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Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa III: As
Leis Morais
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Ano 1 - N° 50 -
6 de Abril de
2008 |
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THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná
(Brasil)
Igualdade natural e
desigualdade de aptidões
Apresentamos nesta
edição o tema no
50 do
Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita,
que está sendo aqui
apresentado
semanalmente, de acordo
com programa elaborado
pela Federação Espírita
Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147
temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente
antes da leitura do
texto que a elas se
segue.
Se
destinado somente a uso
por parte do leitor,
pedimos que o
interessado tente
inicialmente responder
às questões e só depois
leia o texto referido.
As respostas
correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da
lição.
Questões para debate
1. Por que há sofredores
e felizes em nosso
mundo?
2. Por que as aptidões
humanas são tão
diversas?
3. A diversidade das
aptidões, ao contrário
da uniformidade, é um
bem ou é um mal?
4 . Essas diversidades
no tocante às aptidões
humanas sempre existirão
em nosso mundo?
5. Qual é, segundo o
Espiritismo, a condição
básica para que as
anomalias sociais sejam,
na Terra, erradicadas
definitivamente?
Texto para leitura
Aos olhos de Deus todos
os seus filhos são
iguais
1. Todos os homens estão
submetidos às mesmas
leis da Natureza. Todos
nascem igualmente
fracos, acham-se
sujeitos às mesmas dores
e o corpo do rico se
destrói como o do pobre.
Deus a ninguém concedeu
superioridade natural,
nem pelo nascimento, nem
pela morte. Todos os
seus filhos são iguais
aos seus olhos.
2. Ensinam os Espíritos
Superiores que Deus não
tolera distinções de
linhagem familiar, não
confere honrarias
extemporâneas, nem
favorece com privilégios
qualquer de suas
criaturas, mas
proporciona a todos
idênticas e incessantes
oportunidades.
3. O Criador coloca, em
estado latente, o mesmo
poder, a mesma sabedoria
e os mesmos estímulos
evolutivos para todas as
suas criaturas, no longo
e fastidioso percurso
que elas têm de trilhar
com vistas à perfeição.
4. Atentos a estas
considerações é que
podemos perceber o
sentido correto da lei
de igualdade no seu
aspecto natural, em
contraposição à
pretendida igualdade
sócio-econômica,
freqüentemente
artificial na vida de
relação dos Espíritos
encarnados.
O Pai não concede
privilégios a ninguém
5. Sendo todos da mesma
essência divina e
criados para os mesmos
gloriosos destinos, o
gênero humano constitui
uma única família. É por
isso que todos os homens
se encontram sujeitos às
mesmas leis.
6. O Pai Eterno não
concede privilégios a
ninguém. Se há
sofredores e felizes em
nosso planeta, isso não
se dá em razão das
preferências divinas,
mas por força do mau ou
do bom uso do
livre-arbítrio dos seus
habitantes.
7. Fomos criados simples
e ignorantes, porém
destinados à perfeição.
Se ao longo de nossa
trajetória evolutiva
falimos ou nos elevamos,
isso se dá por força de
nossa livre vontade. As
desigualdades sociais
existentes são produto
das opções voluntárias
dos homens, e não de um
capricho particular do
Criador.
8. As aptidões humanas,
tão diversas, resultam
igualmente da variedade
de experiências vividas
nas múltiplas
encarnações, porque, em
razão do livre-arbítrio,
cada indivíduo decide
qual o caminho a seguir.
Os Espíritos foram
criados iguais uns aos
outros, mas cada um
deles vive há mais ou
menos tempo e,
conseguintemente, tem
feito maior ou menor
soma de aquisições. A
diferença existente
entre eles funda-se,
pois, na diversidade dos
graus da experiência
alcançada e da vontade
com que obraram.
A diversidade das
aptidões é um meio
propulsor do progresso
9. Como uns se
aperfeiçoam mais
rapidamente do que os
outros, resultam daí
para eles aptidões
diversas. Mas a
variedade das aptidões
permite que cada um
possa concorrer para a
execução dos desígnios
da Providência, no
limite do
desenvolvimento de suas
forças físicas e
intelectuais. O que um
não faz, faz o outro, de
forma que todos têm um
papel útil a desempenhar
na comunidade em que
vivem. A diversidade das
aptidões, ao contrário
da uniformidade,
constitui, pois, um meio
propulsor do progresso,
visto que cada homem
contribui para a obra
coletiva com sua parcela
de conhecimento.
10. As dessemelhanças
que os Espíritos
apresentam, quer em
inteligência, quer em
moralidade, não derivam,
portanto, de sua
natureza íntima.
Resultam apenas do fato
de haverem sido criados
há mais ou menos tempo e
do maior aproveitamento
desse tempo no
desenvolvimento das
aptidões e virtudes que
lhes são intrínsecas.
11. As desigualdades
naturais das aptidões
humanas são os degraus
das múltiplas
experiências que nos
conduzirão aos mundos
superiores e que nos
propiciarão implantar o
reino de Deus na Terra.
Essas diferenças
constituem os agentes do
progresso e preenchem
uma necessidade
inapreciável, na
economia da evolução,
favorecendo-a, por mais
que existam pessoas que
as detestem. Tais
diferenças, todavia,
subsistirão enquanto
tenham razão de ser e,
enquanto subsistirem,
satisfarão a uma
necessidade da própria
Natureza, favorecendo o
progresso humano.
Um dia em nosso mundo
ninguém mais precisará
mendigar
12. É provável que no
estágio atual da nossa
civilização nem todos os
homens estejam exercendo
a ocupação adequada às
suas aptidões naturais.
13. Quando, porém, o
egoísmo e o orgulho
deixarem de ser os
sentimentos
predominantes na Terra e
compreendermos que somos
todos irmãos, amando-nos
realmente uns aos
outros, como preceitua o
Cristo, todo o homem de
boa vontade achará
ocupação adequada às
suas aptidões, que lhe
garanta o mínimo
necessário a uma
existência compatível
com a dignidade humana.
14. Um dia esse estado
de coisas será realidade
em nosso mundo. Então
os homens que não mais
puderem manter-se em
atividade, seja por
doença, seja por
velhice, terão a seu
favor o amparo da lei,
sem lhes ser preciso
humilhar-se recorrendo à
caridade pública.
Respostas às questões
propostas
1. Por que há sofredores
e felizes em nosso
mundo?
R.: Deus não concede
privilégios a ninguém.
Se há sofredores e
felizes em nosso
planeta, isso não se dá
em razão das
preferências divinas,
mas por força do mau ou
do bom uso do
livre-arbítrio dos seus
habitantes. Fomos
criados simples e
ignorantes, porém
destinados à perfeição.
Se ao longo de nossa
trajetória evolutiva
falimos ou nos elevamos,
isso se dá por força de
nossa livre vontade.
2. Por que as aptidões
humanas são tão
diversas?
R.: As aptidões humanas
resultam da variedade de
experiências vividas nas
múltiplas encarnações,
porque, em razão do
livre-arbítrio, cada
indivíduo decide qual o
caminho a seguir. Os
Espíritos foram criados
iguais uns aos outros,
mas cada um deles vive
há mais ou menos tempo
e, conseguintemente, tem
feito maior ou menor
soma de aquisições. A
diferença existente
entre eles funda-se,
pois, na diversidade dos
graus da experiência
alcançada e da vontade
com que obraram.
3. A diversidade das
aptidões, ao contrário
da uniformidade, é um
bem ou é um mal?
R.: Essa diversidade é,
em verdade, um bem,
porque permite que cada
pessoa possa concorrer
para a execução dos
desígnios da
Providência, no limite
do desenvolvimento de
suas forças físicas e
intelectuais. O que um
não faz, faz o outro, de
forma que todos têm um
papel útil a desempenhar
na comunidade em que
vivem. A diversidade das
aptidões constitui,
pois, um meio propulsor
do progresso, visto que
cada homem contribui
para a obra coletiva com
sua parcela de
conhecimento.
4 . Essas diversidades
no tocante às aptidões
humanas sempre existirão
em nosso mundo?
R.: As desigualdades
naturais das aptidões
humanas subsistirão
enquanto tiverem razão
de ser e, enquanto
subsistirem, satisfarão
a uma necessidade da
própria Natureza,
favorecendo o progresso
humano.
5. Qual é, segundo o
Espiritismo, a condição
básica para que as
anomalias sociais sejam,
na Terra, erradicadas
definitivamente?
R.: A condição
fundamental para que
isso se dê é o
enfraquecimento ou mesma
a extinção do sentimento
de egoísmo e de orgulho
que ainda predomina no
planeta. Quando isso se
verificar e
compreendermos que somos
todos irmãos, todos
acharão ocupação
adequada às suas
aptidões, que lhes
garanta o mínimo
necessário a uma
existência compatível
com a dignidade humana.
Um dia, sem dúvida
alguma, esse estado de
coisas será realidade em
nosso mundo.
Bibliografia:
O Livro
dos Espíritos,
de Allan
Kardec, itens 803 e 804.
O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
de Allan Kardec, cap.
11, item 8.
As Leis
Morais,
de
Rodolfo Calligaris, 2a.
edição, págs. 136 e 138.
Grandes e
Pequenos Problemas,
de Angel
Aguarod, 3a.
edição, pág. 174.
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