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Internacional
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008

KATIA FABIANA FERNANDES
kffernandes@hotmail.com
Londres (Inglaterra)

 

Raul Teixeira abrilhanta as comemorações dos 25 anos de Espiritismo no Reino Unido

A tarde de domingo era tipicamente londrina, temperatura não muito alta com um céu encoberto e nublado, mas tivemos a felicidade de sentir o sol brilhar intensamente em nossos corações com os eflúvios instrutivos e amorosos dos ensinamentos recebidos por intermédio do querido orador José Raul Teixeira.

Em uma série de compromissos pela Europa, Raul esteve em Londres para proferir algumas palestras promovidas e organizadas  pela British Union Spiritist Societies - BUSS, em parceria com vários grupos espíritas da capital  inglesa. Uma das palestras foi  realizada no dia 30 de março, na Oxford House, em Bethnal Green,  sede da Sir William Crookes Spiritist  Society, em comemoração dos 25 anos de Espiritismo no Reino Unido (fotos).  

Para  dar início aos trabalhos daquela tarde, a prece inicial foi feita pela confreira Janet Duncan, precursora do Movimento Espírita na Inglaterra.

O tema escolhido pelo orador foi o livro A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, mais especificamente o capítulo XIV, que fala sobre os fluidos. Ele começou  dizendo que falar sobre a Gênese, que é o último livro da Codificação, que está em 2008 completando 140 anos, é algo encantador e complexo. É nele que Allan Kardec, na introdução, diz-nos o que é a Doutrina dos Espíritos e por que é ela chamada de O Consolador, além de mostrar como é Deus à luz do Espiritismo e focalizar a gênese do Universo propriamente dita, a origem das terras, os espaços, enfim, estudos fantásticos que nos levam à reflexão sobre a grandiosidade da Criação.

Aprofundando-se mais no capítulo citado, dissertou  sobre o fluido cósmico universal,  velho conhecido dos antigos filósofos que atualmente os astrofísicos estão chamando de matéria   escura,  por  falta  de  outro  nome, segundo o próprio o palestrante.

Falou sobre o perispírito, sobre sua composição, sobre a semelhança existente na base material de todos os corpos e da capacidade de serem manipulados de formas diferentes. “Nos somos deuses”, afirmou, então, explicando que podemos alterar a disposição dos átomos e conseguir matérias diferentes e que podemos e devemos usar isso para nos auxiliar no que se refere à cura, que ocorre de acordo com a possibilidade que temos de alterar a disposição  das células doentes. “Quando ativamos o fluido cósmico universal, ele ganha qualidade, adquire a qualidade que lhe damos, que podem ser calmantes ou irritantes, salutares ou não.”

Voltamos a ser vistos como um todo
e não mais como partes

Raul falou, em seguida, sobre a importância de mantermos nossas energias equilibradas e com maestria explanou acerca dos plexos, dos centros de força e suas funções,  ressaltando que toda doença no corpo físico é resultante do descontrole do centro energético. 

Dissertou sobre a medicina holística dos tempos antigos, lembrando que felizmente estamos voltando ao antigo conceito e a sermos vistos como um todo e não mais como partes, como especialidade, frutos da escola positivista que muito auxiliou no aprofundamento dos conhecimentos em todas as áreas, mas se revelou insuficiente para auxiliar o ser humano como um todo.  

Afirmou, então, que muitas vezes o ser humano sofre fisicamente sem causas aparentes, mas que muitas febres são frutos de um sistema emocional desequilibrado ou mesmo de resquícios de erros pretéritos, de vidas passadas, que se mantêm em nosso psiquismo, causando mazelas físicas, agindo em nós como uma equivocada  forma de autopunição. 

Com ênfase falou sobre a importância do passe, da qualidade energética a ele necessária e, sobretudo, da qualidade moral do médium curador, fundamental para o desenvolvimento de tal trabalho, e explicou como encarnados e desencarnados trabalham juntos durante o tratamento da fluidoterapia.

Na parte final alertou para a responsabilidade que temos perante nós mesmos, e disse que precisamos ter mais lucidez com relação à cura. Podemos tomar passes todos os dias, “na veia” como ele mesmo brincou, mas se não fizermos a nossa reforma íntima, nenhuma célula se regenera. Quantas pessoas que retiram parte dos seus órgãos enfermos e tudo fica bem por um tempo, mas depois adoecem novamente!... “Faze a tua parte e os céus te ajudarão”, disse o palestrante, recordando conhecidas palavras de Jesus.

Pensamentos nobres imprimem uma
freqüência mais alta aos fluidos

Comentou que o número de pessoas com câncer cresce a cada dia, observando que não podemos deixar que os venenos do ódio, da angústia, da maledicência nos encharquem a alma, danificando corpo e espírito. É preciso ter coragem de mudar, sem usar de desculpas, porque geralmente queremos soluções exteriores para os problemas que são íntimos, que pertencem à alma. Nesse ponto lembrou mais uma vez palavras de Jesus, que disse: “A cada um será  dado segundo sua obras”.

Quando explicou como devemos proceder para mudar a qualidade dos fluidos que existem dentro de nós  mesmos, Raul disse com a beleza de exemplos que lhe é peculiar: “Naturalmente,  todos os fluidos que emitimos saem com a freqüência dos nossos pensamentos. Quanto mais elevados sejam nossos pensamentos em quaisquer áreas, eles imprimem uma freqüência mais alta aos fluidos; por isso é que brilham os fluidos dos Espíritos angélicos, das almas nobres. É por causa da intensidade,  da freqüência  vibratória com que eles pensam, com que eles agem. Nós ampliamos a freqüência de nosso pensamento quando nossos pensamentos passam a ser nobres, dignos, bondosos,  não somente na área religiosa, mas em tudo quanto façamos. Não foi à toa que Cristo disse  que quando os teus olhos forem bons todo teu corpo terá luz. Quando a nossa visão de mundo melhorar, quando aprendermos a olhar as coisas com maturidade, então   teremos um perispírito mais bem aquinhoado e o nosso corpo terá saúde”.

Esse brilho – lembrou o palestrante – tem um sentido figurado e um sentido real, porque perispiritualmente nós realmente brilhamos, emitimos essa claridade e fisicamente podemos ter um corpo mais saudável.

Tudo se iniciou há 25 anos, graças
aos esforços de Janet Duncan

Nas comemorações dos 25 anos de Espiritismo no Reino Unido não podemos ignorar os esforços da precursora desse movimento, a confreira Janet Duncan.

Janet, 25 anos atrás, reunia na sala de sua casa em Walthamstow, na região norte de Londres, seis ingleses que a partir de então começaram a se interessar pelas questões espirituais. Foi Janet quem, depois de viver por 30 anos no Brasil, trouxe à sua terra natal os ensinamentos de Allan Kardec.

Mais de duas décadas se passaram e daquele pequeno grupo nasceu o Allan Kardec  Spiritist Group (AKSG), presidido por ela durante todos esses anos. Realizada por ter chegado até aqui, mas ainda um pouco desapontada  por não ter realizado mais, ela diz que muito ainda tem de ser feito em termos de Espiritismo no Reino Unido, mas que muito já se conseguiu e, que com o passar dos anos, muitos espíritas vêm trabalhando  no Movimento de uma maneira mais séria.

Adverte-nos que não podemos perder as bases da Codificação, afirmando que a nossa bíblia são os cinco livros de Kardec. Ressalta a importância de se entender a história e a cultura do país onde se vive para, a partir daí, trabalhar os ensinamentos espirituais da maneira mais aceitável pelas pessoas do lugar. 

Janet Duncan, que completa  80 anos em 2008, diz que a saúde já não lhe permite fazer muito e que, por isso, deixará de presidir o AKSG em breve, mas que estará sempre por perto, para auxiliar quando for preciso. Brincando, diz que já pediu um prazo extra de 20 anos a mais de vida e que nesse tempo pretende se dedicar às traduções de quantas obras  forem possíveis, concluindo assim sua tarefa. “Vamos ver se eles me dão”, finalizou sorrindo.
 

Colaborou nesta reportagem a jornalista Patricia Voltolin, autora das fotografias que a ilustram.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita