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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1859

(6a Parte)

Allan Kardec
 

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1859. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 10 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Em que consiste a pneumatografia?

A pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem qualquer intermediário, e é inegavelmente um dos mais extraordinários fenômenos do Espiritismo. Em todos os tempos houve tais fenômenos e é por eles que podemos entender o surgimento das três palavras durante o festim do rei Baltasar em Babilônia, narrado no Livro de Daniel, cap. 5. Nos últimos tempos quem primeiro deu a conhecer esse fenômeno foi o Barão de Guldenstubbe, que publicou uma obra contendo grande número de fac-símiles das escritas por ele obtidas. (Revue Spirite, pp. 228 a 230.)

B. Que é que Voltaire disse sobre o Cristo?

O Espírito de Voltaire reconheceu haver atacado muitas coisas puras e santas que sua mão deveria ter respeitado, como o Cristo, "modelo de virtudes sobre-humanas". Sobre Jesus, Voltaire disse ainda que "ele estará sempre acima de nós". "Ainda estávamos mergulhados no vício da corrupção, e ele já estava sentado à direita de Deus." (Obra citada, p. 245.)

C. A Sociedade Espírita de Paris entrava em recesso?

Sim. A pedido de vários membros e considerando que muitas pessoas se ausentavam durante o verão, Kardec propôs fosse determinado um período de férias. A Sociedade resolveu então suspender as sessões em agosto. (Obra citada, p. 248.)

D. Que princípios podem guiar-nos no exame das comunicações espíritas?

Kardec cita na Revue 18 princípios que podem guiar-nos nesse exame. Eis alguns deles: 1) os Espíritos superiores têm uma linguagem sempre digna, nobre, elevada e dizem tudo com simplicidade e modéstia; 2) os bons Espíritos só dizem o que sabem; 3) a linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, senão na forma, pelo menos no conteúdo; 4) os bons Espíritos jamais ordenam ou impõem; aconselham; 5) os bons Espíritos não adulam; 6) eles não se valem de nomes bizarros e ridículos; 7) os bons Espíritos só prescrevem o bem e só aconselham coisas perfeitamente razoáveis. (Obra citada, pp. 256 a 258.) 

Texto para leitura

124. A Revue transcreve da Patrie de 5-6-1859 um relato concernente ao rei Bernadotte que, tocado pelas palavras de uma aparição, se submeteu ao Conselho de Estado numa questão relativa à Noruega. A aparição lhe anunciou a morte de seu filho Oscar, caso ele combatesse contra a Noruega. (P. 215)

125. Anunciado no número de julho de 1859 o lançamento do livro "Que é o Espiritismo?", de Kardec, que o codificador entende possa servir como uma primeira iniciação ao estudo da doutrina espírita. (P. 217)

126. A teoria das aparições se explica por uma comparação familiar, qual a do vapor que, sendo rarefeito, é completamente invisível. No primeiro grau de condensação, torna-se nebuloso; condensado mais, passa ao estado líquido e depois ao sólido. (PP. 220 e 353)

127. Algo de semelhante se opera, pela vontade do Espírito, na substân­cia do perispírito; mas não se infira disso que há nele uma condensação: opera-se na sua contextura uma modificação molecular. (PP. 220 e 221)

128. Os objetos usados pelos Espíritos, como as vestimentas, jóias, tabaqueira etc., são transformações da matéria eterizada. (P. 224)

129. Os Espíritos podem fazer uma substância salutar e própria para curar, bem como substâncias alimentares capazes de saciar a fome. (P. 225)

130. A produção de objetos nem sempre resulta de um ato de vontade do Espírito; freqüentemente ele exerce esse poder malgrado seu, ou outro o exerce por ele, quando as circunstâncias o exigem. (P. 226)

131. Podendo tirar do elemento universal os materiais para fazer tais coisas, o Espírito pode tirar dali o material para escrever. (P. 227)

132. A pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem qualquer intermediário, e é inegavelmente um dos mais extraordinários fenômenos do Espiritismo. (P. 228)

133. Em todos os tempos houve tais fenômenos; e é por eles que podemos entender o surgimento das três palavras durante o festim do rei Baltasar, em Babilônia. (N.R.: O fato é narrado no Livro de Daniel, cap. 5.) (P. 229)

134. Nos últimos tempos quem primeiro deu a conhecer esse fenômeno foi o Barão de Guldenstubbe, que publicou uma obra contendo grande número de fac-símiles das escritas por ele obtidas. (P. 230)

135. Um correspondente de Bordéus narra um curioso fato que se passou com uma jovem senhora de nome Mally, que desde tenra idade tinha visões. Em 1856, a terceira filha da Senhora Mally, de 4 anos de idade, caiu doente e, durante oito dias, mergulhada num estado de sonolência, foi sustentada por um alimento invisível que seu benfeitor espiritual lhe dava. Curada, a menina contou ter tido visões maravilhosas. (PP. 234 e 235)

136. Um dia, passeando com sua filha mais velha, Mally percebeu que a criança se entretinha com um ser invisível que parecia pedir-lhe bombons. Tratava-se de um menino desencarnado que queria bombons, explicou a garota. (P. 236)

137. Evocado, o guia da Senhora Mally explicou que a caçula fora ali­mentada por uma espécie de maná, uma substância formada pelos Espíritos, que encerra o princípio contido no maná comum e a doçura do confeito. (P. 240)

138. O Espírito de Voltaire diz que no mundo espiritual tenta aprender a praticar o bem. Quando se teve uma existência como a sua, há muitos preconceitos a combater, muitos pensamentos a repelir, ou mudar completamente, antes de alcançar a verdade. (P. 245)

139. Ele reconhece ter atacado muitas coisas puras e santas, que sua mão deveria ter respeitado, como o próprio Cristo, "modelo de virtudes sobre-humanas". Sobre Jesus, Voltaire disse ainda que "ele estará sempre acima de nós". "Ainda estávamos mergulhados no vício da corrupção, e ele já estava sentado à direita de Deus", acrescentou Voltaire. (P. 245)

140. Contestando idéias atribuídas ao Espírito de Cristóvão Colombo, Kardec lembra que o homem não é fatalmente impelido a fazer tal ou qual coisa. Pode acontecer que, como homem, se comporte mais ou menos cegamente; mas, como Espírito, tem sempre a consciência do que faz e fica sempre senhor de suas ações. (P. 247)

141. O Sr. S... pede que seja evocado o Sr. M..., desaparecido há um mês, para saber dele se está vivo ou morto. São Luís diz que tal evocação não pode ser feita, visto que a incerteza a respeito daquele homem tem um objetivo de prova. (P. 247)

142. A pedido de vários membros e considerando que muitas pessoas estão ausentes durante a estação, Kardec propõe seja determinado um período de férias. A Sociedade resolve então suspender as sessões em agosto. (P. 248)

143. Tratando da intromissão dos Espíritos enganadores nas comunicações escritas, Kardec assevera que entre as coisas que podem ser chamadas processos não há nenhuma fórmula e nenhum expediente material que possa servir de preservativo eficaz contra tais Espíritos. (P. 251)

144. Não dissemos que não haja nenhum meio -- lembra Kardec --, mas unicamente que a maior parte dos meios empregados são inoperantes. A pri­meira coisa é não os atrair e evitar tudo quanto lhes possa dar acesso, e, nesse sentido, as disposições morais têm grande relevância. (PP. 252 e 253)

145. São Luís lembra, ainda, que devemos pesar e refletir, e submeter ao controle da razão mais severa todas as comunicações recebidas. (P. 254)

146. Na seqüência, Kardec passa em revista 18 princípios que podem guiar-nos no exame das comunicações espíritas. (PP. 256 a 258)

147. Eis alguns desses princípios: 1) os Espíritos superiores têm uma linguagem sempre digna, nobre, elevada e dizem tudo com simplicidade e modéstia; 2) os bons Espíritos só dizem o que sabem; 3) a linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, senão na forma, pelo menos no conteúdo; 4) os bons Espíritos jamais ordenam ou impõem; aconselham; 5) os bons Espíritos não adulam; 6) eles não se valem de nomes bizarros e ridículos; 7) os bons Espíritos só prescrevem o bem e só aconselham coisas perfeitamente razoáveis. (PP. 256 a 258) (Continua no próximo número.)  


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita