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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

O Grande Enigma
(
9a Parte)

Léon Denis

Damos início hoje ao estudo do clássico O Grande Enigma, de Léon Denis, conforme o texto da 7a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. O estudo ora iniciado será aqui apresentado em 10 partes.

Questões preliminares  

A. Ser velho é o mesmo que ser ancião?

R.: Chateaubriand dizia que em sua época havia muitos velhos e poucos anciães. Ora, o ancião é bom, indulgente, estima e encoraja a mocidade; seu coração não envelheceu. Os velhos são ciumentos, malévolos e severos. O período da vida é o mesmo para ambos, mas as atitudes e o modo de ver as coisas é que distinguem o velho do ancião. (O Grande Enigma, pp. 208 e 209.)

B. No prelúdio da morte o que acontece com a alma?

R.: Algum tempo antes da morte, um trabalho silencioso se executa. A desmaterialização já está começada. Na fronteira dos dois mundos, a alma é visitada pelas visões iniciais daquele em que vai entrar. O mundo que deixa envia-lhe os fantasmas da lembrança, e todo um cortejo de Espíritos lhe aparece do lado da aurora. Ninguém morre só, pela mesma forma que ninguém nasce só. Os invisíveis que a conheceram, que a amaram, que a assistiram aqui, vêm ajudá-la a desembaraçar-se das últimas cadeias do cativeiro terrestre. (Obra citada, pp. 212 e 213.)

C. Para onde vão as almas depois da morte corpórea?

R.: As almas ou Espíritos vão para a esfera proporcionada ao seu grau de evolução, à sua faculdade de iluminação, à sua aptidão atual de perfectibilidade. As afinidades fluídicas conduzem-nas, qual doce mas imperiosa brisa que impele um batel, para outras almas similares, com as quais vão unir-se em uma espécie de amizade. No Além, as famílias, os grupos de almas e os círculos de Espíritos reformam-se segundo as leis de afinidade e simpatia. (Obra citada, p. 218.) 

Texto para leitura

142. A idade madura é o verão de nossa existência terrena. A exemplo da estação estival, é feita de ardores, cheia de luz. O nascer do Sol é logo manhã; o poente é radioso; as noites são alumiadas suntuosamente pelas estrelas. A criatura sente-se aí feliz com o viver; tem a consciência de sua força e dela sabe servir-se. É quando atinge física e moralmente o ponto culminante da Beleza, porque existe uma beleza na idade madura e esta é a verdadeira. Um de nossos erros está em crer que a beleza da mocidade é a única senhora da vida, mas falta-lhe o elemento principal, a força, resultante do equilíbrio geral e harmonioso do ser. (PP. 206 e 207)

143. A velhice é o outono da vida; no último declínio, a vida está no inverno. A velhice, segundo o modo de ver comum dos homens, é a decrepitude, a ruína; é o prelúdio melancólico e aflitivo do último adeus. Mas existe aí um grave erro, porque, em regra geral, nenhuma fase da vida humana é inteiramente deserdada dos dons da Natureza. (P. 207)

144. Ao contrário; a velhice é bela, grande, santa. Recapitula todo o livro da vida. Resume os dons das outras épocas da existência, sem as ilusões, as paixões e os erros. O ancião viu o nada de tudo quanto deixa; entreviu a certeza de tudo o que há de vir; é um vidente. (P. 208)

145. Entretanto, é preciso não esquecer que em nossa época, já dizia Chateaubriand, “há muitos velhos e poucos anciães”. Ora, o ancião é bom, indulgente, estima e encoraja a mocidade; seu coração não envelheceu. Os velhos são ciumentos, malévolos e severos. (PP. 208 e 209)

146. A velhice é santa, pura quanto a primeira infância; por isso, aproxima-se de Deus e vê mais claro e mais longe nas profundezas do Infinito. Ela é, em realidade, um começo de desmaterialização. A insônia, característico ordinário dessa idade, oferece disso a prova material. A velhice assemelha-se à vigília prolongada, à vigília da eternidade. O velho é uma espécie de sentinela avançada, na extrema fronteira da vida, onde tem um pé na terra prometida e vê a outra margem, a segunda vertente do destino. (P. 209)

147. As transformações, ou melhor, as transfigurações operadas nas faculdades da alma, pela velhice, são admiráveis. Esse trabalho interior resume-se em uma única palavra: a simplicidade. A velhice é eminentemente simplificadora de tudo. Simplifica, inicialmente, o lado material da vida e suprime todas as necessidades irreais, as mil necessidades artificiosas que a mocidade e a idade madura criaram. O ancião tem uma faculdade preciosa: a de esquecer. Tudo o que lhe foi fútil, supérfluo na vida, apaga-se, só conservando na memória o que lhe foi e é substancial. (P. 211)

148. A velhice é o prefácio da morte; é o que a torna santa, igual à vigília solene que faziam os iniciados antigos, antes de levantar o véu que cobria os mistérios. A morte é, pois, uma iniciação. (P. 212)

149. Ainda desconhecida em  seu verdadeiro caráter  pelas religiões e pelas filosofias, a morte  é, simplesmente,  um segundo nascimento. Deixamos o mundo pela mesma razão por que nele entramos, segundo a mesma lei. (P. 212

150. Algum tempo antes da morte, um trabalho silencioso se executa. A desmaterialização já está começada. A moléstia goza aqui de papel considerável, pois acaba em alguns meses, em algumas semanas, em alguns dias, o que o lento trabalho da idade havia preparado. Trata-se da obra de “dissolução” de que fala Paulo de Tarso. (PP. 212 e 213)

151. Na fronteira dos dois mundos, a alma é visitada pelas visões iniciais daquele em que vai entrar. O mundo que deixa envia-lhe os fantasmas da lembrança, e todo um cortejo de Espíritos lhe aparece do lado da aurora. Ninguém morre só, pela mesma forma que ninguém nasce só. Os invisíveis que a conheceram, que a amaram, que a assistiram aqui, vêm ajudá-la a desembaraçar-se das últimas cadeias do cativeiro terrestre. (P. 213)

152. Considerando apenas as vidas ordinárias, as existências que seguem tranqüilamente as fases lógicas do seu destino, que é a condição comum da maior parte dos mortais, ao entrar na sombria galeria a alma aí fica em obscuridade, em uma penumbra próxima da luz. É o crepúsculo do Além. (P. 216)

153. Aqui, as analogias entre a vida e a morte são impressionantes. A criança permanece muitos dias sem fixar a luz e sem ter conhecimento do que a rodeia. O recém-nascido no mundo invisível fica também algum tempo sem tomar conhecimento do seu modo de ser e de seu destino. (P. 216)

154. Em tais momentos, as influências magnéticas da prece, das lembranças, do amor, podem gozar um papel considerável e apressar o advento das claridades reveladoras que vão iluminar essa consciência ainda adormecida. (P. 217)

155. Esse período de transição e essa parada no túnel da morte são, no entanto, absolutamente necessários, como preparação da visão de luz que deve suceder à obscuridade. É preciso que o sentido psíquico se vá adaptando proporcionalmente ao novo foco que o irá esclarecer. (P. 217)

156. As almas, por instinto infalível, vão para a esfera proporcionada ao seu grau de evolução, à sua faculdade de iluminação, à sua aptidão atual de perfectibilidade. As afinidades fluídicas conduzem-nas, qual doce mas imperiosa brisa que impele um batel, para outras almas similares, com as quais vão unir-se em uma espécie de amizade. No Além, as famílias, os grupos de almas e os círculos de Espíritos reformam-se segundo as leis de afinidade e simpatia. (P. 218)

157. O purgatório é visitado pelos anjos, diz a teologia católica. O mundo errático é visitado, dirigido, harmonizado pelos Espíritos superiores, e a lei circulatória que preside ao eterno progresso dos Estados e dos mundos desenrola-se sem cessar em esferas e mundos cada vez mais engrandecidos. (P. 219)

158. As almas, a quem a consciência acusa de haverem falhado na última existência, compreendem a necessidade de reencarnar e preparam-se para isso. Tudo então se agita, tudo se move nessas esferas, sempre em vibração, sempre em movimento. O trabalho dos povos na Terra nada é, em comparação com esse labor harmonioso do Universo. (PP. 219 e 220)  (Continua no próximo número.)
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita