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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 49 - 30 de Março de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1859

(5a Parte)

Allan Kardec
 

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1859. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 10 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. É verdade que Kardec, no contato com os Espíritos, dava preferência às evocações?

Não. Dos dois sistemas preconizados e praticados à sua época, enquanto uns preferiam as comunicações espontâneas, outros preferiam as evocações. “Quanto a nós – disse Kardec – apenas condenamos a exclusividade de sistemas.” (Revue Spirite, p. 192.)

B. Que é preciso para obtermos o concurso dos bons Espíritos?

A primeira condição para merecermos sua simpatia é o recolhimento e a pureza das intenções. Kardec diz que é conhecido o provérbio: Dize-me com quem andas e te direi quem és. Podemos, portanto, parodiá-lo em relação aos nossos Espíritos simpáticos, dizendo: Dize-me o que pensas, e te direi com quem andas. (Obra citada, pp. 195 e 196.)

C. Que táticas usam os maus Espíritos para conseguir seus objetivos?

Uma de suas táticas é semear a desunião, porque sabem muito bem que podem facilmente dominar quem estiver sem apoio. A experiência, diz Kardec, ensina que não é impunemente que nos abandonamos ao domínio dos maus Espíritos, porque suas intenções jamais são boas.  (Obra citada, p. 197.)

D. De que depende a estabilidade de uma sociedade espírita?

A primeira condição para a estabilidade de um centro é, segundo Kardec, a homogeneidade de princípios e da maneira de ver. A segunda condição é a assistência dos bons Espíritos, se ele quiser obter comunicações sérias. (Obra citada, pp. 200 e 202.)

Texto para leitura

101. No discurso de encerramento do ano social (em junho de 1859), Kardec disse que o número dos membros titulares da Sociedade Espírita de Paris triplicara em alguns meses e possuía ela numerosos correspondentes nos dois continentes. (P. 188)

102. Kardec lembrou na ocasião esta lição de São Luís: "Zombaram das mesas girantes, mas não zombarão jamais da filosofia, da sabedoria, da caridade que brilham nas comunicações sérias". (P. 190)

103. Aquele que realmente quer saber -- diz Kardec -- deve submeter-se às condições da coisa em si, e não querer que esta se submeta às suas con­dições. Por isto a Sociedade não se presta a experimentações que não dariam resultado, pois sabe, por experiência, que o Espiritismo, como qualquer ou­tra ciência, não se aprende de um jato e em poucas horas. (PP. 191 e 192)

104. Não perdemos tempo -- diz o codificador -- em reproduzir os fatos que já conhecemos, do mesmo modo que um físico não se diverte em repetir as experiências que nada de novo lhe ensinam. Dirigimos nossa investigação a tudo quanto possa esclarecer a nossa marcha, preferindo as comunicações inteligentes, fonte da filosofia espírita e cujo campo ilimitado é muito mais vasto que o das manifestações puramente materiais. (P. 192)

105. Dois sistemas igualmente preconizados e praticados se apresentam na maneira de receber as comunicações de além-túmulo: uns preferem esperar as comunicações espontâneas; outros preferem as evocações. Quanto a nós -- assevera Kardec -- apenas condenamos a exclusividade de sistemas. (P. 192)

106. A maneira de conversar com os Espíritos é uma verdadeira arte, que exige tato, conhecimento do terreno que pisamos e constitui, a bem dizer, o Espiritismo prático. (P. 193)

107. A crítica sistemática censurou-nos -- afirma Kardec -- por aceitarmos muito facilmente as doutrinas de certos Espíritos, sobretudo no que concerne às questões científicas. Ora, estamos longe de aceitar tudo quanto eles dizem como artigos de fé. (P. 194)

108. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade das crianças. Julgamos, comparamos, tiramos conclusões do que observamos e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós. (PP. 194 e 195)

109. Saibam, pois, que tomamos toda opinião emitida por um Espírito como uma opinião pessoal; que não a aceitamos senão depois de havê-la submetido ao controle da lógica e dos meios de investigação fornecidos pela própria Ciência Espírita. (P. 195)

110. O concurso dos bons Espíritos -- eis com efeito a condição sem a qual não se pode esperar a Verdade; ora, depende de nós obter esse concurso, e a primeira condição para merecermos sua simpatia é o recolhimento e a pureza das intenções. (P. 195)

111. É conhecido o provérbio: Dize-me com quem andas e te direi quem és. Podemos parodiá-lo em relação aos nossos Espíritos simpáticos, dizendo: Dize-me o que pensas, e te direi com quem andas. (P. 196)

112. Dizer que Espíritos levianos jamais deslizaram entre nós -- diz Kardec -- seria uma presunção de perfeição. Os Espíritos superiores chegaram mesmo a permiti-lo, a fim de experimentar a nossa perspicácia e o nosso zelo na pesquisa da verdade. (P. 196)

113. O objetivo da Sociedade Espírita de Paris não é apenas a pesquisa dos princípios da Ciência Espírita. Ela vai mais longe: estuda também as suas conseqüências morais, pois é principalmente nestas que está a sua verdadeira utilidade. (P. 197)

114. Ensina a experiência que não é impunemente que nos abandonamos ao domínio dos maus Espíritos. Porque suas intenções jamais podem ser boas. Uma de suas táticas para alcançar os seus fins é a desunião, pois sabem muito bem que podem facilmente dominar quem estiver sem apoio. (P. 197)

115. Perguntarão, então, se não atrairemos os maus Espíritos, evocando pessoas que foram o rebotalho da sociedade. Não, porque jamais sofremos a sua influência. Só há perigo quando é o Espírito que se impõe; nunca, porém, quando nos impomos ao Espírito. (PP. 197 e 198)

116. Em seu discurso, Kardec mostra que muitos confrades o criticavam por estar indo longe demais, alegando que os fatos não estavam ainda suficientemente observados e que não havia certeza de que os Espíritos que lhe deram ins­truções não se haviam enganado. Ele respondeu: "O futuro dirá se estou certo ou errado". (P. 199)

117. Falando sobre sociedades espíritas, Kardec diz que a primeira condição para a estabilidade de um centro é a homogeneidade de princípios e da maneira de ver; a segunda condição é a assistência dos bons Espíritos, se ele quiser obter comunicações sérias. (P. 200)

118. O objetivo do Espiritismo é melhorar aqueles que o compreendem. Procuremos dar o exemplo e mostrar que para nós a doutrina não é morta. Sejamos dignos dos bons Espíritos, se quisermos a sua assistência. (P. 202)

119. Joseph Midard, morto em combate, não se deu conta imediatamente da sua situação e não se julgava morto. (P. 204)

120. Diz ele que a hora da morte é marcada por Deus. Se a gente deve passar, nada o impedirá; do mesmo modo ninguém pode atingi-la, se sua hora não houver soado. (P. 207)

121. Vestido de turbante e culote, ele não soube explicar como arranjou essas roupas, visto que o uniforme de soldado ficou no campo de batalha. "Tenho um alfaiate que as arranja", disse Midard. (P. 208)

122. Outro militar morto no mesmo combate disse ter-se reconhecido quase que imediatamente, graças às vagas noções que tinha do Espiritismo, mostrando que o conhecimento abrevia o período de perturbação. (P. 210)

123. O Abade Chesnel volta a escrever em L'Univers, insistindo em que o Espiritismo é, deve ser e não pode deixar de ser uma religião nova. Kardec o contesta. (N.R.: Neste caso o tempo deu razão ao Abade.) (P. 211) (Continua no próximo número.)  


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita