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Especial
Ano 1 - N° 5 - 16 de Maio de 2007

JENAI OLIVEIRA CAZETTA
jenai@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

 

A Ciência detecta dois planetas fora do Sistema Solar semelhantes à Terra
 

Existe vida em outros planetas?

Provavelmente todos já nos fizemos esta pergunta pelo menos uma vez. Olhando para o céu noturno, é difícil não se perguntar se esses milhões de "sóis" que o iluminam não fariam parte de sistemas como o nosso e, ainda mais, se dentro desses sistemas não haveria um planeta como a nossa Terra, o qual pudesse abrigar seres humanos como nós.

Vários astrônomos passam noites adentro coletando dados através de telescópios potentes, à procura de sistemas solares como o nosso e, conseqüentemente, de planetas como a Terra. O maior problema encontrado nesta busca é que planetas não têm luz própria, o que os torna difíceis de serem detectados.

Mais de 200 exoplanetas – planetas fora do Sistema Solar – já foram identificados desde 1995. No entanto, na sua maior parte são planetas gigantes, maiores do que Júpiter, e gasosos como ele. O interessante seria encontrar planetas formados por rochas, similares à Terra. A procura de um planeta "irmão da Terra" vem motivando muitos astrônomos há algumas décadas.

Em janeiro de 2006, uma equipe internacional de cientistas anunciou a descoberta de um planeta rochoso - OGLE-2005-BLG-390Lb - fora do nosso sistema solar, mas na nossa galáxia.
O OGLE-2005-BLG-390Lb é formado, provavelmente, de rocha e gelo, possui uma massa de 5 vezes a massa da Terra e uma temperatura, na sua superfície, da ordem de 225º C negativos. Encontra-se na constelação de Sagitário e orbita uma estrela vermelha, cinco vezes menos massiva que o Sol, localizada a uma distância de 20.000 anos-luz, não muito longe do centro da Via Láctea.

"Em termos de massa, está mais próximo da Terra do que qualquer outro planeta descoberto. Por dentro, tem um centro de formação rochosa que também o torna muito parecido. Não é igual à Terra, mas estamos mais perto do que antes dela", diz Stéphane Brillant, astrônomo francês do Observatório Europeu Austral (ESO – Santiago do Chile).

O OGLE se encontra a uma distância de sua estrela três vezes maior que a distância que existe entre a Terra e o Sol e leva 10 anos para fazer seu movimento de translação.

O planeta foi localizado com a ajuda de um efeito conhecido como "microlente gravitacional", que usa o desvio provocado em raios de luz por um objeto para detectar sua presença e estimar sua massa.

O Gliese 581c - a mais recente descoberta

Já no mês passado pesquisadores europeus do Observatório Europeu do Sul detectaram o Gliese 581c, também localizado fora do Sistema Solar. Este é outro planeta que possui diversas características da Terra, mas a principal é que há possibilidade de o planeta abrigar água líquida, o que poderá significar a existência de vida extraterrestre.

O Gliese 581c orbita uma estrela menor, mais fria e de brilho menos intenso do que o Sol, e tem diâmetro cerca de 1,5 vezes o terrestre, massa cinco vezes superior, o que significa que tem densidade maior que a do nosso planeta. A estrela anã vermelha Gliese 581 é uma das cem mais próximas do Sol, do qual dista 20,5 anos-luz. A sua massa corresponde apenas a um terço da do Sol.

"Estimamos que a temperatura média dessa super-Terra esteja entre 0ºC e 40ºC, ou seja, a água estaria na forma líquida", disse Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, na Suíça, e principal autor do artigo publicado na revista Astronomy and Astrophysics.

"Devido à sua temperatura e relativa proximidade, esse planeta será provavelmente um alvo muito importante das missões espaciais futuras na busca por vida extraterrestre", avalia Xavier Delfosse, um membro da equipe, da Universidade de Grenoble, na França.
Michael Mayor, investigador suíço que lidera a equipe européia, prevê que dentro de duas décadas os cientistas serão capazes de encontrar sinais de vida extraterrestre, caso esta exista.

A existência de água em estado líquido sob temperaturas moderadas é uma condição importante para o surgimento da vida, mas outros elementos, como o oxigênio e o gás carbônico, devem estar também disponíveis no planeta.

O Gliese 581c foi descoberto graças a sua oscilação em torno de sua estrela, um efeito comparável com o movimento realizado por um lançador olímpico de martelos. O instrumento utilizado foi o HARPS (High Accuracy Radial Velocity Planetary Search), o espectrógrafo mais preciso e eficiente que existe para medir as velocidades radiais de estrelas. HARPS é capaz de detectar variações de velocidade de até 1 metro por segundo – o equivalente a uma pessoa caminhando rápido –, algo imperceptível para os espectrógrafos disponíveis atualmente.

"O HARPS é uma máquina caça-planetas única", diz Michel Mayor. "Dada a sua incrível precisão, temos enfocado nosso esforço nos planetas de baixa massa e podemos dizer, sem dúvida, que temos tido muito êxito: dos 13 planetas conhecidos com uma massa equivalente a 20 vezes a massa da Terra, 11 foram descobertos com o HARPS."

Segundo Xavier  Bonfils, um colaborador da Universidade de Lisboa, as anãs vermelhas são estrelas ideais para procurarmos planetas na sua proximidade, pois emitem menos luz e a região "habitável" se encontra mais próxima à estrela. Qualquer planeta que se encontre nesta região será detectado mais facilmente com o método da velocidade radial.

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita