém, exclusivamente investigação livre e racional dos fatos.
 
A missão do Espiritismo consiste precisamente em nos esclarecer sobre a imortalidade, a comunicação dos "mortos", a reencarnação, a habitabilidade em outros planetas.

É a realidade que nos aparece, pois que são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm descrever a situação em que se acham e relatar o que fazem, facultando-nos assistir a todas as vicissitudes da nova vida, que lá vivem, e mostrando-nos, pela mediunidade, o fadário inevitável que nos está destinado, de acordo com as nossas obras.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita