WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Correio Mediúnico
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008
 

Apego demais

Cornélio Pires  

 

Você quer informação,

Meu caro Luiz Lamego,

Do que se sabe no Além,

Quanto aos problemas do apego.

 

Apego cria na gente

Muita luta e compromisso

Que o verbo ao nosso dispor

Quase nada conta disso.

 

Por força da Lei de Deus,

Sempre clara e benfazeja,

Cada qual acha no tempo

Aquilo que mais deseja.

 

Agarramento no mundo,

Na vista, uma cousa à-toa,

Parece uma corda grossa

Que prende qualquer pessoa.

 

Posso dizer a você:

Nesse laço estranho e forte,

Temos amigos em monte

Lutando depois da morte.

 

Você recorda Nhô Juca,

O sovina de Água Raza

Depois de morto, deitou-se

No cofre da própria casa.

 

Nhô Chico viveu rondando

O antigo sítio da Penha,

Desencarnado, prossegue

Vigiando chão e lenha.

 

A moça do garfo grande,

Maricotinha Donato,

Sem corpo, só pensa nisto:

— Leitoa, galeto e pato.

 

Antonico da Caneca,

No Além, inda bebe e xinga,

Se o vejo é sempre escornado,

Junto à garrafa de pinga.

 

Outra que anda no copo,

Dona Augusta, da Água Bela,

Fora do corpo, procura

Quem queira beber com ela.

 

Conrado era da calúnia,

Nunca se soube porque,

Sem corpo vive escrevendo

Infâmias que ninguém lê.

 

Cultivava inveja e ódio

Nhô Tino do Sapecado,

No Além, parece uma bomba

Que todos deixam de lado.

 

Sempre fugiu do trabalho

O nosso caro Elentério,

Morreu, mas vive em descanso

Dormindo no cemitério.

 

Negociante usurário,

Desencarnado, Nhô Bem,

Conserva o punho agarrado

Na gaveta do armazém.

 

Guilhermino que morreu

De namorico e paquera

Vive agora atrás das moças,

Nem vê que o caso já era.

 

Pensem nisto, enquanto é tempo,

Apego, caro Luiz,

É o modo que o mundo encontra

De se fazer infeliz.

 

Educação e serviço

Indicam a paz segura,

Toda pessoa na vida

Tem aquilo que procura.

 

Pode crer. Depois da morte,

Quanto ao seu próprio lugar,

Aquilo que você busque

É a nota que vai contar!...

 
 

Poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, constante do cap. 20 do livro Retratos da Vida.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita