O cinema
e os
programas
de
televisão
causam a
violência
na vida
real? Ou
é a vida
real que
inspira
a
violência
na TV e
no
cinema?
A
resposta
é
difícil
e
bastante
complexa
e, seja
qual
for,
apenas
comprova
o
precário
verniz
da
civilização
humana.
Quando
Caim
matou
Abel não
havia
cinema
nem
televisão.
A
futilidade
do
primeiro
homicídio,
narrado
no
Antigo
Testamento,
teria
sido um
incentivo
à
criminalidade?
As
observações
acima
foram
transcritas
de um
oportuno
artigo
do
conhecido
escritor
Carlos
Heitor
Cony,
publicado
pela
Agência
Folha
algum
tempo
atrás.
“Quem
influencia
quem?” –
indaga o
cronista
que, na
seqüência,
observa
que a
realidade
da
aventura
humana
tem sido
pouco
recomendável,
de nada
adiantando,
portanto,
culpar
as
expressões
ficcionais
dessa
realidade.
“Na
arte,
como na
vida,
tudo
devia
ser
melhor”,
assevera
Cony. “E
isso só
será
possível
quando o
homem
for
melhor.”
O
cronista,
embora
quase
sempre
cético e
pessimista,
concluiu
seu
artigo
emitindo
um
pensamento
semelhante
ao que
Allan
Kardec
consignou
há quase
150 anos
no
trecho
que se
segue:
"Se o
Espiritismo
deve,
como foi
anunciado,
realizar
a
transformação
da
humanidade,
só
poderá
fazê-lo
pelo
melhoramento
das
massas,
o que só
se dará
gradualmente,
pouco a
pouco,
pelo
melhoramento
moral
dos
indivíduos"
(O
Livro
dos
Médiuns,
cap. 29,
item
350).
"Aí é
que se
acha o
princípio,
a
verdadeira
chave da
felicidade
do
gênero
humano –
acrescentou
Kardec,
em
Obras
Póstumas
– porque
então os
homens
não mais
cogitarão
de se
prejudicarem
reciprocamente."
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