WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 49 - 30 de Março de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

O Grande Enigma
(8
a Parte)

Léon Denis

Continuamos nesta edição o estudo do clássico O Grande Enigma, de Léon Denis, conforme o texto da 7a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. O estudo está sendo aqui apresentado em 10 partes.

Questões preliminares  

A. Quando se inicia a união da alma e do corpo?

R.: Ela se inicia com a concepção mas só fica completa na ocasião do nascimento. No intervalo da concepção ao nascimento, as faculdades da alma vão, pouco a pouco, sendo aniquiladas pelo poder sempre crescente da força vital recebida dos geradores, que diminui o movimento vibratório do perispírito. É essa diminuição vibratória do envoltório fluídico que produz a perda da lembrança das vidas anteriores. (O Grande Enigma, pp. 192 e 193.)

B. O esquecimento do passado é definitivo?

R.: Não, nem definitivo, nem absoluto. Cada encarnação introduz modalidades novas na alma da criança, que reedita sua vida, mas encontra o terreno já cultivado para isso. Platão tinha, pois, inteira razão ao dizer que aprender é recordar. O perispírito, que registrou todos os conhecimentos, todas as sensações, todos os atos, acorda e, sob a influência do hipnotismo, as vozes profundas do passado se fazem ouvir. (Obra citada, pp. 195 e 196.)

C. O que caracteriza o período da mocidade?

R.: Nesse ponto Léon Denis concorda com Maurice de Guérin, que asseverou que a mocidade é semelhante às florestas. O que a caracteriza é a opulência, a plenitude da vida, a superabundância das coisas, o impulso para o futuro. A dedicação, a necessidade de amar, de nos comunicarmos são também características desse período da vida, em que a alma, novamente ligada a um corpo cujos elementos são novos e fortes, se sente capaz de empreender vasta carreira e se promete a si mesma grandes esperanças. (Obra citada, p. 200.)

Texto para leitura

126. A união da alma e do corpo começa com a concepção e só fica completa na ocasião do nascimento. No intervalo da concepção ao nascimento, as faculdades da alma vão, pouco a pouco, sendo aniquiladas pelo poder sempre crescente da força vital recebida dos geradores, que diminui o movimento vibratório do perispírito. Esta diminuição vibratória do envoltório fluídico produz a perda da lembrança das vidas anteriores. (PP. 192 e 193)

127. As aquisições do passado são latentes em cada alma: as faculdades não se destroem; têm raízes no inconsciente, e sua aparência depende do progresso anteriormente capitalizado, dos conhecimentos, das impressões, das imagens, do saber e da experiência. É o que constitui o caráter de cada indivíduo vivo e lhe dá as aptidões originais e proporcionais ao seu grau evolutivo. (P. 193)

128. A criança recebe dos pais apenas a força vital, a que é preciso ajuntar certos elementos hereditários. Por ocasião da encarnação, o perispírito une-se, molécula a molécula, à matéria do gérmen. (P. 193)

129. É, assim, sob a influência dessa força vital, emanada dos geradores, que por sua vez a receberam dos antepassados, que o perispírito desenvolve suas propriedades funcionais, reproduzindo, sob a forma de movimentos, o traço indelével de todos os estados da alma. De outro lado, o gérmen material recebe a impressão de todos os estados sucessivos do perispírito: eis aí um paralelismo vital absolutamente lógico e harmonioso. (P. 194)

130. Cada encarnação perispiritual introduz modalidades novas na alma da criança, que reedita sua vida, mas encontra o terreno já cultivado para isso. Platão tinha, pois, inteira razão ao dizer que aprender é recordar. (P. 195)

131. A obliteração do passado não é, porém, nem absoluta, nem definitiva. O perispírito, que registrou todos os conhecimentos, todas as sensações, todos os atos, acorda. Sob a influência do hipnotismo, as vozes profundas do passado se fazem ouvir. (P. 196)

132. Fato estranho! Essa ciência da origem das coisas, do ser, do destino, a Antigüidade a conhecia e compreendia infinitamente melhor que nós outros. O que mal começamos a entender e provar cientificamente, sabiam-no por intuição e iniciação a Grécia, o Egito e o Oriente. (PP. 197 e 198)

133. A mitologia pagã possuía no mais elevado grau a inteligência das origens e a noção da gênese vital, e sob a forma de mitos poéticos transpirava a verdade inicial, tal qual sob a casca da árvore se revela a seiva da vida. (P. 198)

134. Concordando com Maurice de Guérin, que asseverou que a mocidade é semelhante às florestas, Denis diz que o que caracteriza a mocidade é a opulência, a plenitude da vida, a superabundância das coisas, o impulso para o futuro. A dedicação, a necessidade de amar, de nos comunicarmos, caracteriza esse período da vida em que a alma, novamente ligada a um corpo cujos elementos são novos e fortes, se sente capaz de empreender vasta carreira e se promete a si mesma grandes esperanças. (P. 200)

135. Evocando os bons exemplos da Antigüidade sagrada, Denis diz que hoje tudo repousa na ciência oficial – no tocante ao método, e na democracia – para princípio social. Ambas, porém, estão ameaçadas. A ciência materialista esvai-se na dissecação e na análise; decompõe em lugar de criar, disseca em lugar de agir. Por outra parte, a democracia, em suas obras vivas, traz já os germens da decadência, preconiza a mediocridade em todos os gêneros, proscreve o gênio e desconfia da força. (P. 202)

136. O século XX começou com esse balanço intelectual e moral, impotente e doloroso. “O erro - afirma Denis - foi tomar a ciência por ideal e a democracia por fim, enquanto que ambas são meios, apenas.” A mocidade de amanhã deverá reagir vigorosamente contra essas duas idolatrias; a de hoje já começa a fazê-lo. Há entre os nossos jovens alguns Espíritos de elite, iniciados, esclarecidos, que desbravam o caminho e preparam o êxodo e a marcha do Espírito para o futuro. São os espiritualistas de bom quilate, os que sabem que lá, onde sopra o Espírito, é que está a verdadeira bondade. (P. 202)

137. A idade madura é, por sua vez, a idade de ouro da vida, porque é a época da colheita, o messidor, em que a maturação se opera no coração, no espírito, em todo o ser. (P. 203)

138. Nesse período da vida, uma grande desgraça ameaça, no entanto, a maior parte dos homens: o ceticismo. Infeliz daquele que se deixa invadir por essa larva malsã, que neutraliza todas as forças da maturidade! (P. 204)

139. A idade madura é, sem dúvida, menos prática, menos primaveril que a adolescência. As flores já decaíram do seu colorido e perfume. Mas os frutos, igualando-se aos dos ramos de uma árvore, começam a aparecer na extremidade da alma. A idade madura é, por excelência, o período da plenitude; é o rio que corre com toda a força e espalha pelas campinas a riqueza e a fecundidade. (P. 204)

140. Nas almas evoluídas, ricas do capital acumulado nas vidas anteriores, as grandes obras são escritas ou esboçadas na mocidade. O gênio é adolescente, podemos exprimir-nos assim. Cristóvão Colombo era ainda criança e já o visitavam as visões do Novo Mundo. Rafael era imortal antes de atingir a segunda mocidade. Milton contava 12 anos de idade, quando germinou em sua mente a primeira idéia do “Paraíso Perdido”. Mas, para a maioria dos homens, visto que o gênio é a exceção, o talento, apenas, é a regra ordinária e é na maturidade da vida, no meio da floresta, como dizia Dante, que se realizam tanto os grandes pensamentos quanto as grandes obras. (PP. 204 e 205)

141. O grande inimigo da idade madura, e assim o da vida inteira, é o egoísmo. O homem se diminui e mata pela necessidade de gozar. As paixões carnais e cerebrais calcinam o homem pelas duas extremidades: esvaziam o cérebro e o coração. (P. 206) (Continua no próximo número.)
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita