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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Errar é humano

“O grande caminho não tem portas, milhares de caminhos levam a ele. Quando atravessamos esse umbral sem porta, caminhamos livremente entre
o céu e a terra.”
(Mumon – sábio Zen)  

É reconhecido que a vida agrega diversas conjunturas de erro e o extraordinário é que ela, em conseqüência, também abriga processos de administração do erro, não somente para retificá-los, mas também para possibilitar o nascimento da diversidade e de variáveis evolutivas.

É preciso dizer então que a ambiência do erro humano é muito mais complexa que a questão do acerto como padrão único de adequação. A hominização, pois, fez-se possível pelo surgimento e revisão-aperfeiçoamento de enganos e equívocos.

Por que me refiro ao erro? Na contemporaneidade, foi preciso refletir as próprias condições da ciência para se compreender que a “posse” da verdade é frágil e oscilante, embora o problema do erro não despreze a verdade, ou seja, o que deve ficar claro é que o caminho da verdade é uma busca sem fim.

Com isso, creio que uma coisa é a consideração responsável pela busca da verdade, o que implica humildade; outra coisa é incorrer no comportamento de acreditar-se possuidor da verdade, pois, nesse caso, há claro perigo de se tornar cego aos erros e sujeito ao orgulho, que obscurece a razão, característica do sectarismo e do fanatismo.

Desse modo, o assumir do fato de que, inseridas nas próprias condições do conhecimento, estão contidas as hipóteses de erro pressupõe, ao sujeito-conhecedor, uma postura humilde e aberta às indagações de novas visões e inter-relações... E é essa necessária humildade me faz lembrar o esquecido e que pode ser revivido a seguir:

Há uma velha lenda de um rabino a quem um aluno em visita pergunta: “Rabbi, outrora havia homens que viam Deus face a face; por que não acontece mais isso?” O rabino respondeu: “Porque ninguém mais, hoje em dia, é capaz de inclinar-se suficientemente”...

“Inclinar-se suficientemente” alia-se, portanto, à condição diretiva de amor pela verdade, que, necessariamente, liga-se ao reconhecimento de que o erro participa da condição humana. Logo, a tolerância consigo mesmo e com os outros é princípio de uma ação no mundo mais harmoniosa, à medida que respeitosa ao grau de consciência de cada um.

Ora, é natural que alguns estejam à frente e outros ainda na condição de “não-despertamento”, pois há um tempo para cada árvore preparar-se para produzir seu doce fruto...
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita